Projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro #12 – Maxwell Vilela: Quarentena

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Quarentena

Belo Horizonte MG /2020

A máscara usada para evitar o contágio deixa aparentemente todos iguais, só que não! Cobrindo a maior parte do rosto, restando os olhos que não se cruzam mais com o meus. Não tem mais bom dia com a distância social, uma insegurança onde não sei quem ri ou quem range os dentes diante do anonimato.

Quem tem convicção não usa, mas também não aperta a sua mão e ri de nervoso pra sair na fotografia, acredita que vai ficar tudo bem em nome de Jesus, lava a mão a cada oportunidade, tem família rezando pra dar tudo certo, mas o cheiro inconfundível de álcool tem esse poder de transformar todos os ambientes em um consultório médico. Não é fácil ser paciente.

É a quarentena dos que não podem ficar em casa.

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

Maxwell Vilela

 

instagram:  https://www.instagram.com/maxwell_vilela/

site: https://www.behance.net/maxwell_vilelac

 

O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.

POSTS RELACIONADOS

A poeta e o monstro

A poeta e o monstro

“A poeta e o monstro” é o primeiro texto de uma série de contos de terror em que o Café com Muriçoca te desafia a descobrir o que é memória e o que é autoficção nas histórias contadas pela autora. Te convidamos também a refletir sobre o que pode ser mais assustador na vida de uma criança: monstros comedores de cérebro ou o rondar da fome, lobisomens ou maus tratos a animais, fantasmas ou abusadores infantis?

110 anos de Carolina Maria de Jesus

O Café com Muriçoca de hoje celebra os 110 anos de nascimento da grande escritora Carolina Maria de Jesus e faz a seguinte pergunta: o que vocês diriam a ela?

Quem vê corpo não vê coração. Na crônica de hoje falamos sobre desigualdade social e doença mental na classe trabalhadora.

Desigualdade social e doença mental

Quem vê corpo não vê coração.
Na crônica de hoje falamos sobre desigualdade social e doença mental. Sobre como a população pobre brasileira vem sofrendo com a fome, a má distribuição de renda e os efeitos disso tudo em nossa saúde.

Cultura não é perfumaria

Cultura não é vagabundagem

No extinto Reino de Internetlândia, então dividido em castas, gente fazedora de arte e tratadas como vagabundas, decidem entrar em greve.

Macetando e nocegando no apocalipse

Macetando e nocegando

O Café com Muriçoca de hoje volta ao extinto Reino de Internetlândia e descobre que foi macetando e nocegando que boa parte do povo, afinal, sobreviveu ao apocalipse.