Em março de 2016, Victoria Tauli-Corpuz, relatora das Nações Unidas sobre direitos dos povos indígenas, visitou várias aldeias em regiões diversas, no Brasil.
Repudiou assassinatos e ataques constantes às comunidades do Mato Grosso do Sul, pedindo providências urgentes das autoridades.
Naquele momento, Dilma Rousseff ainda estava no governo e o assassinato de indígenas Guarani Kaiowá estarrecia a nação, denúncias de longa data. O governo de Michel Temer nada fez contra o genocídio denunciado.
Jair Bolsonaro, insensível à questão tão grave, esforça-se para o enfraquecimento de Victoria Tauli-Corpuz, segundo notícia publicada no UOL, esse enfraquecimento da relatoria minaria a capacidade de grupos indígenas de levar suas denúncias à entidade internacional. O argumento seria que, com a ampliação do mandato de outros mecanismos dentro da ONU, não haveria a necessidade de manter uma relatora exclusivamente ao tema.
A relatora das Nações Unidas dançou e chorou com os indígenas brasileiros, visitou seus túmulos cavados em terra vermelha, encaminhou as denúncias recolhidas entre os povos à ONU.
Às vésperas da abertura da Assembléia Geral, em Nova York, onde o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sequer foi convidado para um evento paralelo, a Amazônia Possível, os povos indígenas do Brasil estão perplexos com os gestos e palavras a serem ditas na tribuna em astucioso momento.
As maracas tocam nas aldeias, cantam para espantar os maus espíritos.
imagens por helio carlos mello©
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