Gustavo Oliveira
Cidade Invisível
Provocado por um ódio pela falta de ações de políticas públicas do Estado, visando a população de rua da cidade de São Paulo, resolvi registrar o quão perversa é a sociedade que habita essa cidade. Perversão no sentido de ignorar os vulneráveis a ponto de torná-los invisíveis aos olhos dos transeuntes bem vestidos e alimentados que circulam pelas calçadas das grandes e ricas avenidas de São Paulo.
Com a câmera na mão e diante de um tema delicado como esse, o grande desafio foi chocar a sociedade e tentar expor o mínimo possível essas pessoas esquecidas pelo Estado. No início não se tratava de um projeto, mas sim, uma revolta e a necessidade de mostrar que as políticas públicas estão definhando em São Paulo.
Pessoas passam fome e são privadas de direitos constitucionais na cidade que possui o maior PIB (Produto Interno Bruto) do país. É um verdadeiro genocídio promovido pelos que aqui governam, independentemente de sigla eleitoral. Somados, desde o início, foram 4 longos anos do que acabou se tornando um projeto que ainda está inacabado, pois a população de rua segue aumentando na cidade mais rica da América Latina. Até quando?
O Democratize surgiu como uma agência de jornalismo independente no ano de 2015, em uma São Paulo conturbada por ocupações secundaristas, greves e protestos pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Percebendo a necessidade de uma visão alternativa ao jornalismo tradicional, alcançamos um público fiel neste tempo de atuação.
Após uma pausa de cerca de 3 anos, o Democratize retorna de maneira repaginada. O conceito por trás é o mesmo: democratizar a informação.
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Minibio Gustavo Oliveira
Minha atuação como Repórter Fotográfico em São Paulo, cobri pautas importantes como as Ocupações de Escolas contra a reorganização estudantil proposta pelo então governador de São Paulo Geraldo Alckmin, barrada pelos alunos da rede pública(2015-2016). – Acompanhei a luta dos movimentos sociais por moradia digna no centro e zonas metropolitanas da capital paulista(2016-2019). – Cobri Pautas importantes fora de São Paulo, estive presente nos rompimentos das barragens em Bento Rodrigues/MG(2015), aonde passei o natal com as famílias desabrigadas e estive presente no rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho/MG(2019). – Cobri em Brasília a votação do processo de Impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff. – Conheci a luta pelo direito a terra em 2017 quando viajei pela primeira vez à acampamentos e assentamentos do MST no sudoeste do Estado da Bahia e na Capital sergipana Aracajú. – Em 2018 fui convidado para expor minhas fotografias no Encontro Estadual do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que aconteceu em Salvador/BA. – No ano de 2019 fui convidado para voltar ao acampamento em Sergipe para registrar através de minhas lentes importantes assembleias que definiriam os rumos do acampamento em questão.
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O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.
Outros ensaios deste projeto: https://jornalistaslivres.org/?s=futuro+do+presente
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