O dia 17 e a certeza que a luta continua

17 de abril. Um clima de derrota foi tomando conta do Vale do Anhangabaú durante a votação do pedido de Impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Pessoas chorando, jogando seus pertences no chão, gritando e vaiando os deputados se viu de monte. Parlamentares fascistas, racistas, machistas, homofóbicos e transfóbicos, em sua grande maioria homens brancos, héteros e de uma classe social e financeira privilegiada homenageavam seus próprios umbigos, os umbigos de seu estrito meio social, forças divinas (um “Deus” que outrora foi motivo para se perseguirem negros, gays, judeus, mulheres e por aí vai), e torturadores de forma inacreditavelmente assumida e sem limites.

Apesar disso tudo, tem gente que continua lutando, gritando e berrando, talvez agora com mais coragem ainda para sair às ruas dizendo que NÃO serão admitidos retrocessos em uma sociedade que já é tão retrógrada. Dizendo que NÃO será admitida a presidência de uma câmara de deputados por um réu do Supremo Tribunal Federal que fere inúmeros tópicos da constituição. Para dizer que NÃO será admitida impunidade para pessoas que, além de cometerem inúmeros crimes judiciais e fiscais, perseguem a brasileira e o brasileiro quotidianamente, e perseguem uma presidenta eleita de forma justa e que segue até então sem uma acusação consistente acerca de possíveis crimes cometidos.
É preciso converter o sentimento de derrota em força combativa, em vontade política de ir às ruas discutir e colocar seu ponto de vista. É preciso dar cada vez mais visibilidade ao povo brasileiro, que nunca deixou de lutar. Essa democracia já é frágil demais para ser diminuída mais ainda. Nenhum passo atrás, e sim muitos (e muitos mesmo) passos à frente! AVANTE!

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