Hugo Studart é um jornalista obcecado pela Guerrilha do Araguaia. Só que o pessoal do PCdoB – Partido Comunista do Brasil nunca engoliu o cara. Porque ele sempre insistia que muitos dos guerrilheiros desaparecidos em vez de terem sido mortos pelas forças a serviço da repressão, na verdade tinham-se bandeado pro lado dos algozes do regime. O Hugo Studart dizia que tinha fontes incríveis, que tinha segurança absoluta… Mas nunca trouxe provas, nunca nenhum dos “traidores” apareceu, como apareceu o Cabo Anselmo, pra comprovar a tese do Studart…
Mas ele insistiu ao longo de mais de 40 anos. Agora, essa matéria espetacular e imprescindível da Joana Monteleone e do Haroldo Ceravolo, do Opera Mundi, esclarece quem são as fontes do Hugo Studart… É o pai dele! Hugo Studart, cujo nome completo é Carlos Hugo Studart Correa, é filho de Jonas Alves Correa, que vive atualmente no Pará, e que, na época do massacre da Guerrilha do Araguaia era tenente-aviador , ocupando um alto posto no comando do CISA, o serviço de informações da Aeronáutica, a quem cabia capturar guerrilheiros e transformá-los em “informantes” da Ditadura, como condição de sua própria sobrevivência.
Ou seja: o “jornalista” Hugo Studart passou esses anos todos defendendo o trabalho do papai, o enredo do papai –a defesa do papai para a História. “Fake News”, pra quem quiser encarar, é isso!
Passou no Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, Veja, Manchete, Isto É Dinheiro, Isto É, Interview, Playboy, Caminhos da Terra, Imprensa, República, Primeira Leitura e Brasil História.
E agora, Hugo Studart? Vamos contar a verdade? Contar a verdade sobre o Massacre da Guerrilha do Araguaia?
Leia aqui os dois links essenciais pra entender quem é o Hugo Studart, o filho que passou a vida tentando passar um pano na vida do pai.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/geral/49795/precisamos+falar+sobre+o+pai+de+hugo+studart.shtml
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/geral/49794/cena+de+amor+entre+soldado+e+guerrilheira+no+araguaia+e+na+verdade+estupro+diz+ex-combatente.shtml
2 respostas
A verdade nua e crua é que o período nebuloso da História do Brasil de 1964 a 1988 deveria, para ter um mínimo de cientificidade.; um mínimo de objetividade, ser pesquisado; resgatado e contado não apenas pelos seus protagonistas, mas por historiadores isentos preferencialmente estrangeiros (o que também é uma dificuldade, hoje em dia). Pois, cada parte apresenta sua versão, eivada de ranços; mágoas e subjetividades. As mesmas razões apontadas para tentar desqualificar o trabalho de pesquisa de Hugo Studart podem ser usadas para desqualificar os resultados da “Comissão da (in)verdade?” (assim mesmo para despertar o senso crítico), por exemplo. Por que o brasileiro tem que dar crédito às narrativas dos “terroristas” do comunismo? por que temos que considerar verdadeiras as narrativas oficiais e oficiosas dos “torturadores” militares? O que existe ainda são acusações recíprocas de sobreviventes de uma guerra relativamente recente onde as feridas continuam abertas e sangrando.
Se não me engano, Goebbels foi quem ensinou que a melhor maneira de atacar um alguém não é debater sobre seus feitos, mas difamá-lo. Sempre foi, é e será.