Cinema de Papelão chega ao interior de SP com sessões gratuitas e filmes independentes

A iniciativa faz exibições de filmes em espaços públicos com pautas engajadas e pipoca na faixa

Na contramão dos cinemas privados e dos filmes hollywoodianos, a iniciativa Cinema de Papelão passou a organizar exibições em espaços públicos de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. O projeto, que funciona como um cineclube, nasceu há três meses e já contou com seis edições. A entrada é franca e, de quebra, as sessões contam com pipoca e sucos, distribuídos gratuitamente para quem estiver curtindo os filmes.

Gian Brasil, um dos idealizaores, conta que a ideia é “que as pessoas venham assistir e debater assuntos através do conteúdo audiovisual das telas e da rede. Num rolê gratuito, em que elas se divirtam, participem e saiam mais bem informadas”.

As sessões são propositivas e trazem produções independentes, que dialogam com questões da sociedade. As últimas edições somaram um amplo leque de pautas, tratando de temas como a política de drogas, direitos indígenas, redução da maioridade penal e homofobia.

Nessa quinta-feira, 14 de maio, o Cinema de Papelão chega a sua sétima edição com a projeção do filme “Mafalda — La Película”, inspirado nas memoráveis tirinhas do argentino Joaquín Salvador Lavado, conhecido como Quino. O telão será erguido no Palacete 10 de Julho, prédio histórico de Pindamonhangaba, que alojava a prefeitura da cidade e, hoje, se transformou em um museu.

A sessão também irá contar com a exibição de uma vídeo-reportagem da Vaidapé sobre o Jardim da União, ocupação de moradia no extremo sul de São Paulo, e um vídeo dos Jornalistas Livres, que trata da capacidade da grande mídia em distorcer fatos e manipular a informação.

Veja a reportagem especial: Jardim União: Uma pequena cidade autônoma corre perigo

“Escolhemos um assunto para as sessão e procuramos filmes, mídias e coletivos que estejam tomando iniciativas legais em favor dessas causas”, conta Gian. “Nessa sessão vamos gritar ‘basta!’, para todo tipo de opressão, e um grande ‘viva!’, para toda forma de luta justa. Vamos debater sobre mídias, causas sociais e conflitos ao redor do mundo, além de temas como a redução da maioridade penal, racismo e homofobia. Uma sessão para falar de ‘muchas lutas’”, afirma.

A proposta para os próximos meses é firmar uma parceria com a prefeitura e ampliar a área de atuação do projeto, com exibições em praças, centros comunitários e no Centro de Artes e Esportes Unificados, CEU das Artes, que será inaugurado na cidade.

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