De repente, na metrópole, indígenas trazem a argila, ensinam os brancos a sujarem as mãos, meterem os dedos no barro, dar forma, modelar. Já afirmaram os cientistas que de fato a origem da vida pode mesmo estar no barro. As mulheres indígenas, há muito, já deram alegria a isso.
Da argila, povos originários do Brasil, sempre fizeram utensílios, panelas, potes, ou bonecas e bichinhos como brinquedos para crianças. Índios Karajá, da Ilha do Bananal, ou os Wauja, da Terra Indígena do Xingu, os donos do barro, são grandes produtores desses artefatos, guardam milenares conhecimentos.
O que há de inovador agora é presenciar jovens indígenas, em condições urbanas, exercitando e ensinando antigas tradições.
O Programa Jovem Aprendiz, de âmbito federal e regulado pelo DECRETO Nº 5.598, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2005, na SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), adquiriu a cara indígena, onde jovens de várias etnias encontram ali uma inserção no desenvolvimento de capacitação profissional, através da elaboração do Projeto Jovem Aprendiz Indígena – PJAI.
O barro aqui atua numa transmissão de saberes e fazeres acerca da relação entre arte, cosmologia e vida social. A cerâmica não só serve como instrumento, mas comunica, confirma, reinventa usos e convivência.
O índio está em toda parte.
Uma resposta
Conheci um pouquinho da Amazônia, morando 50 dias em Porto Velho-RO. 1992. A riqueza ancestral deve ser salva, o índio deve sim invadir o Brasil, e ensinar ao brasileiro inteiro os brasis desconhecidos! Nós merecemos;apesar de tudo, essa invasão das sabedorias, somos agora, TODOS Brasileiros!