Após dois anos do rompimento da barragem em Mariana (MG), a empresa Samarco continua negando ajudas básicas aos atingidos pela lama, como por exemplo um cuidado especial com a saúde dos habitantes das cidades atingidas.
Hoje, dia 27 de Março, aconteceu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma coletiva de imprensa sobre a saúde dos impactados pela Samarco. Os atingidos afirmam que a empresa não realiza pesquisas sobre a contaminação de moradores das áreas atingidas por metais pesados como Níquel e Arsênico.
Em pesquisas independentes, foi comprovado um alto índice de contaminação na região. As 11 pessoas que tiverem seu sangue coletado estavam com alta taxa dos metais citados presentes no corpo, dentre elas uma criança e uma adolescente, e suas mães Simone e Tainara, que estavam presentes na coletiva que discutiu o assunto. Elas dizem não confiar na Renova (empresa terceirizada da Samarco) para a realização destes exames, pois a empresa já havia declarado que a lama da barragem era inerte, ou seja, não continha materiais tóxicos, e ambas pedem socorro, pois suas filhas estão tendo vários efeitos colaterais da contaminação.
As mulheres explicam também, que os agressores ambientais retiraram a lama do centro da cidade de Barra Longa e a utilizaram para cobrir as calçadas das comunidades. No local, o feito prejudicial à saúde ficou conhecido pela expressão “a lama sobe morros”.
O desespero das mães é visível, elas relatam que, quando as meninas saem da cidade de Barra Longa, elas costumam melhorar os sintomas e conseguem levar uma vida (parcialmente) normal. Luciene relata também a negligência da empresa: “a Samarco nunca me ajudou em nada”.
Editado por Agatha Azevedo