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Rebelião em unidade do Degase deixa mães em desespero no Rio 

Uma rebelião de jovens que cumprem medidas socioeducativas, no Rio de Janeiro, deixou centenas de mães em desespero na tarde deste sábado (n). O motim aconteceu no Instituto Dom Bosco, que faz parte do Departamento Geral de Ações Socioeducativas, o Degase, localizado na Ilha do Governador. De acordo com o departamento, a revolta começou por volta do 12h deste sábado, durante o horário de almoço dos menores.

 

Para o Movimento Moleque, coletivo que dá assistência para mães de jovens vítimas de violência do Estado, a rebelião foi motivada pela suspensão de visitas dos familiares dos adolescentes à unidade de ressocialização. 

 

Segundo informações do Sindicato de Servidores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (SindDegase), os jovens conseguiram tomar galerias da unidade e queimaram colchões, quebraram grades e arrancaram portas do prédio. A ação começou logo após os jovens saírem para almoçar e foi contida após cerca de 4h horas de tensão. Há registro de dois agentes do Degase levemente feridos. 

 

“A gente entende a não visitação nesse momento por conta do contágio. Mas não podemos deixar esses meninos sem entender porque está sem visita. Não podemos deixar essas mães nesta situação. É preciso buscar outros meios desses meninos verem suas mães. Estou acompanhando a situação e vendo mães em desespero”, disse Mônica Cunha, liderança das mães e ativistas de Direitos Humanos. 

 

Mônica Cunha é coordenadora do Movimento Moleque e representa as mães que tem seus filhos no sistema socioeducativo. Com outras mulheres, ela fundou o coletivo há 17 anos após ter seu filho menor de idade  preso e posteriormente executado por ação das forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro.  

 

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