São Paulo
‘Quem resiste à bicicleta não o faz por má-fé, mas por burrice mesmo’
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“O espaço público não está a venda.” É assim que o secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, explica a opção da gestão municipal em dar prioridade ao veículo não-motorizado.
Após uma intensa polêmica, que chegou à Justiça, a Prefeitura inaugura hoje (28 de Junho), uma ciclovia na avenida mais famosa da cidade, a Paulista. “Foi uma situação surreal, [mas] a cidade ganhou”, afirmou Tatto em relação à disputa com os defensores dos carros.
O desfecho positivo da batalha que tomou quase todo o seu tempo frente à secretaria, encheu Jilmar Tatto de energia. Tanto que não foi preciso fazer perguntas para que ele disparasse a falar sobre o assunto. E foi exatamente assim que se deu o início da entrevista abaixo, logo após ele ser apresentado aos jornalistas da Revista Fórum, Brasil de Fato, Fluxo Lab e Mídia NINJA.

Jilmar Tatto durante entrevista coletiva aos Jornalistas Livres. Foto: Mídia NINJA
Jilmar Tatto — Não estamos inventando a roda. Têm várias cidades no mundo pensando sobre mobilidade. Na verdade, estamos fazendo alguns ensaios de uma São Paulo mais agradável e para todos. Aquela fotografia ali [aponta para a parede] é da Radial Leste.
O problema da cidade não é falta de espaço público. O problema viário — de parede a parede, segundo o Código Nacional de Trânsito — é muito grande. Se você pegar uma rua secundária, o espaço também é largo de parede a parede. Mesmo que tenha um carro que vai, e outro que volta, dos dois lados têm automóveis estacionados. “Essa ideia de que o viário não comporta não é verdadeira. O problema é outro e ele se chama carro.”
Teve gente que teve a ousadia e gastou um tempo precioso para contar o que tem na foto. Ela tem 18 ônibus, 210 carros, 28 motos e oito caminhões. Nesses 18 ônibus, considerando 60% de lotação, algo que não é absurdo, têm 864 pessoas. No carro, 294 pessoas, considerando 1,4 por veículo. A moto e caminhão 1 por 1. Do ponto de vista da ocupação do espaço 1.555 m² é o ônibus que está ocupando e o carro, 4.116 m². Percebem? Aí começa o problema da democratização do espaço público. Do ponto de vista ambiental e da saúde, aquelas 864 pessoas estão consumindo 70 kg de CO2, enquanto o carro está consumindo 429 kg.
“Se a gente fizer uma mágica, tirar todos os carros e substituir por ônibus você consegue ter quase oito vezes mais pessoas andando nesse espaço e, ao mesmo tempo, cinco vezes menos de CO2.”
Nesse espaço, você conseguiria carregar muito mais gente, aumentar a calçada, ter ciclovia, faixa exclusiva para ônibus e um espaço para o carro.

Jornalistas Livres — Essas proporções se repetem pela cidade?
Jilmar Tatto — Nas vias principais, sim. É uma realidade de São Paulo. Com a faixa exclusiva, a gente deu uma organizada nisso. A partir da pesquisa Origem e Destino, na qual a SPTrans participa, a gente sabe por quais motivos as pessoas saem de casa. Resultado: 46% é pelo trabalho, 32% para estudo. Por isso, na época de férias, a cidade fica mais tranquila, pois há muita gente estudando. Ainda há 4,4% para compras e 4% em função de saúde e lazer, cada.
“Há aqueles que reclamam que os carros não tem espaço,
mas 80% do viário é ocupado por eles.”
E a frota de carro aumenta cada vez mais. Sobre os que defendem o carro, não acho que é má-fé ou ideológico, acho que é burrice, mesmo. É um problema de inteligência.
Jornalistas Livres — Segundo pesquisas, a maior parte da população apoia faixas de ônibus e ciclovias. A resistência a essas medidas não é desproporcional ao apoio da população?
Jilmar Tatto — Eu acho que tem diminuído a resistência, mesmo da mídia e de comerciantes, dos setores organizados. Ninguém fala mais de faixa exclusiva de ônibus, e a gente continua fazendo faixa exclusiva.
“Nós vamos proibir o carro de subir na 14 Bis e vamos fazer faixa exclusiva dentro do túnel Nove de Julho.”
Toda semana se continua fazendo e ninguém fala mais. Essa resistência diminuiu, a cidade venceu. E olha que foi duro fazer faixa exclusiva. Eu fiquei 2013 só respondendo sobre isso, todo santo dia. Em relação à ciclovia, é a mesma coisa, tem diminuído. Não significa que eles concordaram, significa que eles perderam a batalha. Há resistência em tudo que você faz de novo na cidade.
Jornalistas Livres — Mas quem resiste ao novo?
Jilmar Tatto —Você tem alguns setores e, seus colegas, a mídia, são os que ajudam bastante. Ajudam a não mudar a cidade.
“Investir no transporte público e no veículo não-motorizado não é um programa de esquerda. Não é um programa de direita.”
Isso tem a ver com uma decisão de Estado, de como você pensa a cidade. Aqui, um governo de direita tem dificuldades em adotar medidas que mudem a cidade. Mas em Buenos Aires, por exemplo, quem fez corredor de ônibus e ciclovia foi um prefeito de direita, a esquerda fala mal lá. A única diferença é que para fazer mudanças estruturais, um governo de esquerda tem mais ousadia, mas é uma questão de Estado.
Se você tivesse a mídia ajudando a fazer o debate, e nem precisa ser chapa branca, nem nada, seria muito mais honesto…A mídia poderia apresentar qualquer foro de discussão, de ativista, de ciclovia, de carro, em universidades, e veríamos quais são as soluções propostas?
Os americanos já perceberam que não adianta aumentar o viário. Estamos falando do óbvio.
Jornalistas Livres — As campanhas para as eleições municipais dependem muito do setor de transporte como financiador. O governo não acha que isso pode atrapalhar no processo eleitoral que começa ano que vem?
Jilmar Tatto — Nunca pensamos nisso. A questão do financiamento de campanha está sendo debatida no Congresso e campanha tem que ser feita durante a campanha. Você não pode tomar uma decisão e formular uma política pública pensando em quem financia a campanha. Seria o fim de uma gestão. Nós estamos beneficiando o transporte o público. Segundo este raciocínio, estamos privilegiando o ciclista, que, do ponto de vista do financiamento de campanha, é tudo pobre. O debate não tem a ver com financiamento, tem a ver com pensar a cidade.
Jornalistas Livres — No caso de uma não-reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT), esse processo de transição da mobilidade ficaria prejudicado?
Jilmar Tatto —Pela experiência que se teve com José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (ex-DEM e atual PSD), paralisa, infelizmente. Por que paralisa, mesmo tendo apoio da população? Porque os agentes, as forças organizadas, que não querem a mudança têm um peso muito grande nas gestões de direita na cidade.
“Por exemplo, uma associação de comerciante que chega em um prefeito estilo Serra e fala “não vai passer ciclovia aqui”, acaba ganhando ouvidos, e ele tende a não implementar a ciclovia.”
Eu falei do comerciante, mas envolve o taxista, o motoboy, o vereador, o deputado, o juiz, o promotor, todo mundo. Você vai fazendo e o pessoal vai aparecendo. Eles não conseguem dizer “não”, por isso as mudanças acabam paralisadas. Se você pegar o final da gestão do Kassab, verá que ele fez algumas faixas exclusivas de ônibus. Pintou, sinalizou, fez tudo direitinho, mas não colocou em funcionamento, porque isso implicaria em tirar carros das ruas, e o comércio reclamou.
“A prefeitura está sofrendo também pressão das montadoras, que estão com queda nas vendas. Mas a verdade é que as montadoras estão fadadas ao fracasso.”

O debate sobre o transporte público é tão sério, e não tem volta, que as montadoras estão no esforço de dizer: “Meu carro não polui.” Todo esforço é para criar um carro não poluente. A questão da poluição é só um dos elementos, não é o único. Nós estamos discutindo espaço público. É o problema maior, é o que não está à venda na cidade. “Carro híbrido”, “carro elétrico”… isso é problema deles. O gestor público não precisa debater implementar pedágio, aumentar o rodízio. Não tem que fazer nada disso. Tem que aumentar calçada, fazer ciclovia, ter espaço do ônibus e o espaço do carro. Se ele [carro] fica parado, é um problema dele. Você deu opções.
Jornalistas Livres — O pedágio no centro seria uma solução?
Jilmar Tatto — Pra quê? Tem que fechar o centro para o carro. Não quero pedágio. Não quero que só quem tem dinheiro entre no centro.
Tem que fechar, para que ter carro no centro? Tem que ter ônibus, bicicleta. O cara tem dinheiro, então ele vem pro centro? Tem gente que fala “eu entro no corredor de ônibus, eu não ligo de pagar multa, mas poderia tirar a pontuação”. Ainda diz que é bom para a Prefeitura. Olha a cabeça do cara. Não é questão de dinheiro. O espaço público não está à venda.
Nós apenas aplicamos a legislação, hierarquizando prioridades. Em primeiro lugar, o pedestre, depois, o ciclista e, em terceiro, o transporte público. O carro fica lá embaixo. Do ponto de vista do espaço público, é o contrário do que nós tínhamos.
Jornalistas Livres — Isto se refere ao alinhamento com o Plano Nacional de Mobilidade?
Jilmar Tatto —Exatamente. A ação recente do Ministério Público invertia essa ordem, nem fazia menção ao plano, dizia que o carro era o principal meio de transporte.
Jornalistas Livres — Como foi a batalha jurídica para implementar as ciclovias?
Jilmar Tatto —A cidade ganhou. Qual foi a origem disso? Um dos setores contrários entrou no Ministério Público e uma promotora acatou. Fui para Justiça e, felizmente, o Judiciário não concordou. Toda linha de raciocínio da promotora tentava disfarçar a defesa do carro, falando de qualidade, de ausência de planejamento, do preço, porque é difícil a privatização do espaço público e o carro. Um grupo de estudantes de 5ª série ganha esse debate [entre carro e ciclovia]. Foi uma coisa surreal. Por exemplo, a questão do preço:
“Nós estamos gastando R$ 80 milhões para fazer 400 km de ciclovias. A gestão anterior gastou R$ 180 milhões para construir uma única ponte, por onde não passa nem pedestre, nem ônibus e nem bicicleta. Isso é caro.”

Jornalistas Livres — Pode haver retrocesso na adoção do modal de ciclovias?
Jilmar Tatto — Retroceder não, mas dependendo do andamento das próximas gestões, pode haver paralisação. O Plano Diretor prevê 1,5 mil km de ciclovia até 2030. Estamos fazemos 400 km e vamos chegar a 500. Ou seja, a partir de 2016, serão necessários cerca de 500 km por gestão para alcançar a meta.
Jornalistas Livres — Para o uso da bicicleta ter sucesso é preciso ter integração com outros modais. No caso da cidade de São Paulo, o transporte público não é somente municipal, é também estadual e metropolitano. Como a integração está sendo pensada?
Jilmar Tatto — Todos os terminais de ônibus da SPTrans tem bicicletário. Claro que ajudaria muito mais se houvesse integração com o transporte metropolitano, mas outras instâncias governamentais não têm uma visão de futuro sobre o tema do transporte público. O Bilhete Único, por exemplo, está integrado com o transporte sobre trilhos (CPTM), mas não está integrado com os ônibus intermunicipais.
Para as cidades da Região Metropolitana de São Paulo há um bilhete específico, o Bom. Qual o sentido disso? Por que dois bilhetes para integrar regiões tão próximas e dependentes? Isso é uma excrecência. Por que não está integrado? Eu não sei. Acredito que seja porque nos intermunicipais quem manda são as empresas concessionárias.
Jornalistas Livres — As pessoas têm medo de andar de bicicleta em São Paulo, por conta de acidentes, do tráfego intenso e até mesmo por falta de hábito. Qual é o papel de campanhas de incentivo ao uso de bicicleta para que haja adesão maciça da população?
Jilmar Tatto — Não há necessidade de campanha de incentivo. A existência da ciclofaixa e o respeito a ela é o suficiente. Uma prova foi o uso de bicicleta na Paulista antes da obra e durante a obra. Foi um crescimento visível e impressionante mesmo antes da faixa estar pronta. E isso não acontece somente na Avenida Paulista. Acontece em todos os lugares onde temos instalado faixas. Percebemos que temos é que fazer as ciclovias. Basta elas estarem lá para que sejam usadas. Mas é necessário fazer campanhas de conscientização sobre mobilidade e segurança, sim.


Jornalistas Livres — Entre ano passado e este ano houve duas paralisações de motoristas de ônibus que quase não foram noticiadas pela mídia. O prefeito Haddad chegou a dizer que isso seria uma manobra de sindicatos contra a Prefeitura. Quais são, ou eram, as demandas dos profissionais, e como a Prefeitura respondeu a estas demandas?
Jilmar Tatto — O que existe hoje na cidade de São Paulo é uma concessão do transporte. Na concessão as empresas precisam operar o sistema e cabe à Prefeitura fiscalizar. Neste caso, houve várias reivindicações. Desde reivindicações legítimas dos trabalhadores sobre as condições de trabalho e aumento de salário. Motorista de ônibus é uma das profissões mais estressantes que existem. Este ano, os profissionais já fecharam um aumento de 9% e por isso não haverá paralisações. Mas há brigas internas do sindicato. No ano passado, os sindicatos trabalhistas fizeram acordo com o sindicato patronal.
O aumento foi aprovado em assembleia. Mas parte da diretoria do sindicato discordou da aprovação e resolveu organizar paralisações, deixar passageiros no meio da rua, parar ônibus em avenidas bloqueando o tráfego etc. Formas completamente selvagens de manifestação. E há também, e estamos atentos a isto, conluio entre as entidades patronais e trabalhistas. Isso é ilegal, não pode. A cidade já foi refém desse tipo de atitude nas gestões Luiza Erundina e Marta Suplicy (à época, ambas do PT). E aí não tem perdão.
“Aí é descer o sarrafo mesmo, ação imediata. Não pode confundir ser democrata com ser mole. Temos que ficar atentos, pois é um setor sensível, de serviço essencial, e tem gente neste setores que querem prefeitar.”
Nestes casos, acionamos o Ministério Público, com quem temos uma relação muito boa. Conversamos com os promotores que entendem deste setor e atuamos de forma conjunta.
Jornalistas Livres — São Paulo tem um estudo amplo sobre o custo do transporte e quando, no início do ano, foram concedidos passes-livre aos estudantes, houve uma discussão bastante maniqueísta do tema. A Prefeitura contratou um serviço de auditoria para avaliar o setor. Quais as conclusões dessa auditoria?
Jilmar Tatto —São Paulo é a única cidade do Brasil em que a receita não está nas mãos dos empresários. Isso foi feito na época da gestão da Marta. O controle do dinheiro do sistema é feito pelo poder público. Quando terminou a concessão antiga, em 2013, demos início ao processo para as novas concessões, com algumas mudanças.
“As manifestações de junho de 2013 acabaram por fazer o prefeito perceber que a cidade não estava segura para uma concessão de longo prazo,
deste volume de dinheiro.”

Uma das inquietações era sobre quanto a Prefeitura pagava por este serviço, mesmo com contrato público, acompanhamento do Tribunal de Contas do Município (TCM) e da Câmara de Vereadores etc. Aí o prefeito resolveu contratar uma auditoria. No resultado final, não foi constatado nenhum absurdo. O que foi contratado foi pago e entregue. Mas ficou o questionamento: como aprimorar o serviço nos novos contratos? Acabamos por mudar mais coisas e, assim, saiu o decreto. Está na mesa do prefeito neste momento e deve ser publicado na próxima semana, enquanto a previsão é que o edital saia no mês que vem.
Jornalistas Livres — Quais as resoluções tomadas a partir dos dados que a SPtrans e Prefeitura dispõem? Quando elas entram em vigor e quais são os efeitos esperados disto?
Jilmar Tatto — A partir do próximo contrato, acabam-se as concessões. As empresas serão Sociedade de Propósito Específico (SPS), constituídas unicamente para esta atividade. Ou seja, elas não poderão ter outros contratos e responder a outras licitações. Ao fim do contrato, as SPS são encerradas e as empresas acabam. Isso garante que o sistema paulistano não será contaminado por problemas de um grupo que, por exemplo, atenda a múltiplas licitações. É um contrato de exclusividade.
Também não poderão operar cooperativas, pois concluímos que, nesta área, isso significa necessariamente a precarização do trabalho, e fica muito difícil fiscalizar as condições dos profissionais. São mudanças radicais, mas o gestor não pode ser refém de nada, pois representaria o fim do Estado. Também mudamos o sistema de remuneração. Grosso modo, ela não será 100% do custo, porque este formato não favorece a qualidade do serviço. O novo modelo será: 50% custo, 40% volume de passageiros e 10% a qualidade do atendimento, que será definida por pesquisa de opinião junto ao usuário.
Jornalistas Livres — Em longo prazo, com o aumento da eficiência do transporte público, dá para se pensar no barateamento ou na contenção no aumento da tarifa?
Jilmar Tatto — A tendência nas cidades é ter uma tarifa mais barata, se não zero. É um movimento importante que está acontecendo no Brasil e é inevitável. Por exemplo, há 390 mil estudantes de São Paulo que pagam tarifa zero. Quem que eu acho que tem que pagar a tarifa: o usuário tem que pagar um pedaço, o Estado tem que pagar um pedaço, o usuário do carro tem que pagar um pedaço, por meio da gasolina. Esse é o plano, e as empresas que dão vale transporte também.
“Hoje as empresas não pagam praticamente nada. Nem os usuários de carros.”
Na minha opinião, todas as empresas têm que pagar pelo vale-transporte, mesmo se não pegar. Porque ele está à disposição. Só não pega quem não quer, então tem que pagar. A tendência é baratear. Não sei quem vai pagar, e alguém vai ter que pagar a conta, mas essa é a tendência. Vai haver uma pressão dos movimentos sociais para isto.
Convocado pelo Movimento Passe Livre, o MPL, o “1º Grande Ato Contra a Tarifa” no dia 9 de Janeiro de 2015, chegou a reunir 30 mil pessoas, segundo os organizadores, ou 5 mil pessoas (segundo as contas da PM). Como esperado, a polícia militar reagiu com truculência.
Jornalistas Livres — O ministério que mais recebeu cortes no plano federal foi o das Cidades. Isso pode impactar nas obras na cidade de São Paulo?
Jilmar Tatto — O calendário da chegada do recurso está atrasado, e isso atrapalha as obras, não adianta achar que não. Precisa refazer o calendário, que acaba atrapalhando o planejamento. Mas a cidade está preparada, tudo está licitado, apenas aguardando o dinheiro da Dilma (Rousseff).
Jornalistas Livres — Os taxistas estão se opondo ao aplicativo Uber. Esta mesma resistência aconteceu em outras cidades do mundo, que, por fim, adotaram o sistema. Como o senhor acha que vai ser o desfecho em São Paulo? A longo prazo, esse tipo de tecnologia facilita parte do problema da mobilidade?
Jilmar Tatto —Existe uma lei na cidade que diz que quem pode transportar passageiro e cobrar por isso é o táxi. É uma lei. Nesse sentido, se alguém tiver fazendo este serviço está ilegal e nós temos apreendido alguns carros por isto.
“Se o Uber quiser se cadastrar, teremos que mudar a lei. Não tem nada a ver com aplicativo ou tecnologia, tem a ver com o serviço, que é proibido.”
No contexto da dificuldade de mobilidade e pensando a longo prazo, a sociedade terá que ir se adaptando às novas tecnologias que vão surgindo, pois é inevitável. Foi o que aconteceu em outras cidades, legislações foram modificadas. Mas cada cidade tem um modelo. Nova Iorque teve um modelo, a Europa tem alguns modelos.

Jornalistas Livres — São Paulo está há cinco anos sem novas licenças de táxi. Há carros suficiente pra atender a população da cidade?
Jilmar Tatto —Entre os taxis existe uma divergência, tem uma parcela que quer novos alvarás e uma parcela que não quer. Há um mercado cativo já, né? Então se desenha duas situações: quem tem passageiro certo quer o aumento da tarifa, quem não tem, não quer. Taxista de aeroporto, rodoviária, shopping, ou onde há circulação intensa de pessoas quer o aumento. Quem não está nesses locais, não quer aumento.
“São Paulo não tem quantidade de táxi suficiente pra atender a população. É um fato, um dado da realidade: ninguém consegue encontrar táxi à noite,
finais de semana, dias de chuva, etc.”
Também há um problema de qualidade de serviço, mas esse não é por falta de táxi.
Jornalistas Livres — Nesse caso, qual o papel da Prefeitura?
Jilmar Tatto — Regular e regulamentar, tentar disciplinar isto. E o táxi ganhou o benefício de usar as faixas exclusivas dos corredores. E isso ajudou muito no serviço. A qualidade do táxi melhorou. Também não se permite mais ser carro pequeno, carro velho. Mas ainda há muita deficiência, especialmente em eventos, quando temos muita reclamação. Temos de mudar isto.
Jornalistas Livres — Qual a expectativa dessa gestão para o Elevado Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão? Agora, ele será fechado a partir das 15h de sábado. Mas um dia ele vai ter fim? Será derrubado ou vai virar um parque? Quando veremos mudanças reais?
Jilmar Tatto —O Plano Diretor aponta que temos que dar um destino ao Minhocão. Para mim, o futuro é derrubar aquilo lá. Não tem serventia para nada.
“Um lugar que não passa pedestre, não passa bicicleta e não passa ônibus serve para quê, afinal? A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) tem um estudo que garante que derrubar não causa dano ao tráfego da cidade.”

Para mim, só há benefício em derrubar o Minhocão. Ninguém entende mais de trânsito viário na cidade de São Paulo do que a CET. Os técnicos que fazem simulação, estudos, que estão em campo, que planejam a cidade, esses caras entendem, e eles dizem que o impacto seria muito pequeno. O motorista se redistribui pelas vias laterais.
Se quem entende do assunto fala que não vai causar, por que questionar? Às vezes, aumentar a via, aumenta ainda mais o tráfego. A lógica da engenharia de mobilidade não é uma lógica linear, e não é feita para que o usuário ache outra via para o seu carro, mas pra achar uma alternativa de transporte público. Quando você incentiva obra viária, o motorista é incentivado a usar a via. Quando você restringe, ele não é incentivado, e logo vai deixar o carro em casa.

Jornalistas Livres — Houve uma reformulação das linhas de ônibus recentemente em São Paulo, umas foram inclusive suspensas, e há muita reclamação principalmente das periferias. Há ônibus que foram substituídos por vans e microônibus, e que hoje estão superlotados. Quais os planos para resolver isso?
Jilmar Tatto — Vamos falar primeiro sobre microônibus, não estamos acabando totalmente com o micro, porque para alguns locais o acesso viário não comporta ônibus grande. Mas a ideia é que os carros pequenos de hoje sejam trocado por veículos maiores. Aonde o viário comportar, teremos carros maiores. Isso está garantido na próxima licitação. Em relação ao corte, todo desejo do usuário é ele sentar no ponto inicial e ir a seu destino final no mesmo ônibus. Mas assim a cidade trava, pois o corredor ficaria lotado.

O problema na cidade não é falta de ônibus, é corredor lotado. Não adianta nada ter a linha que vai até o centro, se ele ficar parado no corredor. Então, temos que troncalizar, reorganização este sistema e os terminais que cumprem esse papel. Se o usuário não paga outra passagem, e o Bilhete Único resolveu isso, e se a baldeação for rápida, que ganhe tempo e não perca, ele se convencerá que foi um bom negócio. Este é o nosso desafio e eu estou bastante otimista.
Jornalistas Livres — Há planos pra rede noturna se expandir?
Jilmar Tatto — Sim. A linha noturna está sendo um sucesso e por isso estamos expandindo nesse momento o número de carros no horário, pois há locais com grande volume de passageiros. Disponibilizamos mais 17 ônibus, e este crescimento é tendência. É assim: você cria um serviço que não existe e as pessoas o adotam. Aí ele começa a se expandir. A cidade vai pedindo e vamos melhorando cada vez mais.

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São Paulo
Rachadinha na versão de Itapecerica SP
Ex-funcionária da Câmara de Vereadores de Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, fez denúncia ao Ministério Público de SP, por ter sido obrigada a “rachar” parte dos seus honorários com a Presidência da casa.
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5 anos atrásem
25/10/20por
Joana Brasileiro
Na “nova política” nos deparamos com situações como o escândalo da rachadinha que envolveu o filho de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, do Rio de Janeiro, e que até hoje segue impune. Para além do “conceito pizza” (que já é uma máxima da nossa história), sabemos quanto que a impunidade influência na perpetuação dessas práticas. Pois é, o número 3 do Seu Jair anticorrupção #SQN, está fazendo escola, agora em Itapecerica da Serra.
Quando Ivone (nome fictício) combinou o valor do seus salário, para trabalhar como Assessora da Diretoria da Câmara de Vereadores Itapecerica da Serra, ela ia receber cerca de R$ 3.500, 00 reais, com benefícios. Quem a indicou foi o Vereador Markinhos da Padaria, que avisou que o valor que passa-se disso do valor total ela iria devolver para ele. Estava então acertada a rachadinha.
Ao receber o primeiro mês de salário, ela foi abordada pelo vereador que pediu que ela entregar em dinheiro a quantia de R$ 2.500,00, num envelope pardo para sua esposa. Esse valor correspondia mais de 50% do valor total do salário do cargo que ela estava ocupando, e o valor líquido com descontos, mais a parte que ela estava sendo forçada a “rachar” e a entregar, não davam a soma combinada inicialmente. Indignada a servidora resolveu reclamar por diversas vezes e decidiu que não iria mais aderir ao esquema. A partir daí começou a sofrer diversas perseguições até que fez denúncia à polícia, que foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo.
No inquérito do MP-SP estão envolvidos no caso Marcos de Souza (Markinhos da Padaria), Márcio Roberto Pinto da Silva (Presidênte da Câmara de Vereadores) e Andreia Moreira Martins.
Boletim de ocorrência Trecho da instalação de Inquérito civil do MPSP
No Boletim de Ocorrência a vítima registra que os envelopes com o valor eram para ser entregues a mulher de Markinhos da Padaria Sra. Marta, mas na matéria feita pelo TUBENET, canal de notícias (em redes sociais) e entretenimento evangélico local, é possível ouvir áudio onde o Vereador Markinhos no trecho que vai do minuto 2:22 ao 3:19, explica para vítima como deve ser feita a entrega do dinheiro à Presidência da Câmara. O vereador ainda dá mais detalhes sobre a negociação e diz que não quer encheção de saco, que não quer mais saber da história, e que não se suja por bobagem. A vítima se nega a participar mas começa a ser pressionada a entregar a quantia todo mês.
O depoimento da servidora para o repórter Diego Lima também revela o medo e as pressões que a servidora sofreu, por não concordar com o esquema. Além da perseguição que vem sofrendo, mesmo depois de exonerada.
Ivone, nos contou que está sendo denunciada em boletim de ocorrência pela pessoa que era seu chefe direto por calúnia e difamação. Essa denúncia foi feita logo depois de a servidora prestar queixa por assédio moral.
Enviamos email pelo portal da Câmara para pedir mais esclarecimentos, mas até o momento do fechamento desta edição não tivemos resposta.
A escola da Rachadinha do Carlucho
Segundo matéria do Correio Braziliense, o Ministério Público do Rio de Janeiro abriu dois procedimentos contra Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), um pelo esquema da rachadinha outro por funcionários fantasmas. Os dois esquemas movimentaram em torno de R$ 7 milhões (valor atualizado em Setembro pela matéria) ao longo de 10 anos, recebidos por 11 pessoas suspeitas de agir como funcionários fantasmas no gabinete do vereador.
As primeira denúncias foram feitas pela revista Época em junho de 2019, Carlucho empregou cerca sete parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro segundo a reportagem. Apesar das denúncias, Carlos Bolsonaro é candidato a vereador no Rio de Janeiro.
Mas o Seô Jair já disse que acabou com a corrupção no Brasil, então podemos ficar tranquilos.
São Paulo
Professores de São Paulo fazem carreatas contra proposta de retomada das aulas
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06/07/20por
Cecília Bacha
Nesta terça, 7 de julho, professores e professoras do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, Apeoesp, realizam o “Dia Estadual de Carreatas, Buzinaços e Faixaços em Defesa da Vida” por todo estado e na Capital. A ação é uma das respostas da categoria contra a proposta de retomada presencial das aulas, anunciada pelo governo de João Doria (PSDB) no final de junho.
Para a Apeoesp, o plano de reabertura é prematuro, não tem base científica e pode representar um perigo real de aumento dos casos de Covid-19, pois São Paulo é o epicentro da epidemia no Brasil. Até a manhã desta segunda (6), o estado registrava 320.179 mil casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, com 16.078 mortes confirmadas.
“Os números de contaminação e mortes por Covid-19 no estado de São Paulo continuam aumentando. Isso mostra que ainda não estamos prontos para a retomada das atividades, principalmente das aulas nas escolas da rede pública estadual. Nós, da CUT São Paulo, seguimos defendendo o direito à vida e apoiamos todas as manifestações nesse sentido, inclusive essa carreata da Apeoesp para chamar a atenção da sociedade sobre os riscos de planos precipitados do governo estadual de volta às aulas presenciais”, afirma o professor e presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.A data prevista por Doria para a retomada das aulas presenciais no ensino público e privado é 8 de setembro. De acordo com o governador, o retorno só ocorrerá se todas as cidades paulistas completarem 28 dias na fase 3 da pandemia (etapa amarela do plano São Paulo de flexibilização econômica). Em seu anúncio, disse que o retorno seguirá normas de distanciamento social de 1,5 nas salas, rodízio entre turmas, uso obrigatório de máscara por todos esanitização dos ambientes. Também prevê a organização da entrada e saída dos alunos para evitar aglomerações, aferição da temperatura na entrada, intervalos em horários alternados e atividades de educação física preferencialmente ao ar livre.
Confira, abaixo, a lista de cidades e locais de concentração das carreatas!
CARREATA DIA 07/07 | |||
SUBSEDE | HORÁRIO | TRAJETO | |
TODAS AS SUBSEDES DA CAPITAL (contato) | 14H00 | SAÍDA DA SUBSEDE SUDESTE CENTRO E SEGUE PELA AVENIDA PAULISTA | |
BRAGANÇA PAULISTA – Bugana | 14h | Carreata da subsede Bragança Pta. dia 07/07 – início às 14h. Saindo da frente da subsede, passando pela Av. Antonio Pires Pimentel, Praça Central Cel. Osório, Prefeitura municipal, lago do Taboão, Av. José Gomes da Rocha Leal, Diretoria de Ensino, Lavapés e seguindo na Alquindar Monteiro pra zona norte, percorrendo todas as ruas do Parque dos Estados, Cidade Planejada e Jardim da Fraternidade, retornando a subsede para encerramentos. | |
PIRACICABA – Marli | 12h30 | Local de concentração: APEOESP – Subsede Piracicaba (Rua Alferes José Caetano, 968) | |
Itinerário | |||
A carreata de professores e apoiadores ao movimento sairá da região da subsede da Apeoesp, subirá a rua Moraes Barros, contornará a Praça José Bonifácio, passará pela rua Governador Pedro de Toledo, entrará na rua São José, contornando novamente a Praça José Bonifácio, acessando a rua São José até a Alferes José Caetano. Em seguida, entrará na rua Prudente de Moraes e novamente passará pela Praça José Bonifácio, seguindo pela rua Boa Morte até a rua Joaquim André. Entrará na do Rosário e irá a até a rua Jane Conceição (Paulista), pegando a rua da Palma, depois a rua Edgard Conceição, até a rua Sud Menucci, entrando na avenida Dr. Paulo de Moraes, e acessando a rua Governador Pedro de Toledo novamente até o seu final e se dirigindo para a Diretoria Regional de Ensino, na rua João Sampaio, 666, terminando com grande “apitaço”. | |||
PINDAMONHANGABA – Lucia | 9h | Dia 07/07 – terça – 9 horas. | |
Carreata com saída da Subsede – Rua Capitão Vitório Basso, 300, destino à rápida concentração | |||
Praça Monsenhor Marcondes, Centro | |||
Trajeto : Avenida Nossa Senhora do Bom Sucesso (ida) e Rua Albuquerque Lins (volta), terminando na Subsede. | |||
OBS: O DEPTRAN da cidade não está permitindo qualquer tipo de aglomeração no centro, devido ao aumento de contaminação nos últimos dias. Portanto vamos ter que ser bem rápidos. | |||
FRANCO DA ROCHA – Mara | 13H00 | Saída de frente à Santa Casa de Francisco Morato, passando pelo Centro, Via Parque | |
Paulista, Centro de Franco da Rocha, seguindo para Caieiras | |||
MARÍLIA – Juvenal | 10h00 | Em Marília, o buzinaço acontecerá no dia 7/7, às 10 horas, e estão convidados todos os professores e funcionários públicos ativos e inativos de Marília e das cidades no seu entorno. Às 9 horas, todos deverão se dirigir à Apeoesp para pegar material (colantes, adesivos ou faixas) para colá-los no carro ou expô-los pela janela. | |
LITORAL SUL – Moacyr e Regina | 11H00 | Peruibe: carreata dia 07 de Julho ás 11 horas, trajeto Saída da subsede Rui Barbosa, entra na Avenida Jaime de Castro ( contorna) – Rui Barbosa- Centro – Avenida João Batista Leal – Alça da Ponte- Pollastrinni/ Volta Pollastrini – Avenida Peruibe- Praia do Sonho – Centro. | |
11h00 | Itanhaém: Sai da subsede, passa pelo Centro de Itanhaém (próximo a 2 escolas estaduais e vai para o bairro Belas Artes Escola Estadual Polastrini. : Duas escolas do Centro Calixto e Jon Teodoresco. | ||
ATIBAIA | Parte da manhã: BAIRROS IMPERIAL CEREJEIRAS CAETETUBA | ||
ALVINOPOLIS / ATIBAIA JARDIM | |||
Parte Tarde: | |||
Centro/ Bairro Arredores/ Jd Pinheiros | |||
TATUÍ – Fátima | 17h30 |
|
|
BEBEDOURO – Gandini | 12H00 | CENTRO DA CIDADE EM VOLTA DA PRAÇA MATRIZ | |
OESTE/LAPA – Tania | IRÃO PARTICIPAR EM 20 CARROS COM A SUBSEDE SUDESTE | ||
SUDOESTE – Anatalina | IRÃO PARTICIPAR COM A SUBSEDE SUDESTE | ||
CARAGUATATUBA – Rodolfo | Saída da Subsede na Av. Rio Grande do Sul. | ||
Atravessar a Rua Pe Américo Virgílio (sentido Praça Candido Motta) | |||
Segue pela Rodovia Manoel Hipolito Rego | |||
Passa em frente a praça Candido Motta | |||
Desce a Engenheiro João Fonseca (sentido praia) | |||
Pega a Avenida Dr Arthur Costa Filho (sentido Sul) até o bairro do Indaiá | |||
PENÁPOLIS – Tereza | 11H00 | PELO CENTRO DA CIDADE | |
JUNDIAÍ | A atividade ocorrerá das 9h as 12h. Percorrerá as principais ruas de Jundiaí. Av. 9 de julho, Av Jundiaí, Rangel Pestana, Frederico Ozanan, Fernando Arens, JJ Rodrigue, Dr Cavalcante, Marechal Deodoro da Fonseca, Rua XV de Novembro, Rua Anchieta entre outras.e faixas. Ainda não está definido o horário. | ||
ITAPEVI | 14H00 | PELO CENTRO DA CIDADE | |
LESTE TATUAPÉ – Claumir | Sem informação. | ||
SANTO AMARO – Francisca | 11h30 | Na região | |
Luis Claudio | 14h00 | Vergueiro e Paulista | |
SÃO BERNARDO – Vera | 12H00 | PELO CENTRO DA CIDADE | |
LORENA – Walmir | Realizamos uma pesquisa on line com conselheiros/as e representantes de aposentados/as e representantes de escolas, onde foi decidido que não realizaremos carreata em Lorena no dia 07/07 contra abertura das escolas. | ||
Nesta data irá passar um veículo de som pela cidade com áudio q nos foi enviado pela Sede Central. | |||
Walmir Gonçalves Santos | |||
Coordenador | |||
JACAREÍ – Roberto Mendes | Será às 17h. Sai da subsede, passa pela Praça dos Três Poderes, Prefeitura Municipal, Rua XV de Novembro, Praça Alfredo Schurig, Rua Barão de Jacareí, Av. Senador Joaquim Miguel, Rua Dr. Lúcio Malta, Rua Luiz Simon Pires, Rua D. Pedro l e encerra na Sub sede. | ||
Cruzeiro – Luiz | Na subsede Cruzeiro os REs são contrários à carreata, mas será colocado um carro de som circulando na cidade nos dias 06 e 07 com a mensagem da APEOESP. | ||
LIMEIRA – Patricia | 10H00 | SAÍDA DA SUBSEDE | |
REGISTRO – Ana Cugler | Há um decreto proibindo aglomerações por conta da regressão da | ||
FERNANDÓPOLIS – FRAZÃO | Local da concentração: | ||
✅ Ao lado de horto florestal – antigo zoo. | |||
✅ Horário: às 10:40. | |||
✅ Itinerário: Paraíso-COHAB Brandini-Ubirajara-Rodoviária-Aparecida-Centro( Av Brasil)-Brasilândia-Jd. Paulista. | |||
Encerramento: R. São Paulo( depois da Av dos Arnaldos). | |||
ARAÇATUBA – ODIMAR | Concentração em frente à Subsede Araçatuba, Rua Mem de Sá, 757. | ||
Saída: 10h da manhã | |||
Trajeto: Avenida Brasília, Rua Luíz Pereira Barreto, Centro da Cidade, Rua Prudente de Morais, Rua Quinze de Novembro, Rua Tupi, Avenida dos Araçás, Rua Silva Manoel, Rua do Fico. | |||
Finalizando em frente ao Bosque Municipal. | |||
Trajeto de aproximadamente 60 minutos. | |||
PEREIRA BARRETO – | Nós da subsede Pereira Barreto, estaremos participando com faixas no dia 07 a partir das 10h em frente a agência bancária do banco do brasil, situada no centro da cidade. | ||
ASSIS | – CONCENTRAÇÃO EM FRENTE SUBSEDE: RUA AMADOR BUENO, 383 – Vl. CENTRAL | ||
Saída 09h00 da Rua Amador Bueno, 383 ( Em Frente APEOESP)/Av. Dom Antonio/Av. José Nogueira Marmontel/Avenida Rui Barbosa/ Praça Arlindo Luz (Encerramento) | |||
– Previsão de 30 a 50 veículos | |||
Para a Carreata Convidamos os Professores, Funcionários Escolas/ Funcionários Públicos Ativos/Inativos de Assis e Região | |||
BAURU | 14H00 | Praça da Paz | |
LESTE VL. PRUDENTE | FARÁ COM SUBSEDE SUDESTE | ||
RIBEIRÃO PIRES | 10H00 | PERCORRERÃO BAIRROS DA CIDADE E DE RIO GRANDE DA SERRA COM CARRO DE SOM ATÉ AS 15H00 | |
NORTE | 14h00 | FARÁ COM SUBSEDE SUDESTE | |
DIADEMA – Néia | 1400 | Participarão da carreata em São Paulo. | |
BAIXADA SANTISTA | 09h00 | Praia Grande: centro (Cont da Av. Malet até a praia, Boqueirão, entre estes dois pontos tem próximo da escola técnica – ), vila Tupy, Guilhermina | |
09h00 | São Vicente: centro, jockey clube, Catiapoã | ||
09h00 | Santos: centro da cidade, zona noroeste ( é maior), região do canal 2 (Av. Bernardino de Campos), Aparecida até canal 6. | ||
CAMPINAS | 9H00 | RUA DELFINO CINTRA, 100 | |
ITAPEVA | 14H00 | IRÃO PERCORRER TODA A CIDADE | |
RIO CLARO – Ademar | NÃO HAVERÁ | ||
FRANCA | NÃO HAVERÁ | ||
TUPÃ | NÃO HAVERÁ. FARÃO DEBATE COM A SOCIEDADE E ENTREVISTAS NAS RÁDIOS DA CIDADE | ||
JAU | SEM INFORMAÇÃO | ||
PRES. PRUDENTE | SEM INFORMAÇÃO | ||
ARARAQUARA | SEM INFORMAÇÃO | ||
S. J. RIO PRETO | DEFINIRÃO EM REUNIÃO AMANHÃ | ||
AMPARO Neusa | NÃO HAVERÁ | ||
SÃO MIGUEL – Zafalão | FARÃO JUNTO COM SUBSEDE SUDESTE | ||
CATANDUVA – Keandro | LEANDRO DISSE QUE NÃO SERÁ POSSÍVEL FAZER PORQUE VÁRIAS PESSOAS ESTÃO DOENTES COM COVID. | ||
S. J. DOS CAMPOS – Gilmar | Ato Unificado do movimento sindical no dia 10. | ||
PIRAJU – Joaquim | NEGOCIANDO. | ||
TAUBATÉ – Moreno | NÃO PROGRAMADO. | ||
RIBEIRÃO PRETO – Tófolli | SEM INFORMAÇÕES. | ||
SÃO CARLOS | AINDA NÃO CONFRMADO. | ||
Apeoesp São Carlos | |||
AVARÉ Babi | NÃO HAVERÁ. | ||
SANTO ANDRÉ -Martinha | NÃO HAVERÁ. | ||
OURINHOS – Sueli | NADA DEFINIDO | ||
BARRETOS – Ana | NÃO HAVERÁ. | ||
MOGI DAS CRUZES | A Subsede de Mogi das Cruzes não fará carreata no dia 07/07 e sim uma vídeo conferência às 19 horas. | ||
MOGI MIRIM | NÃO VAI FAZER DEVIDO AO GRANDE NÚMERO DE INFECTADOS PELA COVID | ||
S J RIO PRETO | NÃO HAVERÁ. | ||
GUARATINGUETÁ | SEM INFORMAÇÕES. | ||
AMERICANA | ZENAIDE NÃO RESPONDEU | ||
ANDRADINA | CILENE FICOU DE VER MAS NÃO RESPONDEU | ||
OURINHOS | SEM INFORMAÇÕES. | ||
ARARAQUARA | NÃO REALIZARÃO | ||
PRESIDENTE PRUDENTE | NÃO HAVERÁ |
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São Paulo
Jornada de luta contra TORTURA, NÓS QUEREMOS RESPIRAR!
Publicadoo
5 anos atrásem
25/06/20por
Joana Brasileiro
Este ano as atividades da Jornada de Luta Contra Tortura tiveram que ser feitas online. A últimas semanas foram marcadas por atos no mundo todo contra o racismo e a violência policial, depois da morte por tortura de um homem negro, o asfixiamento de George Floyd, nos Estados Unidos. Mesmo a enorme mobilização das redes para o assunto #VidasNegras Importam, na semana seguinte noticiamos a morte de mais um jovem negro, Guilherme Silva Guedes de 14 anos, vítima de tortura por agentes policiais em São Paulo. É por isso, que a Jornada de Luta contra Tortura é fundamental, e precisa ser renovada todo ano, principalmente no Estado de São Paulo, que tem a policia que mais mata.
A Jornada reúne diversos movimentos sociais que articulam ações de conscientização ao longo de três meses, até culminar num ato na praça da Sé no dia 26 de junho, Dia Internacional de Proteção às Vítimas de Tortura e Tratamento Degradante, instituído pelas Nações Unidas.
LEIA ABAIXO o MANIFESTO:
JORNADA DE LUTA CONTRA A TORTURA E EM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
NÓS QUEREMOS RESPIRAR!
Vivemos no Brasil um período sombrio. Autoridades públicas brasileiras, fazendo uso e abuso das suas funções, perpetuam, sem nenhum constrangimento, violações de direitos humanos.
Desde a última ditadura civil-militar, a frágil democracia brasileira foi incapaz de superar os males de origem do país como o genocídio dos povos indígenas, da população negra e dos pobres nos campos, florestas e periferias brasileiras.
O Judiciário continua sendo a mão de ferro do encarceramento em massa. Enquanto o Brasil ocupa a sétima posição global em desigualdades, quase 800 mil pessoas encontram-se encarceradas. O Brasil é o terceiro país que mais encarcera no mundo. E o Estado de São Paulo é o que mais encarcera no país. Em todas as unidades de privação de liberdade espalhadas pelo país, homens e mulheres pobres e negros, incluindo adolescentes e unidades de destinadas a saúde mental, a tortura é praticada como método de controle da população encarcerada.
As chacinas e execuções sumárias impregnam as periferias e os noticiários do país e a tortura permanece sendo o método sistemático das polícias para incriminar, obter confissões forçadas, forjar provas, inclusive para criminalizar diversos movimentos e organizações sociais e populares que lutam contra este estado de violações de direitos humanos.
Gestores e agentes do Estado têm vindo a público estimular impunemente arbítrios praticados por policiais e autoridades ligadas à segurança pública.
A “guerra às drogas” declarada pelo Estado só fez aumentar a prática da tortura, o encarceramento em massa, a execução sumária e as chacinas. Somente no primeiro quadrimestre de 2020, 381 pessoas foram assassinadas por policiais militares e civis em São Paulo. As audiências de custódia, que visavam fazer os juízes verificarem se torturas, maus-tratos e arbitrariedades foram cometidas no momento da prisão, não têm dado resultado porque a maioria dos juízes não interroga o preso de modo que ele possa denunciar se foi torturado.
As “bancadas da bala” que atuam nos legislativos incentivam o “linchamento” dos povos indígenas, negros, LGBTs, ampliando o ódio contra os mais pobres. Querem mais armas para matar mais jovens negros nas periferias.
Juízes e policiais, bem como uma parte da população é imobilizada diariamente assistindo programas televisivos que estimulam o medo social, apóiam a tortura como método de vingança. Mas vingança não é justiça!
A tortura é uma prática herdada da colonização, aprimorada ao longo do período de escravização da população negra e que se estende até os dias atuais, entranhada, inclusive, na mentalidade de parte significativa dos órgãos de controle do Estado.
Neste momento de agressiva desigualdade e empobrecimento da maioria da população, o resultado será mais pessoas vulneráveis à perseguição e à violência policial. Terreno fértil para o uso da tortura praticada pelos agentes do Estado como uma perigosa arma de controle social, seguida pelas execuções sumárias, chacinas e o encarceramento em massa.
Preocupados com a prática sistemática da tortura e da violência dos agentes do Estado, especialmente policiais, somamos esforços com outras mobilizações pelo mundo que colocam o racismo como pilar estrutural das violações de direitos humanos e arbítrios do Estado, exigimos: basta de tortura neste 26 de Junho – Dia Internacional de Apoio às Vítimas da Tortura. Nós queremos respirar!
Exigimos, mais uma vez, que a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e o Governo do Estado de São Paulo dêem demonstrações efetivas de que não são coniventes nem apoiam a tortura e a violência praticada pelos agentes do Estado, criando e implementando o Comitê e o Mecanismo de Prevenção e Enfrentamento à Tortura no Estado de São Paulo, com plenas condições de atuação, além de independência e autonomia, de acordo com o Projeto de Lei nº 1257/2014, em conformidade com o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (Lei nº 12.847/2013) e a obrigação assumida internacionalmente pelo Brasil no momento da ratificação da Convenção da ONU Contra Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (Decreto nº 40/1991) e seu Protocolo Facultativo (Decreto nº 6.085/2007), reiteradamente cobrada pelos organismos internacionais.
Ao criar o Comitê e o Mecanismo de Prevenção e Enfrentamento à Tortura, o Estado de São Paulo dará um importante passo na proteção dos direitos humanos.
A TORTURA NÃO É COMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA!
São Paulo, 26 de junho de 2020.
Com o intuito de mobilizar as pessoas que acompanham os Jornalistas Livres para a questão, e usando o recurso das entrevistas ao vivo, durante o mês de Junho, trouxemos diversos convidados, inicialmente usando o espaço do programa VOZ ATIVA que é apresentado por Ruivo Lopes.
ABRIMOS A JORNADA:
No dia 5 de junho, conversamos com Adriano Diogo, coordenador Nacional dos Direitos Humanos do PT, ex-Deputado Estadual, responsável, entre outras coisas, pela criação do SOS Racismo e da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo- Rubens Paiva, que apuraram os crimes dos agentes do estado que ocorreram durante a Ditadura Militar.
No dia 12 de junho contamos com presença de diversos ATIVISTAS DA REDE DE PROTEÇÃO E RESISTÊNCIA AO GENOCÍDIO numa entrevista coletiva sobre OS BRASIS QUE(M) MATA E QUE(M) MORRE.
Dia 19 Junho conversamos sobre DIREITOS HUMANOS NA IMPRENSA BRASILEIRA, com o jornalista Flavio Carrança, diretor do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo e coordenador da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial; o jornalista Fausto Salvadori, editor do portal Ponte – Jornalismo e Direitos Humanos; e a também jornalista, Cecilia Bacha, editora dos Jornalistas Livre.
Esta semana (21 a 26 de junho) intesificamos as conversas, abordando em duas entrevistas ao vivo o tema do MECANISMO DE PREVENÇÃO E COMBATE À TORTURA. Primeiro no dia 23 de junho, conversamos com Arnobio Rocha da Comissão de Direitos da OAB-SP, Fernando Ferrari codeputado estadual da Bancada Ativista do PSOL e Lucas Paolo do Instituto Vladmir Herzog.
E hoje, 25.06 pudemos falar mais sobre o assunto com Adriano Diogo e Mateus Moro, defensor Público do Estado de SP, Coordenador do Núcleo Especializado de Situação Carcerária da DPE/SP, Membro do Comitê Nacional de Prevenção e Combate á Tortura e Mestre em Adolescente em conflito com a lei, e Sylvia Dinis Dias, Assessora Jurídica Sênior e Representante da Associação para a Prevenção da Tortura (APT) no Brasil Sylvia também trabalhou também para ONGs nos Estados Unidos prestando assistência jurídica para mulheres e crianças vítimas de violência e desenvolvendo campanhas de conscientização pública sobre igualdade de gênero e violência baseada no gênero.
Amanhã para encerrar a Jornada convidamos Regina Lucia dos Santos, do Movimento Negro Unificado, e Angela Mendes de Almeida, do Coletivo Merlino, para uma conversa sobre QUEM TORTURA E QUEM É TORTURADO NO BRASIL. NÃO PERCA!
O Ato na Praça da Sé em São Paulo, sempre contou a com a participação do público, que com o microfone aberto, faz falas sobre as dificuldades e injustiças que sofrem ou já sofreram no seu território.
Veja a cobertura #aovivo feita no ato do ano passado:
https://www.facebook.com/watch/live/?v=1146439788813022&ref=watch_permalink
O grupo Pânico Brutal costuma contribuir e este ano vamos fazer uma versão online, ás 18h30.
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A as coberturas que foram feitas pelo Jornalistas Livres nos anos anteriores
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