As pessoas do #OcupaValencius – que resistiam há mais de 120 dias à posse do Coordenador de Saúde Metal ligado a hospício onde havia tortura – estão sendo obrigadas por Policiais Militares a desocupar o acampamento no Ministério da Saúde!
Em uma ação tensa e intimidadora, a Polícia Federal cumpriu uma ordem de reintegração de posse das salas ocupadas por manifestantes que resistiam à nomeação do novo Coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, na sede do Ministério da Saúde, DF, no início da tarde desta sexta-feira (15).
Desde que o psiquiatra Valencius Wurch foi nomeado, profissionais e pacientes atendidos pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) rejeitaram a administração do médico por ter posições contrarias à política nacional de saúde mental sustentada pelos governos Lula e Dilma até 2016. Valencius foi diretor do maior manicômio privado da América Latina, a Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi, fechada em 2012, após anos de denúncias de violações dos Direitos Humanos.
Durante a desocupação, uma manifestante declarou em vídeo ter se sentido desrespeitada por um policial que tentou burlar o acordo de esperar o advogado de defesa chegar. “Tememos que o Estado volte a retirar pacientes do convívio da sociedade como estratégia de tratamento. É um absurdo porque você deixa a pessoa vulnerável, sujeito a equipes que não dão retorno da saúde à família. Ninguém se reintegra afastado da sociedade”, disse Sheylane Brandão, mestranda em psicologia da UNB, e uma das coordenadoras da ocupação.
A ocupação na sala do coordenador durou 123 dias.
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