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Brasília

Nomeação de Moreira Franco é permitida

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Após nomear Moreira Franco para Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, poucos dias depois de ser homologada a delação bomba da Odebrecht, onde o nome de Moreira aparece nada menos do que 34 vezes identificado como “Angorá”, um juiz de Brasília suspendeu a posse com base em ação semelhante a que houve com a nomeação de Lula para a Casa Civil de Dilma.

Na época o STF considerou a nomeação de Lula obstrução de justiça, uma vez que o ex-presidente se tornando Ministro ganharia foro privilegiado. Para validar essa tese foi usado um áudio telefônico de uma conversa entre Dilma e Lula, vazado ilegalmente pelo juiz Moro. Não havia substância que comprovasse a intenção de obstrução, apenas um aviso de que a posse já estaria assinada antes da cerimônia. O STF acabou cedendo para a sede de sangue e impediu a nomeação de Lula.

Com a nomeação de Moreira, em um contexto muito mais suspeito, uma vez que é diretamente citado na delação da principal empresa envolvida na LavaJato, parece ter substância o argumento de que seria um movimento de obstrução de justiça, e de que a nomeação seria para lhe garantir foro. Foi isso que o juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal do Distrito Federal, entendeu na decisão sobre a nomeação:

“É dos autos, também, que a sua nomeação como Ministro de Estado ocorreu apenas três dias após a homologação das delações, o que implicará na mudança de foro.”

Mas o golpe se deu por meio de articulações entre os golpistas e setores do judiciário. E logo Temer acionou o desembargador Hilton Queiroz, presidente do TRF-1, já aliado dos golpistas, que suspendeu a decisão de outro juiz federal de Brasília que barrava a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a reeleição da presidência da Câmara dos Deputados. Maia, homem forte de Temer na Câmara, ganhou. Esse mesmo desembargador acaba de suspender a liminar que barrava a nomeação de Moreira Franco, de acordo com nota no site da AGU, pois considera, concordando com os argumentos apresentados pela AGU contra a liminar, que esse impedimento é um “risco à ordem pública, segurança e ordem administrativa” e ultrapassa a “absolutamente sensível” separação dos Poderes. Preocupações essas que nem mesmo o STF, guardião máximo da constituição, levou em conta na ação contra Lula.

O golpe é assim. A nomeação de um ex-presidente, como maior índice de aprovação, é barrada por ser considerada suspeita, não há materialidade que comprove qualquer ato ilícito, mas com o circo midiático a decisão do STF ganha legitimidade. Já a nomeação de um, muitas vezes delato, antigo PMDBista não deve ser entendido como fuga da justiça. Faz sentido, a justiça virou capataz dos golpistas. Ou será que o STF irá aparecer?

xxxxxxxxxxxxxxxxx ATUALIZAÇÃO 15:49h xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

A juíza Regina Coeli Formisano, 6ª Vara Federal do Rio, aceita uma nova ação popular e assim barra novamente a nomeação de Moreira Franco para Ministro da Secretaria-Geral da Presidência. A juíza utiliza o caso em que o STF barrou o ex-presidente Lula, investigado na Lava-Jato, para assumir um Ministério na gestão de Dilma.

A juíza vê que a nomeação pode ter desvio de função e servir para munir Moreira Franco de foro privilegiado.

Brasília

Ato ecumênico em Brasília em protesto à marca de 50 mil mortes por covid-19 no Brasil

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Texto e fotos: Matheus Alves
O Brasil chegou na última semana ao triste número de 50 mil mortos.

O país chora e, com aquele aperto no peito, grita por justiça, dignidade e o nobre ato do luto. Em um desses gritos, dezenas de pessoas correram para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília e ocuparam, com mil cruzes, a Alameda dos Estados — que faz frente ao Congresso Nacional.

O choro se instala e sem querer se prende à garganta que dói cansada. O respiro perde o compasso. A boca seca. O tremor vem, a lágrima cai.

A sensação de perder um ente querido tão de repente é, sem dúvida, uma das piores demonstrações vitais que o corpo humano pode dar e, bastasse isso, ainda há a infeliz necessidade de assistir aos atos genocidas de um Presidente da República que nega a gravidade da maior crise sanitária da história.

Por mais que tentem explicar, o luto e a luta são as únicas formas de expressar o que é sentir falta de quem não está mais entre nós.

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Brasília

Racistas, fascistas, não passarão!

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Em um lado da Esplanada dos Ministérios, um ato em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo. No outro, a marcha do ódio e antidemocrática dos bolsonaristas defendendo o mesmo de sempre: fechamento do STF, intervenção militar, morte aos comunistas, maconheiros e outros absurdos.

Houve muita provocação verbal dos dois lados, mas apenas os bolsonaristas tentaram criar um embate físico, ao cruzarem a barreira policial no gramado central, para correr entre os manifestantes antifa. A polícia? Parecia mais preocupada em intimidar aqueles que defendem a democracia. Mas a resposta dos que lutam contra o racismo e o fascismo foi linda: muito grito de luta, um ato cheio de emoção e sem violência, como era esperado.

Confira a galeria de imagens da cobertura dos Jornalistas Lives em Brasília

Galeria 1- Fotos: Leonardo Milano / Jornalistas Livres

 

Galeria 2- Fotos: Matheus Alves

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Brasília

Agora com a ajuda do genro de Silvio Santos, brasileiros são levados ao matadouro

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A muvuca que o vírus gosta: Doria "libera" comércio para a Covid-19

Por Ricardo Melo*

O Brasil está no fundo do poço. Não pretendia gastar muito tempo com Bolsonaro, um facínora orgulhoso de sua condição.

Mas não pode passar sem registro seu ato mais recente: criar um ministério para o genro de Silvio Santos, o tal Fabio Faria.

Para quem não se lembra, Fabio Faria é aquele mesmo, deputado pilhado pagando passagens com verba parlamentar para namoradas como Adriane Galisteu e família.

Membro do tal centrão, agora “colega de trabalho” do sogro decrépito e capacho de qualquer governo, Fabio Faria une o inútil ao desagradável aos olhos do povo: engrossa a gangue do capitão no Congresso e fortalece os laços com o dono de uma emissora já conhecida como Sistema Bolsonaro de Televisão. Sim, o SBT, que entrou para a história ao tirar do ar um telejornal de horário nobre para não se indispor com seu patrão do Planalto.

A patiFaria corre solta.

Falemos dos governadores e prefeitos que tentaram posar de equilibrados de olho em dividendos eleitorais.

Não durou muito tempo. Um exemplo. João Dória, o Bolsodória, e seu assecla Bruno Covas vinham fazendo discursos ¨humanitários” até outro dia. Seu repertório esgotou-se tão rápido quanto sua sinceridade.

São Paulo, assim como o Brasil, vive um momento de ascenso da pandemia. O número de vítimas cresce sem parar. Qualquer aspirante a médico sabe que é hora de reforçar as poucas medidas de defesa à disposição. A única à mão enquanto não se descobre uma vacina é manter as pessoas isoladas e dar a elas condições de sobreviver.

O que faz Bolsodória? O contrário. Libera geral. Manda abrir tudo obedecendo ao comando de seus tubarões do Lide de sempre. As fotos estampadas nas redes mostram multidões circulando pelas ruas indefesas diante do apetite do coronavírus e dos senhores das bolsas de valores.

No Rio, a mesma coisa. Assim como Bolsodória, Witzel segue na prática os mantras de quem o elegeu: “E daí”. Ou: “todos vão morrer mesmo. É o destino”. Enquanto isso, faz o que parecia inacreditável. Alimenta uma máquina de corrupção à custa do sofrimento de milhares de brasileiros. Contrata a construção de hospitais a preços hiper super faturados que nunca saíram do papel. Assim acontece em vários outros estados. “Governantes” valem-se da morte do povo para engordar seus cofres particulares.

Tentei evitar, mas tenho que falar de Bolsonaro novamente. Depois de tentar esconder as mortes e roubar o Bolsa Família, ele e seu capanga preferido, Paulo Guedes, estudam ampliar o prazo da esmola aos desvalidos. Como? Em vez dos trocados de 600 reais que até hoje não chegaram a milhões que morrem de fome, fala-se em… 300 reais!! Faça vc mesmo os cálculos para ver o tamanho do disparate.

O destino dos países, mais do que nunca, depende da juventude, do povo trabalhador e de governantes responsáveis (a esse respeito, pesquisem no google o nome Jacinda Ardern, da Nova Zelândia. uma sugestão: https://www.brasil247.com/oasis/jacinda-ardern-quando-a-coragem-restaura-a-politica).

Chega. Não, não pague as dívidas, apenas as indispensáveis que podem te deixar sem luz, água, gás. Peça ajuda aos poucos advogados honestos, cada vez mais raros, é verdade. Procure a parte sadia da OAB. Recorra às organizações populares, aos sindicatos ainda dignos deste nome e, sobretudo, aos coletivos de jornalistas que se libertaram da mídia oficial. Ignore o palavrório dos políticos cínicos, hipócritas e ladrões, seja qual for o partido. E, se puder, fique em casa.

O Brasil depende dos brasileiros dignos desse nome.

 

*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

 

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