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Greve Geral

De braços cruzados: metroviários contra o fim da aposentadoria e da CLT

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Que o metrô de São Paulo iria parar na greve geral de 28 de abril já era um fato amplamente conhecido. Faltava conhecer a extensão da greve dos metroviários paulistanos. E ela foi decidida em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, 27 de abril, véspera da greve geral, na sede do sindicato da categoria, no Tatuapé, Zona Leste da capital paulista. Por ampla maioria, os cerca de 400 metroviários presentes decidiram interromper todas as atividades por 24 horas. E em um adendo não previsto originalmente na pauta, os metroviários reunidos na assembleia acataram a sugestão de não implementar o plano de contingência que a Companhia do Metropolitano costuma exigir dos funcionários.

A decisão foi antecedida por discursos inflamados de líderes das mais variadas tendências representadas no Sindicato dos Metroviários de São Paulo em repúdio às reformas trabalhista e previdenciária por meio das quais Michel Temer, do alto de uma aprovação popular de 4% dos brasileiros, tenta cumprir o arrocho encomendado pelos patrocinadores do golpe contra Dilma Rousseff.

Paulo Pasin, presidente da Federação Nacional dos Metroferroviários (Fenametro), considerou acertada a decisão tomada pelo conjunto dos metroviários de não acatar o plano de contingência. “O plano de contingência é uma medida unilateral da empresa e que coloca o usuário em risco”, advertiu ele em entrevista ao Jornalistas Livres. “No plano de contingência, supervisores mais antigos que no passado operaram trens são chamados para essa tarefa”, explicou ele. “Mas esses supervisores não estão mais habituados a conduzir os trens. É uma medida irresponsável do governo do Estado”, criticou.

“Nossa greve não é um pedido de ‘Fora Temer’”, esclareceu por sua vez o coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo. “Nós queremos derrubar qualquer possibilidade de liquidação dos direitos dos trabalhadores”, prosseguiu ele, em resposta a uma equipe de reportagem da Rede Globo, que esperou a assembleia terminar e a quadra do sindicato começar a se esvaziar para entrevistar o líder sindical. No decorrer da assembleia um funcionário da emissora captava solitariamente o som ambiente.

Ao JL, Fajardo disse considerar que a categoria está coesa. “A assembleia de hoje foi maior que a do dia 14. Há um sentimento muito grande de repúdio a essas reformas. Vamos ter uma greve com muita representatividade”, concluiu.

Retaliações – A assembleia ocorreu no mesmo dia em que a administração do Metrô de São Paulo decidiu pelo corte do adicional por periculosidade pago aos funcionários que se expõem a riscos nas oficinas da empresa no pátio Itaquera. A decisão foi recebida pela categoria como uma retaliação à mobilização dos metroviários. “A direção do Metrô e o governo Alckmin sabem da dimensão estratégica que a categoria tem, então tenta atacar a categoria atuando por área, tirando um direito aqui, outro direito ali, não só para atacar a greve geral, mas também para desmoralizar os metroviários e privatizar o Metrô”, opinou Pasin.

No decorrer da semana, a direção do Metrô protagonizou outro episódio que pode ser visto como retaliação ou até mesmo ameaça aos metroviários: os funcionários do Metrô receberam em suas casas uma carta advertindo a eles que sejam “consiêntes” em suas demandas durante a campanha salarial, que irá começar em breve, pois a empresa estaria atravessando dificuldades neste momento de crise econômica.

#EleNão

Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

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Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? No Programa Dialogando desse domingo (26/07), 18h, o Pastor Fábio recebe Juliano Medeiros, presidente do PSOL para um papo sobre eleições e aprendizados da pandemia que passa por uma das fases mais críticas do momento, onde prefeituras e governos de vários Estados do país programam reabertura de mais uma parcela considerável de setores, enquanto isso, a mídia normaliza as curvas ascendentes do número de infectados pelo Coronavírus.

Outra pergunta que precisa ser respondida é qual é o sentido das eleições serem realizadas ainda neste ano? Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

Assista, compartilhe. comente e mande perguntas no Facebook.

Juliano Medeiros é um jovem dirigente político da esquerda brasileira e desde janeiro de 2018 ocupa a presidência do Partido Socialismo e Liberdade. Historiador e Mestre em História pela Universidade de Brasília, é Doutor em Ciências Políticas pela mesma instituição.

Co-autor e organizador de Um Mundo a Ganhar e Outros Ensaios (Multifoco, 2013), Um Partido Necessário – 10 anos do PSOL (Fundação Lauro Campos, 2015) e Cinco Mil Dias: o Brasil na era do lulismo (Boitempo, 2017), colabora com sites, jornais e revistas no Brasil e exterior.[2]

Em 2018 coordenou a campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República pelo PSOL[3] e, no segundo turno, após decisão do partido, passou a integrar a coordenação da campanha de Fernando Haddad[4]. Desde a vitória de Jair Bolsonaro, participa do Fórum dos Presidentes de Partidos de Oposição[5].

Durante mais de uma década Juliano Medeiros foi dirigente da corrente interna Ação Popular Socialista – Corrente Comunista do PSOL. Em Junho de 2019, a APS-CC se fundiu com o Coletivo Rosa Zumbi e mais oito coletivos regionais para fundar a Primavera Socialista, atualmente maior tendência do PSOL, da qual Juliano também é dirigente.[6]

Fábio Bezerril Cardoso é Pastor, cientista social, ativista social e Cofundador & Coordenador da Escola Comum e atualmente apresenta o Programa Dialogando, todos os domingos, às 18h. É um dos pastores progressistas que têm lutado pela defesa dos povos periféricos e costuma não ter papas na língua para falar sobre a realidade desses lugares. A produção é de Katia Passos, com arte de Sato do Brasil.

Conheça mais sobre a atuação do Pastor Fábio https://www.facebook.com/fabio.bezerrilhttps://www.facebook.com/fabio.bezerril

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#EleNão

EDITORIAL – HOJE É DIA DE LUTO! PERDEMOS O MENINO GABRIEL

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Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Gabriel e Lula: aniversário no mesmo dia: 27/10

Perdemos um camarada valoroso, um menino negro encantador de feras, um sorriso no meio das bombas e da violência policial, um guerreiro gentil que defendeu com unhas e dentes a Democracia, a presidenta Dilma Rousseff durante todo o processo de impeachment, e o povo brasileiro negro e pobre e periférico, como ele.

Gabriel Rodrigues dos Santos era onipresente. Esteve em Brasília, na frente do Congresso durante o golpe, em São Paulo, nas manifestações dos estudantes secundaristas; em Curitiba, acampando em defesa da libertação do Lula. Na greve geral, nas passeatas, nos atos, nos encontros…

O Gabriel aparecia sempre. Forte, altivo, sorrindo. Como um anjo. Anjo Gabriel, o mensageiro de Deus

Estamos tristes porque ele se foi hoje, no Incor de São Paulo, depois de um sofrimento intenso e longo. Durante três meses Gabriel enfrentou uma infecção pulmonar que acabou levando-o à morte.

Estamos tristíssimos, mas precisamos manter em nossos corações a lembrança desse menino que esteve conosco durante pouco tempo, mas o suficiente para nos enriquecer com todos os seus dons.

Enquanto os Jornalistas Livres estiverem vivos, e cada um dos que o conheceram viver, o Gabriel não morrerá.

Porque os exemplos que ele deixou estarão em nossos atos e pensamentos.

Obrigada, querido companheiro!

Tentaremos, neste infeliz momento de Necropolítica, estar à altura do Amor à Vida que você nos deixou.

 

 

Leia mais sobre quem foi o Gabriel nesta linda reportagem do Anderson Bahia, dos Jornalistas Livres

 

Grande personagem da nossa história: Gabriel, um brasileiro

 

 

 

 

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Belo Horizonte

HOSPITAL DESMENTE INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO

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 Na última segunda-feira, 17, veio a óbito Edi Alves Guimarães, uma mulher de 53 anos, que passou mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória a caminho do Hospital Risoleta Neves em Belo Horizonte, na manhã de sexta-feira, 14, quando foi socorrida por Policiais Militares. Segundo a assessoria do hospital, ela sofreu morte encefálica às 14h30 e o corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).

 O fato ocorreu simultaneamente a um protesto na Avenida Antônio Carlos, reprimido com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia e que durou cerca de 10 minutos. O trânsito também foi rapidamente desviado, orientando os carros a saírem pelas ruas perpendiculares à Avenida, como a Rua Leopoldino dos Passos no bairro São José. O ato fazia parte de um grande dia de paralisação nacional em que milhares saíram às ruas em defesa da previdência social e da educação pública, contrariando a política de Reforma da Previdência e cortes de investimentos na Educação promovidas pelo governo Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas no palco, multidão, árvore, céu e atividades ao ar livre

Avenida Afonso Pena – BH 14/04 – Foto: Maxwell Vilela

 

 No primeiro momento as grandes mídias relataram que o falecimento foi causado pela inalação de fumaça tóxica dos pneus que bloquearam a via. Em entrevista à Rede Globo Minas o Tenente Cel Bruno Assunção confirma a versão que Edi foi levada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves apresentando sinais de parada cardiorrespiratória. Ao chegar no pronto-socorro, a paciente foi levada para os procedimentos de reanimação na manhã do último dia 14 e que veio a óbito dois dias depois. O hospital comunicou a morte encefálica da paciente na tarde de segunda sem liberar detalhes clínicos relacionando a causa da morte a inalação de fumaça. Contudo, muitas reportagens ainda publicaram postagens afirmando a relação da morte com a inalação da fumaça da queima de pneus, o que foi desmentido ontem através de um comunicado oficial do Hospital Risoleta Tolentino Neves.  

 Ainda de acordo com nota divulgada pela assessoria de comunicação do hospital na tarde da terça-feira, 18, os exames realizados não evidenciam intoxicação por monóxido de carbono. O óbito está associado a doença cardíaca e neurológica como pode ser visto na nota na íntegra abaixo. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso que segue em andamento e até o momento as investigações são conduzidas pelo delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, Weser Francisco Ferreira Neto.

Nota sobre o atendimento da paciente Edi Alves Guimarães

O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) informa e lamenta o falecimento da senhora Edi Alves Guimarães, esclarecendo que a paciente foi atendida do dia 14/06/2019 ao dia 17/06/2019, quando evoluiu para o óbito. Durante a internação, o Hospital realizou todos os procedimentos necessários visando à sua recuperação. O HRTN ressalta que os exames realizados não evidenciaram intoxicação por monóxido de carbono, estando o óbito associado à doença cardíaca e neurológica.

Assessoria de Comunicação do HRTN

 O que fica sobre esses episódios além da dor da família, conhecidos e do lamento dos envolvidos na necessária mobilização do 14J em todo o Brasil é a emergência da situação frágil que vivemos em relação às mobilizações vindas da classe trabalhadora e estudantil em vistas das ameaças de criminalização dos movimentos sociais. Neste contexto se faz cada vez mais precisa a luta por um jornalismo aprofundado e plural que possa trabalhar em prol da visibilização de diversas perspetivas existentes em acontecimentos políticos como os da Greve Geral.

 

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