Juristas Feministas se posicionam pela Greve Geral

O Coletivo Parajás, Coletivo Feminista de Juristas de Campinas /SP e região, se posicionou, por meio da Nota Pública abaixo publicada, em apoio à Greve Geral das trabalhadores e dos trabalhadores, e no dia 28 de abril, sexta-feira, pararão contra os retrocessos do governo de Michel Temer.

 

Nota do Coletivo Parajás – Greve Geral 28/04/2017

Desde abril de 2016, vivemos sob um “estado inconstitucional de coisas”. O golpe parlamentar – trasvestido de “impeachment” – aplicado no Brasil pelo conluio de um certo grupo político/midiático/empresarial, iniciou, como era de se esperar, uma fase de absoluto desrespeito a direitos garantidos desde a promulgação da Constituição de 1988. Em nenhum momento esse mesmo grupo golpista apresentou um projeto político para o Brasil que fosse inclusivo, democrático, sincrético ou humanista. Ao contrário, a agenda do golpe que vem sendo aplicada desde então nos “presenteia” cotidianamente com esses verdadeiros desmontes, por alguns chamados de “reformas”, que retiram direitos da classe trabalhadora e acirram ainda mais a desigualdade social.

Entendendo ser a opressão de gênero também decorrente da sociedade capitalista, sabemos que o golpe aplicado no Brasil vem afetando sobretudo a população em situação de maior vulnerabilidade social, principalmente as mulheres. Somos nós que sempre recebemos salários em média menores, que nos responsabilizamos com a sobrejornada do trabalho reprodutivo e que dependemos ainda mais dos serviços e das políticas públicas. Esses desmontes, portanto, nos afetam diretamente.

Os recentes projetos de lei de alteração dos direitos previdenciários e trabalhistas apresentados por esse governo ilegítimo são, juntamente com a aprovação da emenda do teto dos gastos públicos, reflexos do golpe iniciado em abril de 2016, que buscou implementar uma agenda política e econômica de cunho liberal, favorecendo ainda mais os detentores do capital e excluindo essencialmente nós, mulheres, da garantia de direitos.

É contra essa agenda que pararemos na próxima sexta, dia 28/04. Somente uma greve geral pode barrar o golpe e todos os seus reflexos e retrocessos. Nenhum direito a menos, pela retomada do estado democrático de direito!

Coletivo Parajás – Campinas/SP

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