Derrubam-se árvores, o fogo lambe a terra.
Tudo vira pó.
Milhões de seres em pó: bactérias, fungos, formigas, caramujos, macacos, onça, anta.
Tantos enfim unificados.
Solidariedade é própria dos ventos,
Leva, compartilha.
Pedaços da Amazônia, poeira fina, estão em meio a meu quintal, piso frio, depois de leve chuva.
Gráfico, reta, anúncio, arte?
Não sei, é tudo sujeira dos homens.
Reteno é o nome da substância que deixou preta a água da chuva, ontem, em São Paulo.
Água escura, lágrimas de queimada.
A tristeza da floresta é uma fumaça que invade o abraço, um medo obscuro que envolve a cidade grande.
Lamentar? Fugir para onde? Plantar árvores
desesperadamente?
A cidade estava tão quieta hoje.
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