Antropoceno, construir e destruir, a doença

Tudo flutua, indigenista. Trafega, navega a arca entre conversas com pensadores indígenas. Há algo líquido no momento atual. Sem sair de casa, encontro tantos, todos numa rede, como a chuva, uma neblina entre os não índios se dissipa. Conversam livres na Terra redonda, numa mídia índia que nos toca profundamente.

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Antropoceno.

Maracá, emergência indígena, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. Até o carcará, em barranca de areia na curva de rio, questiona, para onde foram as andorinhas?

Entre redes e na rede, finca-se facão, flexiona-se o arco, a flecha leve.

Não invadem, ocupam.

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Sônia Guajajara, liderança indígena, aos olhos e ouvidos de Zé Celso Martinez Corrêa, em 2016, no Oficina.

Há culpados, punem os mais fracos. Metem fogo, degradam, punem pelo sistema, suas economias. Resistir é verbo duro. Resisto, no presente, por resistirem eles, no infinitivo, tudo questão de pães e conjugação, um equilibrar-se.

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Direção por Mari Corrêa, roteiro por Paulo Junqueira, produção por Instituto Catitu e Instituto Socioambiental.

Texto e fotografias por helio carlos mello.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

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