Situado num dos pontos mais altos de BH, o projeto Roots Ativa atua na comunidade da Serra produzindo e vivendo a cultura rastafari. Com 20 anos de existência, o coletivo criou meios de vida coletiva em diversas iniciativas no Brasil.
O grupo formado por agentes culturais, educadores, cozinheiros e artistas, desenvolve diversas atividades na comunidade, baseadas na filosofia e nas práticas sustentáveis das culturas ancestrais africanas. Grande parte da renda que sustenta o coletivo provém de empreendimentos da economia solidária, focados na autogestão, democracia, comércio justo, valorização da natureza e do ser humano.
Diversas atividades culturais para crianças, adolescentes e adultos da comunidade também são realizadas no local. No entanto, a agroecologia tem sido o principal foco do coletivo, como forma de vida, alimentação saudável e geração de renda. “Acreditamos na agricultura feita do povo para o povo”, diz Thiago Lopes, membro do coletivo.
Thiago explica a relação da cultura rastafari e a agroecologia: “Acreditamos na importância da alimentação integral na qual o alimento nutre o corpo como um templo. Por isso, a importância em valorizar alimentos orgânicos, tratados com cuidado desde o plantio até servi-lo à mesa.”.
Quanto ao futuro do coletivo, Thiago revela que tudo o que eles imaginavam está acontecendo. “O que vivemos aqui é o reflexo do que foi feito lá atrás. O sistema capitalista um dia vai cair e quem está apoiado nele também cairá. Por isso, a importância de criar espaços de autonomia e crescermos em comunidade.”, diz.
O IV ENA SE APROXIMA
O espaço Roots Ativa na Serra se prepara para receber o IV ENA – Encontro Nacional de Agroecologia, que pela primeira vez será sediado em Belo Horizonte do dia 31 de maio a 3 de junho. O encontro aguarda cerca de 2.000 agricultoras e agricultores de todo o país que discutirão temas atuais da produção agroecológica. O espaço do coletivo Roots Ativa será um dos locais onde acontecerão visitas e oficinas para os participantes.