Vitória! Por Dandara nenhum minuto de silêncio

Após 15h de sessão, a 1ª Vara do Júri sentencia cinco dos oito acusados pelo assassinato brutal de Dandara, na última quinta-feira (5). Quatro deles vão responder por homicídio triplamente qualificado e um por homicídio duplamente qualificado.

Uma resposta quanto à elucidação de um assassinato como o de Dandara é fundamental para a luta por justiça. Uma resposta à barbárie transfóbica que assola o Ceará, como afirmou a acusação.

Mas não encerra aí. É preciso seguir cobrando do Governo do Estado do Ceará a construção de políticas públicas que permitam à população Trans viver.

Justiça para Dandara é lutar pela garantia de medidas que diminuam a vulnerabilidade, que permitam acesso à educação, saúde, emprego e moradia.

Não foi só Dandara, é preciso seguir cobrando resposta por todas as outras e para que nenhuma mais se perca.

Relembre o caso 

No dia 15 de fevereiro de 2017, a travesti Dandara dos Santos, de 42 anos, foi assassinada no bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Ela foi torturada e morta por um grupo de homens na rua, à luz do dia, enquanto pedia por ajuda. Um dos participantes do linchamento gravou um vídeo de 1 minuto e 20 segundos com seu celular, e o publicou na internet.

Três homens dão chutes e batem em Dandara dos Santos com um chinelo enquanto ela se contorce no chão, ensanguentada e suja de terra. Eles ordenam que Dandara suba em um carrinho de mão. Atordoada, ela não consegue, vai ao chão, os agressores dão chutes em sua cabeça.

Por: Ari Areia – jornalista cearense, artista e ativista LGBT

Com Nexo jornal

 

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