Reprovável no senado, Moro vence por nocaute na edição da Globo

Edição do Jornal Nacional e da Globo News da sabatina de Moro no Senado ontem repetiu a manipulação execrável feita pela emissora com o resultado do debate Collor e Lula em 1989. Senador Humberto Costa (PT), o mais contundente no emparedamento do ex-juiz, desaparece na edição, assim como as críticas de senadores de Centro, como Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB).

Privilegiando os parlamentares governistas, a Globo apagou a oposição e o dever ao contraditório. Em compensação, os comentários bajulatórios dos puxa-sacos reinaram absolutos. Generosa e parcial, a edição emendou, alongou e repetiu a fala fragmentada de Moro, eliminando as saias justas em que foi colocado pelos senadores, como as provas ilícitas usadas contra Lula e Dilma e a blindagem de FHC, o “inmelindrável”. E fabricou uma consistência no discurso débil do ministro, que se limitou a autoqualificar suas conversas infames com Dallagnol como procedimentos normais do rito jurídico, “baseado no modelo francês”. A edição subtrai a fraqueza escandalosa do sabatinado, que responde todas as questões acusando o trabalho de investigação do The Intercept de sensacionalista. Logo a emissora, que o ajudou a promover tantas vezes suas ofensivas contra Lula em edições espetacularizidas de horário nobre.

Finalmente, a Globo explora o reiterado crime de calúnia de Sérgio Moro, que acusa um dos jornalistas mais respeitados do mundo de ser o articulador de uma organização criminosa. Foi como assinar a confissão de pertencimento ao esquema judicial que fraudou a condenação de Lula e colocar o jornalismo que a emissora tinha a obrigação de ter feito no banco dos réus.

COMENTÁRIOS

5 respostas

  1. GOSTEI muito DOS COMENTÁRIOS DE VOSSA SENHORIA. Foram muito marcantes, bem embasados em fatos, sem nunca deixar perceber sua opinião.. Parabenizo-o por tarefa desempenhada de modo tão frutífero.Agora temos a certeza de que suas idéias trazem enorme certeza de que caminhamos em frente e com inquestionável vantagem

  2. Esse cara é o máximo….Tem “certeza dupla” do conteúdo tão importante ……temos a CERTEZA de que suas idéias trazem enorme CERTEZA”

  3. a esquerda pira , o ministro Moro deu show na CCJ , mesmo sendo uma vergonha vários bandidos fazendo perguntas para um homem de bem .
    viva o Brasil.

  4. Sou fã de vocês.. direito compartilho o trabalho muito bem feito de jornalismo dos Jornalistas Livres….NO ENTANTO peço por favor que vocês Leiam o primeiro parágrafo dessa matéria que está extremamente mal redigido.

  5. Sou um sujeito comum, filiado ao PT, mas que enxerga nossa esquerda política como estúpida e perseguidora de valores claramente equivocados ao se abrir livre para uma análise do país e de suas riquezas.
    É sim um desejo e meta diminuir a grande diferença de renda de nossa sociedade, mas entendo que nem toda nossa riqueza disponibilizada será capaz de cobrir as inúmeras exigências da nação como um todo
    Portanto, o projeto de governo perseguido pelo PT, o qual não soube nem escolher aliados fiéis, como também denunciar as falcatruas que certamente sabia desde sempre, não isentam Lula, Dilma, e demais.
    Assim, ao nos antepor a como a justiça foi feita para o Lula, que observa se dizer inocente e afirmar com todas as vozes que seu julgamento e condenação é um arbítrio politicamente dirigido, por não existir prova do atos a ele imputados, eu comum cidadão que nele acreditei, hoje sustento que ele é sim responsável pelo buraco que o país está, porque se não fosse conivente com os desmandos e as articulações que buscavam apenas seus interesses pessoais, e aí vejam a conversa que vazou entre Dilma e Lula, quando se tentou fazê-lo ministro, se torna claro que seu lugar é sim na cadeia.
    Se os fins justificam os meios, não nos cabe aqui julgar e condenar, mas é claro que existe o erro da imoralidade, tanto de um como de outro.
    Mas, qual é o menor dos males?

POSTS RELACIONADOS

Lava Jato: armadilha (ou cilada) brasileira

Do jornal francês Le Monde Diplomatique. Alguma coisa parece podre no Brasil. O país inteiro parece estar sendo atingido por uma série de crises simultâneas como em uma tempestade perfeita. Economia, recessão, desastres ambientais, polarização política extremista, covid 19 e agora o naufrágio do sistema judicial.