O índio Guarani andou longos caminhos, os Peaberus de suas léguas, tão vasta a América, livres da Europa eram. Seu longo domínio, do Pacífico ao Atlântico, entre tantos outros povos. Persisti até hoje, resiliente, sua rota da terra sem males.
Agora, o seu quinhão de terra, lhe resta; é alma, é corpo, é a terra sagrada em si.
Indígenas Guarani ocupam a Funai, em Itanhaém, e se manifestam dançando e cantando pelas ruas da cidade costeira, como é próprio do índio em luta, de tantas aldeias diversas que restam.
Querem a anulação da proibição de indigenistas da Funai atenderem aldeias em processo de regulamentação das terras, querem a revogação da exoneração do coordenador regional do litoral sudeste, Cristiano Hunter, querem a participação dos indígenas nas decisões da Funai.
Querem tão pouco, sei bem. Sei bem também da teimosia e carência que em nós habita a soberba, os não índios.
Ah, fica aquela angústia do dia de chuva; fosse uma manhã de sol, como disse antes Oswald de Andrade, me despia todo.
Vídeo por Richard Werá Mirim©
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