Segundo Defensoria Pública, áudio da reunião da Secretaria da Educação — divulgado pelos Jornalistas Livres — previu o recrudescimento da repressão policial aos estudantes mobilizados.
Por Allan Ferreira e Ana Carolina Trevisan, colaboração de Eviton Araujo, para os Jornalistas Livres
O recrudescimento da repressão aos manifestantes e a falta de dialógo foram um dos fatores que levaram o Defensoria e Ministério Públicos do Estado de São Paulo entrarem com a ação civil pública (clique aqui e confira o documento do processo) que visa garantir o direito dos estudantes de concluírem o ano letivo sem que estejam ameaçados pelo fechamento ou sobrecarga nas escolas afetadas pelos planos do Governo de São Paulo. Confira o vídeo da coletiva:
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (3), a defensora pública Daniela Skromov de Albuquerque, do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, afirmou que um dos fatores para a entrada com a ação civil pública do Ministério Público de São Paulo foi o acesso ao conteúdo da reunião realizada pela Secretaria de Educação de São Paulo no dia 29 de novembro.
A reunião dos dirigentes de ensino do Estado de São Paulo foi conduzida por Fernando Padula Novaes, chefe de gabinete do secretário da Educação Herman Jacobus Voorwald. Nesta reunião Padula afirma que a questão da mobilização dos estudantes que são contrários ao processo de reorganização da rede de ensino do Estado de São Paulo deve ser tratada como questão de guerra.
Segundo a defensora, o áudio permite observar que há uma: “ordem que veio de cima” para que tal recrudescimento ocorresse tanto nas ruas — com a ação policial de repressão, quanto por parte das diretorias das escolas.