Nós, médicas e médicos brasileiros abaixo-assinados, que votamos nas mais diversas candidaturas no primeiro turno, nos posicionamos, agora, em defesa da candidatura de Fernando Haddad para a presidência do Brasil.
Nosso país vive uma escalada de ódio sem precedentes, que ameaça valores democráticos e as bases para um desenvolvimento social e econômico mais justo e igualitário. A candidatura de Jair Bolsonaro representa este cenário:
Apoiou a “PEC da morte” que congela durante 20 anos os investimentos nas áreas sociais. Um golpe de morte no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, em seu plano de governo, propõe realizar mais cortes no orçamento da saúde;
Defendeu a reforma trabalhista e continua defendendo a perda de direitos fundamentais dos trabalhadores com o discurso de que o brasileiro tem que “escolher entre ter direitos trabalhistas ou ter emprego”. Seu vice, o Mourão, defende, inclusive, o fim do 13º salário;
Apoiou o governo Michel Temer em que houve aumento no desemprego e degradação das condições de vida do povo, com aumento da carestia e piora das taxas de mortalidade infantil;
É a favor da lei que desobriga o atendimento integral a mulheres vítimas de violência sexual. Realiza discurso racista e de ódio contra a população LGBTI+;
Durante a campanha já houve sinais de que pretendia igualar a tarifa de imposto de renda, que, na prática, significa mais impostos para os pobres e menos para os ricos;
Realiza discurso militarista de apologia à violência e trata torturadores da ditadura militar como heróis;
Por tudo isso, entendemos que nós temos o dever de estar ao lado em defesa dos direitos humanos, da vida e da paz. O voto em Haddad é a garantia mínima do espaço democrático para os debates tão caros à existência do Sistema Único de Saúde.
Portanto, apoiamos a candidatura de Fernando Haddad contra o retrocesso que Bolsonaro representa para a saúde e para a vida dos brasileiros.
Clique aqui para assinar a carta: https://goo.gl/forms/015ElZaVtIHYXTDe2 Mude sua foto de perfil e apoie a campanha: https://twibbon.com/support/médicos-com-haddad
CEREJAIS
.
Cabe-nos fazer a opção
Entre a superfície e o fundo
Entre o retrocesso e a evolução
Entre tempos de ouro e de chumbo
E na estante do nosso abrigo
Mantermos edificantes livros
Ou ensanguentadas armas
E como herança à posteridade
Deixarmos a doce liberdade
Ou paus de arara.
.
Nossas escolhas pessoais
Se refletem em outras vidas
Se plantamos lindos cerejais
Doces frutas serão colhidas
Mas se plantamos veneno
Matamos a nós mesmos
E a quem nos beija
Por isso me policio
Para que no futuro sombrio
Eu possa cultivar cerejas.
.
Aquele que for escolhido
Para ser o nosso jardineiro
Talvez nos dê campos floridos
Ou destrua os nossos canteiros
Porque até a terra dita dura
Pode receber semeadura
Se o jardineiro for do bem
Mas se ele for do mal
A terra será pedregal
E as sementes serão reféns.
.
Somos aquele que semeia
E também a planta que nasce
E em nossas raízes permeiam
As nossas duas faces
E a face que cresce
É aquela que recebe
Adubo e água fresquinha
O bom jardineiro nos faz flor
Mas se mau o jardineiro for
Desabrochamos ervas daninhas.
.
Eduardo de Paula Barreto
17/10/2018
É conhecida a fábula do Sapo e o Escorpião. Certo dia, o escorpião pediu ajuda ao sapo para levá-lo a outra margem do rio. O sapo temia ser picado, mas o escorpião garantiu que não faria isso, pois se o sapo morresse, ele também morreria afogado. Com a explicação convincente, o sapo decidiu ajudar o “amigo”, mas no meio do rio recebeu a picada mortal. Antes de morrer perguntou: “Por que você fez isso?” O escorpião respondeu: “É da minha natureza”. Assim age Bolsonaro. Como o escorpião.
Por Dacio Malta*
Sempre foi assim, e assim continuará.
A trégua que ele deu ao país, após a prisão do amigo Queiroz, foi para inglês ver.
O capitão é caso perdido.
Nem curso intensivo da Socila — escola tradicional no ensino de etiqueta e boas maneiras — daria jeito no capitão meio bandido, meio desastrado, mas completamente ignorante.
A resposta dada ao repórter de “O Globo”, que perguntou ao presidente por que a terceira primeira-dama Michelle recebeu R$ 89 mil de Queiroz, mostrou um Bolsonaro em sua forma mais genuína:
—Minha vontade é encher sua boca de porrada.
Um milhão de tweets já publicados contra a declaração, em nada mudará seu comportamento.
O capitão é assim.
Desastrado ao ponto de, no Piauí, pegar um anão no colo pensando ser uma criança.
Grosso ao dizer, em Mossoró, na mesma semana, que na política “sou imbrochável”.
—E não é só na política não. Eu tenho uma filha de 9 anos de idade, que foi feita sem aditivo.
Em princípio teremos de conviver com a besta por mais dois anos e meio.
Supersticioso, o presidente da Câmara não quer discutir o impeachment.
E tem lá suas razões.
A pandemia é a desculpa, mas a razão verdadeira é o apoio do centrão ao presidente que, junto com os R$ 600,00 alçou sua popularidade a 37% de aprovação, o que é muito pouco, mas suficiente para segurá-lo no cargo.
Obviamente, é preciso haver o combate diário não só contra ele, mas também contra os Ernestos, as Damares, os Ônixs, os Pazuellos, os Salles, os Mendonças e todos aqueles que insistem em avacalhar o país aqui e no exterior. E em especial ao Corisco do Lampião, e que atende pelo nome de Paulo Guedes.
Nos próximos 28 meses ainda iremos sofrer e nos envergonhar por termos de conviver com um presidente tosco com viés miliciano.
Mas ele passará.
Sua força é com um castelo de cartas.
Quis fazer um partido para chamá-lo de seu, e disputar as eleições deste ano, mas já sabe que não conseguirá formá-lo nem para 2022. Precisava do apoio de 492 mil eleitores, mas só conseguiu 15.762 apoiadores.
A resposta virá.
E o melhor.
Ele, e os filhos bandidos, terão o destino que merecem: a cadeia.
*Dacio Malta trabalhou nos três principais jornais do Rio – O Globo, Jornal do Brasil e O Dia – e na revista Veja.
Em um lado da Esplanada dos Ministérios, um ato em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo. No outro, a marcha do ódio e antidemocrática dos bolsonaristas defendendo o mesmo de sempre: fechamento do STF, intervenção militar, morte aos comunistas, maconheiros e outros absurdos.
Houve muita provocação verbal dos dois lados, mas apenas os bolsonaristas tentaram criar um embate físico, ao cruzarem a barreira policial no gramado central, para correr entre os manifestantes antifa. A polícia? Parecia mais preocupada em intimidar aqueles que defendem a democracia. Mas a resposta dos que lutam contra o racismo e o fascismo foi linda: muito grito de luta, um ato cheio de emoção e sem violência, como era esperado.
Confira a galeria de imagens da cobertura dos Jornalistas Lives em Brasília
Galeria 1- Fotos: Leonardo Milano / Jornalistas Livres
Neste sábado (13/6), a avenida Paulista será o espaço de mais uma manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O ato está sendo organizado por grupos sem vínculos partidários ou institucionais, que protestam contra o genocídio produzido pela irresponsabilidade do governo federal diante da pandemia do Covid-19 e contra a violência policial e estatal que vitima os brasileiros mais pobres e vulneráveis.
Bolsonaro, que já vinha pressionando prefeitos, governadores e empresários para um “retorno à normalidade”, antes mesmo do Brasil atingir o pico da pandemia e a contaminação estar controlada, estimulou, em live transmitida na úlltima quinta-feira (11/06), que a população invada os hospitais, filme os leitos e envie as imagens para a Polícia Federal e para a Abin, colocando em cheque os números apresentados pelas secretarias de saúde de estados e municípios. De acordo com nota divulgada pelo grupo que organiza o Ato, não resta outra alternativa que não seja ocupar as ruas e confrontar o governo com os resultados de sua própria política, “o Brasil não pode mais aguentar duas crises ao mesmo tempo: a pandemia e Bolsonaro. Uma se alimenta da outra. A única maneira de lutar contra a pandemia é derrubando este governo irresponsável. Não sairemos das ruas até que ele caia”.
Jair Bolsonaro também ameaçou, nesta quinta-feira (11), vetar a prorrogação do auxílio emergencial, caso o Congresso mantenha o valor de R$ 600. A proposta apresentada pelo governo é reduzir o valor pela metade, para mais dois meses de auxílio.
“A função primeira de um governo é proteger a população. Bolsonaro e seus seguidores zombam dos mortos e conspiram contra políticas que poderiam salvar vidas”.
Outra medida tomada por Bolsonaro esta semana, que vai de encontro às reclamações do Ato Contra o Governo da Morte, foi a exclusão da violência policial do relatório sobre violações de direitos humanos, uma tentativa clara de maquiar os números, assim como é a política oficial com o Coronavírus.
Serão distribuídas para os manifestantes, 500 fotos com vítimas da violência do Estado na ditadura e nos dias atuais, pela polícia e Covid-19. O uso de máscaras e a observação da distância de dois metros uns dos outros será obrigatório. Uma equipe irá garantir a distância e a segurança dos participantes.
O Grupo que organiza a ação é apartidário e espontâneo, composto por ativistas, artistas, advogados, professores, profissionais de saúde, estudantes, comunicadores. Cidadãs e cidadãos que não verão calados mais um genocídio do Estado brasileiro contra o seu povo.
Eduardo De Paula Barreto
17/10/18 at 16:06
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CEREJAIS
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Cabe-nos fazer a opção
Entre a superfície e o fundo
Entre o retrocesso e a evolução
Entre tempos de ouro e de chumbo
E na estante do nosso abrigo
Mantermos edificantes livros
Ou ensanguentadas armas
E como herança à posteridade
Deixarmos a doce liberdade
Ou paus de arara.
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Nossas escolhas pessoais
Se refletem em outras vidas
Se plantamos lindos cerejais
Doces frutas serão colhidas
Mas se plantamos veneno
Matamos a nós mesmos
E a quem nos beija
Por isso me policio
Para que no futuro sombrio
Eu possa cultivar cerejas.
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Aquele que for escolhido
Para ser o nosso jardineiro
Talvez nos dê campos floridos
Ou destrua os nossos canteiros
Porque até a terra dita dura
Pode receber semeadura
Se o jardineiro for do bem
Mas se ele for do mal
A terra será pedregal
E as sementes serão reféns.
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Somos aquele que semeia
E também a planta que nasce
E em nossas raízes permeiam
As nossas duas faces
E a face que cresce
É aquela que recebe
Adubo e água fresquinha
O bom jardineiro nos faz flor
Mas se mau o jardineiro for
Desabrochamos ervas daninhas.
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Eduardo de Paula Barreto
17/10/2018
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