Como viver em democracia se a opinião alheia não é respeitada? Se suas opções pessoais expressas em perfis privados são expostas de forma mentirosa para uma rede de odiadores virtuais? Pois é isso que os membros do MBL (que de livre não tem nada) fazem diariamente contra centenas, talvez milhares de pessoas por todo Brasil. A mais nova vítima desses linchamentos virtuais é Priscila Mendes, ex-professora substituta de jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso e atualmente servidora concursada na área de comunicação da Assembleia Legislativa do Estado. Apesar dos anos de trabalho duro dentro e fora das salas de aula ela foi apresentada em vídeo divulgado pelas redes sociais da milícia como alguém que “nada produz”.
Indignada pelas ofensas e exposição públicas, Priscila fez um vídeo resposta publicado pela página no Facebook do Coletivo Rexistência. Nele, a professora destaca que sem os servidores públicos, que obviamente pagam impostos como toda a população, não haveria escolas ou hospitais públicos. “Se você já estudou em escola pública, assim como eu, ou se você já foi atendido pelo SUS, assim como eu, você já usufruiu do trabalho do servidor público”, explica. “Eu escolhi ser servidora pública justamente para devolver à sociedade tudo o que ela já investiu em mim, com muito trabalho e dedicação, assim como outros colegas”. Ela reconhece que o serviço público precisa de melhorias, mas que isso só pode ser feito através dos investimentos no setor e valorização dos profissionais, na corrente contrária à do candidato à presidência apoiado pelo MBL, que tem atacado quase que diariamente as Universidades e o funcionalismo.
Nos últimos dias, dezenas de amigos, colegas e ex-alunos se solidarizaram com a professora, testemunhando nas redes a dedicação e o profissionalismo com que ela sempre atuou. Mas as perguntas seguem no ar. É esse tipo de perseguição e intimidação que queremos no comando do país? Como oferecer melhores serviços de educação, saúde, segurança e infraestrutura desrespeitando e ameaçando os profissionais que os realizam? Como atender melhor a população sem reverter a PEC do Teto dos Gastos que congelou os investimentos por 20 anos? Precisamos de mais amor e menos ódio. Mais jornalismo e menos desinformação. Mais priscilas e menos mbls.
Veja a seguir o vídeo da professora e jornalista: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=177469936491292&id=176437596594526
E, abaixo, alguns dos comentários em sua página pessoal
Uma resposta
A verdade dói muito…eu mesmo larguei um emprego público, por não aguentar a vergonha que sentia de receber para não fazer nada…