Por Dirce Waltrick do Amarante*
Quando certa manhã Gregor Souza acordou de sonhos intranquilos, encontrou seus parentes metamorfoseados em fascistas monstruosos.
Não era sonho.
O olhar de Gregor dirigiu-se então para a janela – ouviam-se pessoas pedindo AI-5, abertura do comércio em plena pandemia e intervenção militar – o tempo turvo deixou-o inteiramente melancólico.
“E daí?”
Voltou para a cama, afundou a cabeça no travesseiro e das suas narinas fluiu fraco o último fôlego.
*no último fôlego.