Os alunos da Universidade Federal de Uberlândia – UFU fizeram nessa quarta uma longa e lotada assembleia para denunciar as quedas nos investimentos em educação nos últimos anos, a falta de condições mínimas de ensino em alguns campi, a cultura do estupro e também novas ameaças do regime golpista como cortes de bolsas de iniciação à docência e a chamada Escola Sem Partido. Ao final da assembleia, em votação expressiva, foi decidida a paralização das atividades discentes entre os dias 8 e 10 de junho, coincidindo com o Dia Nacional de Mobilização Contra o Golpe. A primeira manifestação realizada como consequência das lutas estudantis foi a ocupação da reitoria da instituição (veja aqui) pela urgente melhoria na infraestrutura do Campus Monte Carmelo, onde até a água de beber está contaminada com metais pesados. Veja abaixo nota divulgada sobre a mobilização.
“Os estudantes da Universidade Federal de Uberlândia se organizaram em um Conselho de Diretórios acadêmicos (CONDAS) no dia 18/05 para realizar a assembleia geral, com todos os cursos, no dia 01/06 para se debater uma possível paralisação estudantil. Foram dados alguns dias para que os diretórios e centros acadêmicos (DAs e CAs) mobilizassem e levantassem as pautas internas de cada curso para que as reivindicações fossem levadas ao ato.
A assembleia geral foi realizada no Centro de Conivência, bloco 5N do campus Santa Mônica, contou com mais de 500 alunos representando todos os campi, exceto Patos de Minas, e começou com cerca de 40 falas de estudantes contendo suas pautas e posicionamentos sobre a paralisação, análise de conjuntura, protestos contra o governo interino de Michel Temer (PMDB) e relatos das assembleias de cada curso, realizadas pelos DAs e CAs.
Foi decidido em votação, por quase unanimidade dos presentes, a paralisação das aulas de 8 a 10 de junho. O ato vai contar com diversas atividades de formação política e os alunos ocuparão os blocos, praças e salas da universidade reivindicando as pautas gerais retiradas da concentração. Dentre elas, as principais são pela melhoria dos campi avançados (Pontal, Monte Carmelo e Patos de Minas) que sofrem sucateamento por falta de verba e espaço físico. Além disso, os estudantes reivindicam ônibus para congressos e viagens de campo obrigatórias para disciplinas, maior investimento na segurança e mais pontos de ônibus próximos aos campi, melhoria na assistência estudantil e são contra a nova portaria do PIBID (Programa institucional de Bolsas de Iniciação à Docência).”
Uma resposta