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Em defesa do Direito de Informação! Solidariedade à fotógrafa Marlene Bergamo

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Nós todos, fotógrafos, jornalistas, comunicadores e brasileiros nos encontramos indignados, nesse feriado de Finados, com a notícia da agressão à fotógrafa Marlene Bergamo, que, em exercício da profissão e em seus plenos direitos, foi agredida propositalmente, ferida à bala de borracha.

Como se em dia dos mortos devêssemos temer a morte da liberdade de comunicação, direito fundamental e inviolável.

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Acompanhamos nos últimos meses vários episódios parecidos, onde o exercício da profissão de jornalista é duramente agredido por forças do Estado. Afirmamos também que não é só a liberdade de comunicação que está em risco, pois atos de agressão têm se evidenciado contra os mais pobres, pretos, gente do campo, indígenas e estudantes a todo momento.

É primordial que se zele pela segurança do cidadão e que se garanta a liberdade de registrar, informar e comunicar, exercícios fundamentais em uma Democracia.

Convidamos você, que concorda com nossa posição e quer assinar junto com a gente, para nos mandar uma mensagem para o email jornalistaslivres@gmail.com.

Assinam:

Adolfo Varzea

Adriana Guerra

Adriana Zehbrauskas

Agatha Azevedo

Ailton Cruz

Alan Herrison Ferreira

Alberto César Araújo

Alberto da Rocha Barros Neto

Ale Anselmi

Alejandro Zambrana

Alessandra Anselmi

Alessandra Lori Borges

Alessandra Pereira

Alessandra Sapoznik

Alessandro Azevedo

Alessandro Ranulfo Lima Nery

Alexandre Campbell

Alexandre de Paulo

Alexandre Hodapp

Alexandre Lima

Aloísio Moraes

Amauri Eugenio Jr

Ana Alexandrino de Souza e Silva

Ana Araujo

Ana Carolina Fernandes

Ana Flávia Marx

Ana Kaptchouang

Ana Lira

Ana Lúcia Araujo

Ana Lúcia de Lima Carezzato Costa

Ana Ottoni

Ana Paula Amorim

Ana Paula Arias

Ana Paula Guimarães

Anadaria Veiga

Anderson dos Santos

André Carvalho

André Montenegro

André Okuma

André Parente

Andrea D Amato

Andréa Merkel

Andrea Testoni

Andressa Silva

Angelina Braga

Antonio J Scarpinetti Luiz Di Bella

Araquém Alcântara

ARFOC

Arnaldo Penachio

Associação Raso da Cararina

Associação Raso da Catarina

Baby Siqueira Abrão

Bárbara Dias

Bárbara El Zein

Beatriz Sallet

Bel Pedroza

Bernadete Lou

Bernardo Cotrim

Bernardo Guerreiro

Beto Hektor

Beto Monteiro

Bia Abramo

Bianca Santana

Bijari

Blanca Dueñas Peña

Bola Nicoli

Bruna Brandão

Bruna Prado

Bruno Amaral / Jornalismo Periférico

Bruno Lopes de Paula

Bruno Risas

Cacalos Garrastazu

Caco Ishak

Caetano Barreira

Caio Santos

Camila Mouri

Camila Valones

Carina Viana

Carla Dias Caffé Alves

Carla Serqueira

Carlos Carvalho

Carlos Noel Mazia

Carlos Norberto Souza

Carlos Roberto

Carmen da Silva Ferreira

Carol Almeida

Carol Caffé

Carol Nogueira

Carolina Nery

Casa da Lapa

Cassia Fellet

Cayo Honorato

Cecilia Capistrano Bacha

Cecilia do Lago

Cesar Locatelli

Chico Carneiro

Chico Ferreira

Christian Braga

Christina Bocayuva

Claudia Barreto

Claudia Barroso

Cláudia Leão

Claudia Linhares Sanz

Claudia Priscilla

Claudia Rolli

Clo Guilhermino

Clovis Gomes Ferreira

Coletivo Passarinho

Conceição Lemes

Conrado de Moraes

Coraly Santilli

Cris Aaraújo

Cristina Barczinsk

Cristina Camargo

Cristina Charão

Cristina Lopes

Cristina Villares

Cristina Zappa

Crysthiana Monteiro de Souza

Custodio Coimbra

Daniel Fuentes

Daniel Iglesias

Daniel Lima

Daniel Ramalho

Daniel Scandurra

Danilo Barretto

Dárkon Vieira Roque

Dayanne Holanda

Dayanne Holanda

Débora Cruz

Débora Firmiano dos Santos

Demian Golovaty

Democratize

Denise Camargo

Ding Musa

Diógenes Muniz

Dirce Franca

Driade Aguiar

Dudu Tsuda

Ed Figueiredo

Edilson Dantas

Edouard Fraipont

Edu Gióia

Eduardo Baptistão

Eduardo Verderame

Egberto Nogueira

Elenice Moreira Calixto

Eliana Meireles

Eliane Biondo

Eliane Caffé

Eliane Dal Colleto

Eliária Andrade

Elias Carvalho da Costa

Elisabete Savioli

Elson Stecher

Erika Fae

Erika Tambke

Evelyn Ruman

Fabiana Ribeiro

Fabio Martins

Fábio Rodrigues

Fatima Gasperazzo

Fátima Pombo

Felipe Altenfelder

Felipe Malavasi

Felipe Milanez

Felipe Mota

Fernanda Cirenza

Fernanda Curiá

Fernanda Takai

Fernando DK

Fernando DK Rodrigues

Fernando Lago

Filipe Olivieri

Filipe Peçanha

Flavia Correia

Flávia Martinelli

Flavio alberto Menna Barreto Trevisan

Francisco Diniz

Francisco Toledo

Gabriel Lindenbach

Gabriel Rocha Gaspar

Gabriel Soares

Gabriela Athias

Gabriela Biló

Gabriela Di Bella

Gabriella Forabelli

Geandre Tomazzoni

Geanilton C Araujo

Gioconda Bretas

Giovana Meneguim

Gisele Porto

Giuditta Ribeiro

Glacy Leão

Graça Marque

Graziella Widman

Gui Christ

Guila Flint

Gustavo Aranda

Gustavo Oliveira

Guta Pacheco

Hamilton Celestino Carrijo

Haroldo Sereza

Helio Carlos Mello

Henrique Cartaxo

Henry Zatz

Hosana Pedroso

Ignacio Aronovich

Inara Chayamiti

Ingryd Rodrigues

Iolanda Depizzol

Iraci de Jesus

Iris Kantor

Isabela Gaia

Isabela Kassow

Isabella Araújo

Isadora Paula Stentzler Souza

Israel do Vale

Ivana Debértolis

Ivana Jinkings

Ivany Turibio

Jaime Lauriano

Jair Neto

Janaina Cesar

Jane Voisin

Janine Moraes

Jaqueline Rodrigues

Jeniffer Mendonça

Jéssica Patrícia da Conceição

Joana Brasileiro

João Bacellar

João Roberto Ripper

João Salgado

Jordana Mercado

José Alexandre Silva Filho

José Cláuver

José de Abreu

José Mamede

Joyce Guadagnuci

Juan C Carabetta

Juca Kfouri

Juca Martins

Julián Fuks

Juliana Caffé

Juliana Castro

Júlio Appel

Julio Dojcsar

Jussara Martins

Karla Palma Portes

Katia Angélica

Katia Carvalho

Katia Passos

Kauê Pauline

Kelly Santos

Lais Galvão

Lala Bradshaw

Larissa Amaral

Laura Barbosa

Laura Capriglione

Laura Maringoni

Laura Vinci

Léa Maria Aarão Reis

Lea van Steen

Leandro Melo

Leandro Taques

Lela Beltrão

Leo Jandre

Leonardo Drumond

Leonardo Fuhrmann

Leonardo Milano

Letícia Regina Pereira

Lia Ribeiro Dias

Liane Rossi

Lidia Molina Mendes de Oliveira

Lilith Passos

Lineu Kohatsu

Lourdes Nassif

Lourival Cuquinha

Lu Valiatti

Lucas Martins

Lucia Guanaes

Lúcia Inês do Carmo Salgueiro

Lucia Paganelli Caldas

Luciana Paschoal

Luciana Queiroz

Luciana Sérvulo da Cunha

Luciana Withaker

Luís Dávila

Luis Guilherme Lange Tucunduva

Luiz Morais

Luiz Parise

Luiz Prado

Luiz Santos

Luiza Japiassu

Luiza Lusvarghi

Luiza Rotbart

Luiza Sigulem

Luludi Melo

Macarena Mairata

Maina Fantini

Maíra Natassia de Vargas Bergamo

MAMANA Coletivo

Mara Beatriz Marques

Mara Gama

Marcela Baladez Casagrande

Marcela Sevilla Farrás

Marcelli Lagonegro

Marcello Vitorrino

Marcelo Coutinho

Marcelo Vigneron

Márcia Alves

Marcia Minillo

Marcia Zoet

Marcio Vasconcelos

Maria Carolina Cerqueira Cesar Garcia

Maria Carolina Trevisan

Maria Cristina de Almeida Depizzol

Maria da Conceição Silva

Maria Tereza Romanó

Mariana Lacerda

Mariana Skazufka Bergel

Marie Ange Bordas

Marina Amaral

Marina Azevedo

Mario Vitor Santos

Maristela Colucci

Mariza Freitas

Marizilda Cruppe

Martha Raquel Rodrigues

Masao Goto Filho

Mauri Luiz Bessegatto

Mauricio Machado

Maurício Santini

Mauro Montoryn

Melanie Dantas

Mirian Fichtner

Mônica Bento

Mônica Lemos

Monica Maia

Mônica Nunes de Azevedo

Monica Scoville Bonfim

Monica Zarattini

Nair Benedicto

Nair Noguchi

Nalva Moreira

Nana Rizinni

Néle Azevedo

Nicolle Cabral

Nilva Leonardi

Nina Jacobi

Olga Vlahou

Oliver Kornblihtt

Olivia Byington

Pablo Capilé

Pamela Xavier

Paola Refinetti

Patrícia Cornils

Patricia Costa

Patricia Gouvêa

Paulinho de Jesus

Paulo Ermantino

Pedro Z. Malavolta

R U A FotoColetivo

Rachel Gryner

Rafa Silva

Rafael Assef

Rafael Menezes Bastos

Rafael Tavares Salles

Rafael Veríssimo

Rafael Vilela

Raíssa Galvão

Raoni Arraes

Reinaldo Meneguim

Renata Lucas

Renata Rangel

Renato Cortez

Resumo Fotográfico

Ricardo Schmitt

Rita Alves

Roberto Costa Carvalho

Roberto Iizuka

Roberto Parizotti

Roberto Setton

Rodnei Corsini

Rodolfo Lucena

Rodrigo Garcia Dutra

Rodrigo T Marques

Rogério Assis

Rogerio Jordão

Roney Ferreira

Rosana Bullara

Rosane Marinho

Rose D Agostino

Rose May Carneiro

Rovena Rosa

Ruth Barros

Sam Ahmad Issa

Sandra Oliveira Sá

Sandra Regina Rodrigues

Sato do Brasil

Savio Leitao

Sérgio Borges

Sérgio Gonçalves

Sergio Silva

SINTICVESPA

Silvana Louzada

Silvia Dafferner

Silvia Noronha

Simone Biehler Mateos

Sonia Montenegro

Suzana Alice Silva Pereira

Suzana Coroneos

Sylvia Masini

Tadeu Amaral

Tania Bessone

Tania Gabos

Tata Amaral

Tata Barreto

Tatiana Cardeal

Tatiana Diniz

Tatiana Oliveira

Tatiana Pansanato

Tayla Nicoletti Siqueira

Terezinha de Fatima Ferreira Souto

Thadeo Melo

Tiago Macambira

Tina Leme Scott

Valda Nogueira

Valderez Ravaglio Jamur

Vanessa Ataliba

Vera Simonetti

Victor Amatucci

Vilma Slomp

Vincent Carelli

Vinicius Campos

Vinicius de Figueiredo

Viviane Ávila

Wagner Almeida

Wagner Kaiowas

Walter Firmo

Wander Braga

Wesley Passos

Wesllen Maicon dos Santos

Wilson Vitorino

Wladimir Raeder

Wladimir Viera

Zanete Dadalto

Zezinho Estanislau

Zezinho Estanislau

Zilda Zakia

 

 

 


 

#EleNão

Moradores da Maré são bailarinos em espetáculo com temporada na Suiça

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Foto: Andi Gantenbein, de Zurique, Suíça, para os Jornalistas Livres

Denúncias sobre os atuais tempos de antidemocracia, assassinatos da população preta, pobre e periférica e o da vereadora Marielle Franco aparecem em cartazes erguidos pelos bailarinos de “Fúria”, espetáculo de Lia Rodrigues, considerada uma das maiores coreógrafas brasileiras da atualidade e uma das mais engajadas na realidade política do país.

A foto é da noite deste sábado (16), durante apresentação do grupo brasileiro no ‘Zürcher Theaterspektakel’, em Zurique, Suíça.

No Brasil, Fúria estreou em Abril, no Festival de Curitiba. A montagem evidencia, de maneira crítica, relações de poder, desigualdades, e as interligações entre racismo e capitalismo.

O espetáculo foi concebido no Centro de Artes da Maré, na Maré, RJ. O local foi inaugurado em 2009, e o projeto nasceu do encontro de Lia Rodrigues Companhia de Danças com a Redes da Maré. Os bailarinos são moradores da favela e de periferias do RJ.

Fruto dessa mesma parceria é a Escola Livre de Dança da Maré que resiste, em meio ao caos do governo violento de Witzel contra as favelas do RJ.

 

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Temer/Kassab preparam ataque ao seu direito à Internet

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O método Temer de solapar direitos dos cidadãos brasileiros tem novo alvo: a Internet. Sem qualquer discussão prévia, os golpistas querem mudar a composição do Comitê Gestor da Internet.

A consulta pública determinada pelo governo, sem diálogo prévio com os membros do Comitê e com apenas 30 dias de duração, certamente pretende aumentar o poder e servir apenas aos interesses das empresas privadas. As operadoras de telefonia têm todo o interesse do mundo em abafar as vozes de técnicos, acadêmicos e ativistas que lutam pela neutralidade da rede, por uma Internet livre, plural e aberta.

Veja, abaixo, a nota de repúdio ao atropelo antidemocrático da consulta pública determinada por Temer/Kassab. A nota é da Coalizão Direitos na Rede que exige o cancelamento imediato desta consulta.

Nota de repúdio

Contra os ataques do governo Temer ao Comitê Gestor da Internet no Brasil

A Coalizão Direitos na Rede vem a público repudiar e denunciar a mais recente medida da gestão Temer contra os direitos dos internautas no Brasil. De forma unilateral, o Governo Federal publicou nesta terça-feira, 8 de agosto, no Diário Oficial da União (D.O.U.), uma consulta pública visando alterações na composição, no processo de eleição e nas atribuições do Comitê Gestor da Internet (CGI.br).

Composto por representantes do governo, do setor privado, da sociedade civil e por especialistas técnicos e acadêmicos, o CGI.br é, desde sua criação, em 1995, responsável por estabelecer as normas e procedimentos para o uso e desenvolvimento da rede no Brasil.

Referência internacional de governança multissetorial da Internet,

o Comitê teve seu papel fortalecido após a

promulgação do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014)

e de seu decreto regulamentador, que estabelece que cabe ao órgão definir as diretrizes para todos os temas relacionados ao setor. A partir de então, o CGI.br passou a ser alvo de disputa e grande interesse do setor privado.

Ao publicar uma consulta para alterar significativamente o modelo do Comitê Gestor de forma unilateral e sem qualquer diálogo prévio no interior do próprio CGI.br, o Governo passa por cima da lei e quebra com a multissetorialidade que marca os debates sobre a Internet e sua governança no Brasil.

A consulta não foi pauta da última reunião do CGI.br, realizada em maio, e nesta segunda-feira, véspera da publicação no D.O.U., o coordenador do Comitê, Maximiliano Martinhão, apenas enviou um e-mail à lista dos conselheiros relatando que o Governo Federal pretendia debater a questão – sem, no entanto, informar que tudo já estava pronto, em vias de publicação oficial. Vale registrar que, no próximo dia 18 de agosto, ocorre a primeira reunião da nova gestão do CGI.br, e o governo poderia ter aguardado para pautar o tema de forma democrática com os conselheiros/as.

Porém, preferiu agir de forma autocrática.

Desde sua posse à frente do CGI.br, no ano passado, Martinhão – que também é Secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – tem feito declarações públicas defendendo alterações no Comitê Gestor da Internet. Já em junho de 2016, na primeira reunião que presidiu no CGI.br, após a troca no comando do Governo Federal, ele declarou que estava “recebendo demandas de pequenos provedores, de provedores de conteúdos e de investidores” para alterar a composição do órgão.

A pressão para rever a força da sociedade civil no Comitê cresceu,

principalmente por parte das operadoras de telecomunicações,

apoiadoras do governo.

Em dezembro, durante o Fórum de Governança da Internet no México, organizado pelas Nações Unidas, um conjunto de entidades da sociedade civil de mais de 20 países manifestou preocupação e denunciou as tentativas de enfraquecimento do CGI.br por parte da gestão Temer. No primeiro semestre de 2017, o Governo manobrou para impor uma paralisação de atividades em nome de uma questionável “economia de recursos”.

Martinhão e outros integrantes da gestão Kassab/Temer também têm defendido publicamente que sejam revistas conquistas obtidas no Marco Civil da Internet, propondo a flexibilização da neutralidade de rede e criticando a necessidade de consentimento dos usuários para o tratamento de seus dados pessoais. Neste contexto, a composição multissetorial do CGI.br tem sido fundamental para a defesa dos postulados do MCI e de princípios basilares para a garantia de uma internet livre, aberta e plural.

Por isso, esta Coalizão – articulação que reúne pesquisadores, acadêmicos, desenvolvedores, ativistas e entidades de defesa do consumidor e da liberdade de expressão – lançou, durante o último processo eleitoral do CGI, uma plataforma pública que clamava pelo “fortalecimento do Comitê Gestor da Internet no Brasil, preservando suas atribuições e seu caráter multissetorial, como garantia da governança multiparticipativa e democrática da Internet” no país. Afinal, mudar o CGI é estratégico para os setores que querem alterar os rumos das políticas de internet até então em curso no país.

Nesse sentido, considerando o que estabelece o Marco Civil da Internet, o caráter multissetorial do CGI e também o momento político que o país atravessa – de um governo interino, de legitimidade questionável para empreender tais mudanças –

a Coalizão Direitos na Rede exige o cancelamento imediato desta consulta.

É repudiável que um processo diretamente relacionado à governança da Internet seja travestido de consulta pública sem que as linhas orientadoras para sua revisão tenham sido debatidas antes, internamente, pelo próprio CGI.br. É mais um exemplo do modus operandi da gestão que ocupa o Palácio do Planalto e que tem pouco apreço por processos democráticos.

Seguiremos denunciando tais ataques e buscando apoio de diferentes setores,

dentro e fora do Brasil,

contra o desmonte do Comitê Gestor da Internet.

 

8 de agosto de 2017, Coalizão Direitos na Rede

 

Notas

1 A Coalizão Direitos na Rede é uma rede independente de organizações da sociedade civil, ativistas e acadêmicos em defesa da Internet livre e aberta no Brasil. Formada em julho de 2016, busca contribuir para a conscientização sobre o direito ao acesso à Internet, a privacidade e a liberdade de expressão de maneira ampla. O coletivo atua em diferentes frentes por meio de suas organizações, de modo horizontal e colaborativo. A nota está em https://direitosnarede.org.br/c/governo-temer-ataca-CGI/ .

2 Para ouvir a entrevista, à Rádio Brasil Atual, de Flávia Lefévre, conselheira da Proteste e representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet, que afirma que as mudanças visam a atender interesses do setor privado e ferem caráter multiparticipativo do Comitê: https://soundcloud.com/redebrasilatual/1008-enrevista-flavia-lefevre

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Artigo

FRAGMENTO E SÍNTESE

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Ligar a tv logo cedo num pequeno quarto de hotel no interior do país é desentender-se dos fatos nos telejornais matutinos. Abre-se a janela e uma menina vai à escola à beira do rio, um menino faz gol de bicicleta entre guris e o homem ergue a parede de sua casa.  Tudo tão distinto das ruas em alvoroço de protestos urbanos ou políticos insanos.  No rincão o que se busca é continuar vivo entre chuvas e trovões, sem não ou talvez. Tudo é certo. Sem modernidades calam ou arremedam nossa urbanidade, gente que se defende com pimentas e ervas, oração e vizinhança. Voz sem boca, boca sem voz, essa gente não é parte nas notícias selvagens dos jornais distantes.  Se resolvem entre cozidos, arte, bola e santos. No país de tantos cantos, muitos voam fora da asa e sem golpes entre si vão tocando suas mazelas e graça.

Mas vivemos tempos obscuros, a noite persiste em nossos avançados quinhentos e tantos anos e muitos santos. Dizem que burro velho é difícil se corrigir nos hábitos. Em manhã chuvosa na grande São Paulo, ligo a tv e o notbook, as janelas se abrem antes que a cortina deixe entrar o novo dia. Surpreendente ver na tv o deputado Jair Bolsonaro afirmando em um clube israelita na cidade do Rio, que se presidente for, não teremos mais terras indígenas no país. Ao mesmo tempo o computador expõe na rede social a opinião de meu amigo Ianuculá Kaiabi Suiá, jovem liderança do Parque Indígena do Xingu, onde leio ao som do deputado que ladra:

Jair Bolsonaro, obrigado por você existir. Graças a você, hoje, temos noção de quanto a população brasileira carece de conhecimento, decência, consciência, juízo, amor e que carrega um imenso sentimento de ódio sem saber o porque. Sim, sim, não sabem. Um exemplo? Veja a bandeira de quem te aplaude, é de um povo que, assim como nós, sofreu as piores atrocidades cometidas pelas pessoas que pensavam como você. Enfim, eu não sei se essa parcela do povo brasileiro pode ser curada, mas vou pedir para um pajé fumar um charuto sagrado e revelar se o espírito maligno que se apossou da tua alma pode ser desfeita com uma grande pajelança.

Ianuculá sabe o que diz, sabe de todo martírio vivido pelos povos originários, e mesmo assim se propõe a consultar o mundo dos espíritos.

 

É deus e diabo na terra do sol, a mesma terra que ofende também abriga e anuncia uma mostra de cinema indígena nos próximos dias. Terra de etnias e corpos na terra, a cidade maravilhosa do Rio não se calará diante do fascismo desses tempos sombrios, acompanhe.

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