CPI reconhece alta letalidade da PM brasileira e pede fim dos autos de resistência

A Comissão Parlamentar de Inquérito do Assassinato de Jovens aprovou relatório reconhecendo a alta letalidade das polícias militares brasileiras, propondo a implementação de Plano Nacional de Redução de Homicídios de Jovens e a aprovação da lei pelo fim dos autos de resistência. A audiência final da CPI aprovou ainda, nesta quarta-feira (8), a proposta do relatório do senador Lindberg Farias (PT-RJ), propondo aprovação de Projeto de lei pela abertura de acesso aos dados da segurança pública sobre os casos de mortes violentas.
 
Para a coordenadora do movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, que reúne mães de vítimas da violência contra os jovens, o relatório foi uma grande vitória. “É um embrião para ‘ressuscitar’ nossos filhos. Quando se tem uma CPI desse porte é dizer um Não ao extermínio da juventude negra, pobre e periférica. Quando não se deixa os dados da segurança pública sejam engavetados, encobertos como em São Paulo, a gente passa a ter uma liberdade porque sem acesso aos dados o movimento Mães de Maio não avança”, afirmou.

 
Para a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a CPI teve importante impacto por percorrer estados brasileiros dando visibilidade às práticas e realidades locais como em seu estado, no Rio Grande Norte. “Estes encaminhamentos pela aprovação dos projetos de lei do Plano Nacional pela redução dos assassinatos e o fim dos autos de resistência são duas grandes propostas para continuar esse enfrentamento em defesa da vida”, afirmou.
 
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), presidenta da Comissão Parlamentar, o sucesso dos encaminhamentos depende da aprovação dos projetos de lei referentes a estes encaminhamentos já apresentados em forma de projetos de lei na Câmara e Senado. “Mas agora a luta continua pela aprovação destes projetos, que serão de enorme impacto pelo fim dessa mortalidade”, disse.
 

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