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Brasília

“Assina, Dilma!”

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Lideranças indígenas exigiram hoje a assinatura imediata de portarias declaratórias e decretos de homologação de 22 Terras Indígenas em dez estados do país. Atos estão prontos e demandam apenas a assinatura da presidente Dilma.

Brasília, 10 de maio de 2016 – A iminência de um Governo Temer levou lideranças indígenas de todo país a fazerem um apelo à presidente Dilma pela assinatura imediata de Portarias Declaratórias e Decretos de Homologação de 22 Terras Indígenas. Os territórios reivindicados beneficiariam 14 etnias em dez estados brasileiros, totalizando mais de 360 mil hectares.

O apelo foi feito hoje, em Brasília, durante a abertura do Acampamento Terra Livre. Maior mobilização indígena do país, o acampamento é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e ficará montado nos arredores do Memorial dos Povos Indígenas até o dia 13 de maio.

“Se temos um cenário ruim hoje, nossa leitura é de que um governo do PMDB nos dará um trabalho dobrado ou triplicado porque eles já mostraram claramente que são totalmente contrários às demarcações e aos direitos que conquistamos na Constituição de 88. Por isso apelamos à presidente. Assina, Dilma!”, conclamou a coordenadora-executiva da APIB, Sonia Guajajara.

Segundo a APIB, as 22 terras reivindicadas hoje referem-se apenas àquelas cujos processos estão prontos e demandam somente a assinatura da presidente e do ministro da Justiça. Ao todo, a APIB diz haver 180 Terras Indígenas (TIs) aguardando identificação, 43 aguardando Portarias Declaratórias, 63 esperando Decretos de Homologação e ainda outros 357 territórios que estão sendo reivindicados, mas ainda sem nenhuma providência tomada pelo governo federal.

Presente ao acampamento, o líder Kaingang Luis Salvador faz parte da Terra Indígena Rio dos Índios, um dos territórios reivindicados para homologação imediata. Segundo ele, o Decreto de Homologação da terra, já pronto, está à espera de assinatura presidencial há 16 anos.

“A luta da TI Rio dos Índios já tem 32 anos, esperamos que a presidenta possa nos ouvir”, diz. Atualmente, ele e mais 46 famílias, totalizando 203 indígenas, vivem “espremidos” em cerca de dois hectares na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Se homologada, a TI passaria a ter 711 hectares.

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Terra Livre

O Acampamento Terra Livre reúne manifestantes de todo país para reforçar as reivindicações dos povos indígenas pela garantia de seus direitos. A expectativa é de que mais de mil representantes indígenas, dos 26 estados brasileiros, participem do encontro. Além de debates e atividades culturais,  haverá também um ato “Pelo Direito de viver” na quinta-feira (12) pela manhã. A concentração será no Memorial dos Povos Indígenas a partir das 9h

 

Entre as reivindicações, está a suspensão imediata da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a responsabilidade pela demarcação de Terras Indígenas. O grupo também se levanta contra o Projeto de Lei (PL) 16/10, que permite a mineração em Terras Indígenas, e contra a PEC 654 e o PL 65, que flexibilizam o licenciamento ambiental. O grupo também se manifesta contra o “marco temporal” aplicado pelo STF, segundo o qual Terras Indígenas só podem ser reivindicadas se houver comprovação de ocupação anterior à promulgação da Constituição de 1988.

“Nossos irmãos indígenas estão sendo assassinados, todos os dias tem parentes sendo ameaçados ou baleados, nossas mulheres estão sendo estupradas. Presidenta Dilma, ainda dá tempo da senhora demarcar nossas terras indígenas. Por favor, nos apoie”, resumiu o representante da Articulação dos Povos Indígenas no Rio de Janeiro e em São Paulo, Darã Tupi-Guarani.

 

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Brasília

Ato ecumênico em Brasília em protesto à marca de 50 mil mortes por covid-19 no Brasil

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Texto e fotos: Matheus Alves
O Brasil chegou na última semana ao triste número de 50 mil mortos.

O país chora e, com aquele aperto no peito, grita por justiça, dignidade e o nobre ato do luto. Em um desses gritos, dezenas de pessoas correram para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília e ocuparam, com mil cruzes, a Alameda dos Estados — que faz frente ao Congresso Nacional.

O choro se instala e sem querer se prende à garganta que dói cansada. O respiro perde o compasso. A boca seca. O tremor vem, a lágrima cai.

A sensação de perder um ente querido tão de repente é, sem dúvida, uma das piores demonstrações vitais que o corpo humano pode dar e, bastasse isso, ainda há a infeliz necessidade de assistir aos atos genocidas de um Presidente da República que nega a gravidade da maior crise sanitária da história.

Por mais que tentem explicar, o luto e a luta são as únicas formas de expressar o que é sentir falta de quem não está mais entre nós.

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Brasília

Racistas, fascistas, não passarão!

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Em um lado da Esplanada dos Ministérios, um ato em defesa da democracia, contra o racismo e o fascismo. No outro, a marcha do ódio e antidemocrática dos bolsonaristas defendendo o mesmo de sempre: fechamento do STF, intervenção militar, morte aos comunistas, maconheiros e outros absurdos.

Houve muita provocação verbal dos dois lados, mas apenas os bolsonaristas tentaram criar um embate físico, ao cruzarem a barreira policial no gramado central, para correr entre os manifestantes antifa. A polícia? Parecia mais preocupada em intimidar aqueles que defendem a democracia. Mas a resposta dos que lutam contra o racismo e o fascismo foi linda: muito grito de luta, um ato cheio de emoção e sem violência, como era esperado.

Confira a galeria de imagens da cobertura dos Jornalistas Lives em Brasília

Galeria 1- Fotos: Leonardo Milano / Jornalistas Livres

 

Galeria 2- Fotos: Matheus Alves

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Brasília

Agora com a ajuda do genro de Silvio Santos, brasileiros são levados ao matadouro

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A muvuca que o vírus gosta: Doria "libera" comércio para a Covid-19

Por Ricardo Melo*

O Brasil está no fundo do poço. Não pretendia gastar muito tempo com Bolsonaro, um facínora orgulhoso de sua condição.

Mas não pode passar sem registro seu ato mais recente: criar um ministério para o genro de Silvio Santos, o tal Fabio Faria.

Para quem não se lembra, Fabio Faria é aquele mesmo, deputado pilhado pagando passagens com verba parlamentar para namoradas como Adriane Galisteu e família.

Membro do tal centrão, agora “colega de trabalho” do sogro decrépito e capacho de qualquer governo, Fabio Faria une o inútil ao desagradável aos olhos do povo: engrossa a gangue do capitão no Congresso e fortalece os laços com o dono de uma emissora já conhecida como Sistema Bolsonaro de Televisão. Sim, o SBT, que entrou para a história ao tirar do ar um telejornal de horário nobre para não se indispor com seu patrão do Planalto.

A patiFaria corre solta.

Falemos dos governadores e prefeitos que tentaram posar de equilibrados de olho em dividendos eleitorais.

Não durou muito tempo. Um exemplo. João Dória, o Bolsodória, e seu assecla Bruno Covas vinham fazendo discursos ¨humanitários” até outro dia. Seu repertório esgotou-se tão rápido quanto sua sinceridade.

São Paulo, assim como o Brasil, vive um momento de ascenso da pandemia. O número de vítimas cresce sem parar. Qualquer aspirante a médico sabe que é hora de reforçar as poucas medidas de defesa à disposição. A única à mão enquanto não se descobre uma vacina é manter as pessoas isoladas e dar a elas condições de sobreviver.

O que faz Bolsodória? O contrário. Libera geral. Manda abrir tudo obedecendo ao comando de seus tubarões do Lide de sempre. As fotos estampadas nas redes mostram multidões circulando pelas ruas indefesas diante do apetite do coronavírus e dos senhores das bolsas de valores.

No Rio, a mesma coisa. Assim como Bolsodória, Witzel segue na prática os mantras de quem o elegeu: “E daí”. Ou: “todos vão morrer mesmo. É o destino”. Enquanto isso, faz o que parecia inacreditável. Alimenta uma máquina de corrupção à custa do sofrimento de milhares de brasileiros. Contrata a construção de hospitais a preços hiper super faturados que nunca saíram do papel. Assim acontece em vários outros estados. “Governantes” valem-se da morte do povo para engordar seus cofres particulares.

Tentei evitar, mas tenho que falar de Bolsonaro novamente. Depois de tentar esconder as mortes e roubar o Bolsa Família, ele e seu capanga preferido, Paulo Guedes, estudam ampliar o prazo da esmola aos desvalidos. Como? Em vez dos trocados de 600 reais que até hoje não chegaram a milhões que morrem de fome, fala-se em… 300 reais!! Faça vc mesmo os cálculos para ver o tamanho do disparate.

O destino dos países, mais do que nunca, depende da juventude, do povo trabalhador e de governantes responsáveis (a esse respeito, pesquisem no google o nome Jacinda Ardern, da Nova Zelândia. uma sugestão: https://www.brasil247.com/oasis/jacinda-ardern-quando-a-coragem-restaura-a-politica).

Chega. Não, não pague as dívidas, apenas as indispensáveis que podem te deixar sem luz, água, gás. Peça ajuda aos poucos advogados honestos, cada vez mais raros, é verdade. Procure a parte sadia da OAB. Recorra às organizações populares, aos sindicatos ainda dignos deste nome e, sobretudo, aos coletivos de jornalistas que se libertaram da mídia oficial. Ignore o palavrório dos políticos cínicos, hipócritas e ladrões, seja qual for o partido. E, se puder, fique em casa.

O Brasil depende dos brasileiros dignos desse nome.

 

*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.

 

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