Vieram em dez naus e três caravelas, trazendo 1500 pessoas. Invadiu-se a terra dizendo que era descoberta, coisa sem dono. Colonizaram povos diversos.
Tantos séculos decorridos e anunciam desejos de nova expansão sobre as etnias.
O presidente chama de farra o enorme empenho dos indígenas a se reunirem na capital, todos os anos, em abril. O Acampamento Terra Livre, após quinze edições, é chamado de encontrão de índios, por Bolsonaro. Diz que é público o dinheiro e suor para organizar tal mobilização.
Nem sei se pensa o ex-capitão. Desaforo não é pensamento, é acinte.
Quer ser marujo ou bandeirante a conquistar novas terras?
Querem também cancelar a Conferência Nacional de Saúde Indígena, esvaziar o mês de maio de toda palavra, canto ou conversa sobre a saúde do índio.
O que teme o poder? O debate, a vida?
A terra em transe, o santo guerreiro, o dragão da maldade.
imagens por Helio Carlos Mello©