RODRIGO PEREZ OLIVEIRA, professor de Teoria da História na Universidade Federal da Bahia
Desde 7 de abril de 2018, 580 dias preso. Cheguei a pensar que Lula morreria na cadeia. Até a primeira entrevista no cárcere, no final de abril de 2019, acreditei que jamais ouviria Lula falar outra vez.
A coalizão de forças que investia na criminalização do Partido dos Trabalhadores parecia mais poderosa que nunca. Sérgio Moro era herói nacional. A vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais sacramentou a aliança entre os dois principais herdeiros do antipetismo: o lavajatismo e o bolsonarismo.
Moro e Bolsonaro no poder. Não, não era nenhum absurdo acreditar que Lula morreria na cadeia, silenciado, mudo.
Mas, como nas crises, o mundo gira e capota, muita coisa mudou e Lula foi solto no último dia 8 de novembro, sendo beneficiado pela decisão do STF, que em nova jurisprudência proibiu a execução penal após condenação em segunda instância.
É óbvio que a libertação de Lula, assim como foi a prisão, não é apenas uma questão técnica, jurídica. É fato político de primeira importância. Tudo que envolve Lula é fato político de primeira importância. Lula é a maior instituição política da história do Brasil.
Por que Lula foi solto?
Primeiro, algo tão óbvio quanto a existência do sol: não foram as ruas que libertaram Lula. Se dependesse da mobilização popular, Lula, de fato, morreria na cadeia. Temos aí um grande dilema para a esquerda brasileira: como, diante do ataque aos direitos sociais promovido pelo governo de Bolsonaro, as pessoas não estão nas ruas se organizando, se defendendo? O que falta para o Brasil seguir a via chilena de mobilização popular?
É difícil responder. Talvez as pessoas ainda creditem a crise aos governos petistas. Talvez os brasileiros não saibam na prática o que significa a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, o fim do DPVAT, a PEC dos gastos. Talvez, tal como os chilenos, os brasileiros necessitem de 30 anos de neoliberalismo para entender que o tal “Estado mínimo” é máquina de moer gente pobre. Não há pedagogia mais eficiente do que a experiência.
Essa é discussão pra mais de metro.
Fato mesmo é que Lula foi solto por uma costura palaciana provocada por um realinhamento de forças. Os vazamentos dos chats privados dos operadores da Lava Jato, sem dúvida, reorientaram os rumos da crise. Não foi uma reorientação drástica, estrutural, como esperavam os mais ansiosos. Afinal, até o momento em que escrevo este texto, Moro ainda é ministro da Justiça. Bolsonaro ainda é presidente. Mas Lula está solto e isso não é pouca coisa.
Em janeiro de 2019, Moro chegou à Esplanada dos Ministérios como superministro, como fiador do governo de Bolsonaro. O ex-juiz trazia a cabeça de Lula numa bandeja de prata e, agigantado, se apresentava como o principal vencedor das eleições.
Rosângela, a “conje”, se animou a tal ponto que deixou escapar uma confissão: “Já estou começando hoje a campanha de 2022”. Naquele momento, Moro era o principal adversário de Bolsonaro. Talvez fosse o único.
Em junho, o site The Intercept Brasil começou a vazar os chats privados da Lava Jato, trazendo à luz do dia toda a sorte de ilegalidades que atravessam o processo que resultou na condenação de Lula. Conspiração entre promotor e juiz, ofensa às autoridades, xingamentos aos ministros do STF. Gilmar foi chamado de brocha. Carmem Lúcia de frouxa.
Dallagnol chegou ao ponto de pedir, informalmente, quebra de sigilo financeiro de Dias Toffoli. O Intercept vazou a notícia. Imaginem, leitor e leitora, os ministros do STF sabendo disso.
Os vazamentos enfraqueceram institucionalmente a Lava Jato. Aqui está a principal explicação para a libertação de Lula.
Sérgio Moro foi o principal atingido. Bolsonaro, que de bobo não tem nada, aproveitou a oportunidade para subverter a hierarquia previamente estabelecida. Agora é ele quem avaliza Moro, quem intercala declarações de apoio com manifestações de autoridade. “Todos os ministros têm ingerência minha”, disse Bolsonaro em agosto, ao mesmo tempo em que trocava, por conta própria e sem consultar o ministro da Justiça, o diretor-geral da Polícia Federal.
Em janeiro, tal ousadia seria impensável.
Lavajatismo e Bolsonarismo até então aliados se divorciaram e hoje disputam hegemonia na extrema direita do espectro ideológico brasileiro. O antipetismo é alimento para ambos. Dois predadores brigando na unha e no dente pela mesma caça.
O enfraquecimento de Moro e da Lava Jato nos corredores das instituições criou ambiente político propício para que o STF revisasse o entendimento e proibisse a prisão após condenação em segunda instância. Ao que parece, o bolsonarismo não se esforçou para impedir a libertação de Lula.
Dias Toffoli, que desde outubro de 2018 é tutelado pelos militares, deu o voto de minerva em defesa da Constituição. Se os militares não quisessem, Lula não seria libertado.
A crise econômica já conta 12 milhões de desempregados, sem horizonte próximo de melhora. Problemas envolvendo milícias. As investigações do assassinato de Marielle Franco batendo, literalmente, na porta de Jair Bolsonaro. Numa situação dessas nada melhor do que ter o antagonista na rua para distrair os sentidos e mobilizar a tropa.
Lula livre tem significados diferentes na extrema direita.
Para o lavajatismo, é constrangimento, é prova da ilegalidade, da violência aos ritos jurídicos do Estado democrático de direito.
Para o bolsonarismo, é janela de oportunidades, é possibilidade de reafirmação de sua natureza antissistêmica. Tudo que Bolsonaro precisa é continuar representando a tal “nova política”. Pra isso, é necessário colar em Lula a pecha da “velha política”, do protegido por instituições corruptas.
Para que Lula está solto?
Cabe a Lula e ao PT escaparem da armadilha e não dar a Bolsonaro o controle da narrativa. Lula não pode, de forma alguma, ser visto como símbolo da “velha política”. Ele precisa ser a personificação do Estado provedor de direitos sociais, do poder público que leva água potável e luz elétrica ao sertão, que garante três refeições diárias a todos os brasileiros e brasileiras.
Lula precisa representar o direito do trabalhador às férias remuneradas, ao 13° salário, à previdência pública. Será mesmo que o “Micro Empreendedor Individual”, o MEI, completamente vulnerável às flutuações de uma economia em crise, não prefere a estabilidade de um emprego formal, com todos os direitos da finada CLT garantidos?
Lula e o PT precisam evitar a tentação de travar uma guerra cultural com o Bolsonarismo. Nesse campo, Bolsonaro joga em casa. A disputa não deve ser feita no plano do comportamento e nem pautada pelas agendas prioritárias da esquerda partidária.
A maior parte da população não gosta da esquerda, não tem nenhum compromisso com as agendas da esquerda.
Até que ponto o povão se incomoda com o envolvimento de Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro? Será que o grosso do eleitorado brasileiro está preocupado em saber quem matou Marielle?
Se o objetivo for enfrentar o bolsonarismo nas urnas, essas pautas não são estratégicas. Assim como a igualdade de gênero também não é. Sei que é difícil ler isso. Também não é fácil escrever.
O debate precisa estar centrado na materialidade da vida, em seu sentido econômico. Dinheiro no bolso, emprego, comida na mesa, consumo. Lula deve agir como indutor de memórias. O povão precisa lembrar que com Lula a vida era melhor, o prato estava mais cheio. Sobrava uma graninha pra comer pizza no shopping.
Sim, Lula foi solto por uma costura palaciana. Isso não quer dizer que ele não tenha um trabalho importante a fazer aqui, do lado de fora, em defesa dos mais pobres, que são as principais vítimas do Bolsonarismo, ainda que não saibam disso.
Lula livre!!! Por uma questão de justiça. Mas, politicamente, a liberdade de Lula de nada servirá se não for para recuperar o quinhão do Estado perdido com o golpe parlamentar de 2016.
Lula está livre para liderar o retorno do projeto político popular e redistributivo ao governo. Pra isso, precisa vencer eleição. Essa é sua última missão. Talvez seja a mais difícil de todas.
Olá,
Muito bom artigo, apenas faria um correção neste trecho: “…Lula foi solto no último dia 8 de novembro, sendo beneficiado pela decisão do STF…” para ” Lula foi solto no ultimo dia 8 de novembro, após o STF voltar a dar a interpretação correta da Constituição…”.
Por mais de uma vez eu manifestei, por aqui, a simpatia e o reconhecimento, deste e de outros professores, poucos, é bom que se diga, com reserva intelectual inegável, ao ponto de me prender em leitura de artigos como o que ora é publicado. Diferentemente, de outras mídias que infestam outros canais com comentários, de jornalistas e quiçá pseudos jornalistas, cujo conteúdo escrito ou falado agridem tanto ao intelecto quanto aos ouvidos de quem tem um mínimo de senso crítico. Como eu disse, matéria como a assinada pelo ilustre professor baiano, faz-se boa leitura e inspira o pensamento de que poderia continuar por mais, de tão agradável que foi.
Artigos como este precisam ter .ais visibilidade, eu diria até que seria bacana baseado nestes conteúdos produzir textos mais acessíveis para a grande massa hoje perigosamente “desorientada”, mas com o título de eleitor nas mãos
Aniversário de Lula motiva atividades no Brasil e no mundo
As atividades do aniversário de 75 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começam no dia 24 e vão até o dia 27, dia que ele nasceu e que será o mote para a realização uma série de atividades dentro e fora do Brasil com o intuito de celebrar a vida e a contribuição histórica de Lula, mas também de desejar liberdade plena e a restituição de seus direitos, com o fim dos processos ilegais que o perseguem.
As atividades do aniversário de 75 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) já começam no dia 24 e vão até o dia 27, dia que ele nasceu e que será o mote para a realização uma série de atividades dentro e fora do Brasil com o intuito de celebrar a vida e a contribuição histórica de Lula, mas também de desejar liberdade plena e a restituição de seus direitos, com o fim dos processos ilegais que o perseguem.
No Brasil, ativistas estão organizando ações nas redes e nas ruas como oportunidade para desejar o que ele mais deseja: que o Brasil fique livre do coronavírus e de Bolsonaro, mas também que ele possa ter sua liberdade plena e seus direitos políticos.
Já no exterior, a chamado para o Lula Day faz alusão ao já consagrado “Mandela Day” e foi organizado pela primeira vez em 2019, quando Lula ainda estava preso em Curitiba. Este ano, atividades organizadas pelos Comitês Lula Livre, núcleos do PT e coletivos variados em doze países animam o evento global, com muita arte, cultura, debate político e lutas a partir deste sábado, 24.
Ação nas redes
No mundo e no Brasil a agitação nas redes sociais já começou, com uma campanha de envios de vídeos de felicitações para Lula pelo aniversário com as tags #ParabensLula e #Lula75Anos. Estes conteúdos serão parte da mobilização nas redes no dia 27, que conta ainda com algumas atividades presenciais pelo país, sempre seguindo todas as recomendações sanitárias em função da pandemia.
No final do dia 27, um programa especial “Aniversário de Lula” será realizado nas redes do Comitê, do Instituto Lula, do PT e outros parceiros sobre a vida do ex-presidente.
O jornalista Fernando Morais e o fotógrafo Ricardo Stuckert também estão produzindo um vídeo com Lula falando sobre diferentes assuntos e situações que enfrentou durante toda a sua trajetória em comemoração ao aniversário .
Confira a programação completa do aniversário e se não constar a sua cidade, programe uma atividade e envie as informações para gente.
Dia 24, sábado
A programação global do Lula Day (aniversário) se inicia na Catalunha, com atividades envolvendo a militância local em defesa de Lula Livre.
No Brasil, já começam as primeiras manifestações: em Santa Catarina, tem ato “Anula STF” com faixas na Catedral e depois na ponte Hercílio Luz. Ainda vão soltar pipas com a tag #AnulaSTF.
Em São Paulo, o Coletivo dos Comitês pela Democracia e por Lula Livre (CCD-LL) e o Coletivo CorAção Lula Livre irão fazer projeções com imagens em homenagem a Lula e por Lula Livre #AnulaSTF, na zona Oeste da cidade, por ocasião de seu aniversário.
Dia 25, domingo
Em São Paulo, coletivos seguem animando as noites com projeções em homenagem ao ex-presidente e exigindo a entrada em pauta do habeas Corpus que corre no Supremo sobre a as irregularidades de Moro nos processos contra Lula.
Em Recife, o Pedal Lula Livre fará uma atividade com bolo e parabéns na Várzea/Vila Arraes.
Em Ravenna, na Itália, Como parte da abertura das atividades do Lula Day, o Comitê Lula Day Ravenna realiza um encontro na Piazza Dell Popolo com políticos locais e discussão sobre o lawfare contra Lula e sobre os ataques contra a democracia no Brasil.
Na China, o Núcleo do PT China realiza uma apresentação virtual sobre comunicação e cooperação intercultural no contexto Brasil-China, abordando o papel de Lula nas relações entre os dois países durante seus governos.
Em Nova York, acontecem três atividades. No dia 25, o coletivo ALERTA-NYC fará uma entrevista com os jornalistas Brian Meir (Geógrafo, escritor, correspondente da Telesur, editor do Brasilwire, e apresentador no 247) e David Griscom (comentador político no The Michael Brooks Show e Jacobin). A Amsterdam Collective Casa de Cultura, em Harlem, apresentará na sequência a Segunda Exibição Anual Lula Day-Arte e Resistência. Com a curadoria de Alerta NYC e Casa de Cultura Harlem o show traça um paralelo entre a história do Brasil e Estados Unidos. E para encerrar a programação, a Tropa de Palhaços de 5ª, do Rio de Janeiro, vai celebrar o LULA DAY com a sua performance Parlamento Popular.
Na Suíça, o Comitê Lula Livre Genebra realiza a Homenagem ao Legado e Resistência Internacional pela Plena Liberdade de Lula. A atividade virtual conta com Paulo Pimenta, deputado federal do PT, Fernando Lopes, metalúrgico (CUT), Gliceria Tupinambá, professora e ativista da aldeia Serra do Padeiro, Lusmarina Campos Garcia, teóloga eco-feminista e pastora luterana, Suzete De Paiva Kourliandsky, da associação Almaa Paris e Valter Sanches, secretario Geral de IndustriAll Global Union desde Genebra.
Na Espanha, respeitando todas as orientações das autoridades locais sobre a prevenção da Covid-19, haverá um ato em apoio à recuperação dos direitos políticos de Lula com músicas de protestos da artista e ativista Vanessa Borhagian, dança regional, sorteio de livros e aquarela do artista plástico Guillermo Von Plocki.
Dia 26, segunda-feira
No Brasil, além das projeções com imagens iluminando os prédios continuarem nas noites paulistanas, acontece a Live do Conde, na TV 247, especial sobre o histórico e a resistência da Vigília Lula Livre, que esteve firme nos 580 dias em que Lula se manteve encarcerado na Polícia Federal de Curitiba.
Na Bélgica, a artista plástica Inêz Oludé da Silva apresentará virtualmente o projeto/calendário perpétuo “1000 Pássaros para Lula” e “Poemas para a Paz”, uma homenagem às crianças “sem terrinha” (do MST) e “sem casinha” (do MTST).
Em Israel, o Comitê Lula Livre realiza entrevista com Eitay Mack, ativista e advogado de direitos humanos, na passagem do Lula Day.
Dia 27, terça-feira, Lula Day, aniversário do Lula
Atividades pelo mundo:
Nos EUA, o Coletivo BRADO-NY entrevista o escritor Fernando Morais, que escreve livro sobre a trajetória de Lula, e promove intervenção urbana com obras do fotógrafo Ricardo Stuckert.
Na Espanha, o Comitê Lula Libre Madrid convoca a o bate-papo “Lawfare”, com Gerardo Pisarello, jurista e vice-prefeito de Barcelona entire 2015 – 2019, Rafael Valim, jurista, e Gabriela Brochner, cientista política.
O Comite Lula Livre UK – FREE LULA do Reino Unido e o FIRMES da Espanha organizam um debate online com Enio Verri, líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, deputado federal PT, e Nathalia Urban, jornalista da TV 247. A Organização conta com o apoio do Comite Lula Livre England_Oxford, Brazil Liberation Front – Manchester, Brazil Solidarity Initiative, PT Londres e PT China.
Na Irlanda, o Núcleo PT Irlanda realiza a atividade “Lawfare – Vencer essa guerra para restabelecer a democracia!”, uma live com Wadih Damous, advogado de Lula, ex-presidente da OAB Rio de Janeiro.
Na Itália, o Comitê Italiano Lula Livre organiza debate virtual sobre a importância do poder legislativo para a democracia, com o jornalista Breno Altman, Preta Ferreira, artista e ativista, e Marco Consolo, líder do partido italiano Rifondazione Comunista. De forma presencial, o Núcleo PT Bolonha promove apresentação do músico Rogério Tavares, que cantará músicas de Chico Buarque em homenagem a Lula.
Atividades no Brasil:
Em Alagoas, a militância Lula Livre se reúne em ato simbólico em frente ao antigo Produban, com bolo, faixas e um boneco do Lula em tamanho real para estimular fotos que vão para as redes sociais.
No Distrito Federal, o Comitê DF Lula Livre realiza o Ato #AnulaSTF em frente ao Supremo, exigindo “vota logo HC”. Como em momentos anteriores, será no formato imagético, também com distribuição de máscaras com a tag #AnulaSTF.
No Espírito Santo, vai ter Serenata na sacada do hotel na Praça Vermelha, com oficinas entre 12h e 15h, telão com fotos do Lula no ES historicamente e muita música. Tem também “Faixaço” relâmpagos com megafone em vários pontos nos municípios de Cachoeiro do Itapemirim, Serra, Vila Velha, Cariacica, Viana, além de Vitória.
Em Goiânia, está previsto um ato com faixas por “Lula Livre” e “Anula STF” e megafone, em frente ao teatro Goiânia.
Porto Alegre prepara um grande abraço à distância ao aniversariante, organizando atividades nos municípios e regiões com divulgação nas redes com as tags #LulaInocente #AnulaSTF. Às 12h, no Largo Glênio Peres, ocorre um breve ato com os partidos, centrais, MST e outros movimentos com direito a falas, bolo e “Parabéns a você” pro Lula.
No Paraná, a militância dos comitês Lula Livre estão mobilizando vídeos para as ocupar massivamente as redes sociais com mensagens de celebração a Lula, mas desejando sua plena liberdade e a volta de seus direitos políticos e civis.
No Rio Grande do Norte vai rolar um Happy hour, a partir das 16 horas, com um Drive Thru entregando 200 fatias de bolo.
No Rio de Janeiro, vai ter comemoração em grande estilo, com bolo na praia do Flamengo
Em Santa Catarina, vai haver celebração de 1 ano do Festival Lula Livre SC e muito engajamento nas redes com vídeos de personalidades e candidatos por Lula Livre.
Em São Paulo a programação acontece na capital e no interior. Haverá uma live Sarau Lula Livre às 16hs, organizada pelo Comitê Jabaquara. As projeções do CCD-LL e Coletivo CorAção encerram o dia na capital paulista.
Em Jundiaí, tem Ato na Barão, em frente do Santander, com direito a bolo e bexigas vermelhas. Além de assistirem vídeos do Lula, os militantes vão ouvir musica e cantar parabéns em plena rua.
Em Piracicaba, o Comitê realiza panfletagem no Terminal Central de Integração, com participação de candidatos e celebrando a vida e a liberdade para Lula.
Em Marília, haverá ato com plantio de árvore, homenageando Lula, seu aniversário, sua futura e próxima liberdade, com palavras de ordem como #AnulaSTF, #LulaLivre e #LulaInocente.
Em Mogi Mirim, tem muito ativismo digital do dia 22 ao dia 27 e outros Comitês também já se somam no envio de vídeos, como Ilhabela, Comitê Rua João Moura, Comitê de Santos Célia e Carlos Riesco e o Conselho Municipal Lula Livre SP.
Na Baixada Santista, militantes celebram com bolos em casa preservando as regras de distanciamento social, mas animados e em luta por Lula Livre e “Anula STF”, com agitação das fotos nas redes sociais.
Em São José do Rio Preto, vai ter mobilizações nas redes com as tags #ParabensLula #GratidãoParaLula, bem como coleta de vídeos nos bairros da cidade com felicitações para Lula.
Em Marília, cidade do interior de São Paulo, haverá plantio de árvore. “Vamos comemorar esta data plantando uma árvore que significa vida, renascimento, num parque com o simbólico nome de “Amor e Liberdade”, disse a liderança do Comitê.
Homenagem ao Presidente Lula dos coletivos que lutaram pela sua liberdade
O cineasta norte-americano Oliver Stone publicou em sua conta no Twitter uma mensagem de agradecimento ao ex-presidente Lula pela carta recebida em seu aniversário.
No último dia 15, Lula já havia publicado em seu perfil na mesma rede social uma mensagem ao cineasta e ativista pela paz, que completou 74 anos.
“Querido Oliver Stone, parabéns pelo seu aniversário e obrigado por suas palavras. Espero que possamos nos encontrar o mais rápido possível e celebrar a amizade de dois velhos guerreiros unidos pela luta em defesa da liberdade”
Na madrugada desta quinta-feira (17), Oliver publicou a íntegra da missiva enviada por Lula.
“Muito emocionado em receber esta carta de Lula no meu aniversário. Ele é um leão e nunca vão abafar seu rugido!”
No texto, Lula afirma que ficou emocionado em receber a mensagem de Oliver comentando a entrevista dada recentemente pelo ex-presidente ao canal russo RT e que foi ao ar no dia 12 de setembro. Lula lembra ainda que ele e Oliver são velhos amigos e foram apresentados um ao outro pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.
Confira:
Caro amigo Oliver,
Eu estava prestes a escrever um bilhete de feliz aniversário quando recebi sua mensagem sobre minha entrevista à RT. Não posso negar que fiquei muito emocionado e estimulado por suas palavras. Eu ainda me lembro vividamente o dia em que nosso querido e saudoso amigo Hugo Chávez nos apresentou há alguns anos atrás. Eu me senti imediatamente conectado a você, pude sentir que estava conversando com um artista em busca da verdade e justiça social.
Por meio de suas próprias palavras, descobri um homem que tinha testemunhado os horrores de uma guerra e desde então está em uma cruzada sem fim pela paz. Um homem que nunca está satisfeito com narrativas oficiais e discursos e que tem usado sua própria arte para iluminar histórias não contadas, não só de seu próprio país, mas de todo o mundo. Além disso, devo dizer que seus filmes, por serem sempre educativos e divertidos ajudaram muitos de nós a compreender melhor os EUA.
Meu querido Oliver: meus melhores votos por seu aniversário e, mais uma vez, deixe-me agradecer a gentileza de suas palavras. Espero poder encontrá-lo novamente em breve para poder abraçá-lo (com Covid ou não) e celebraremos a amizade de dois velhos guerreiros que nunca se cansaram de lutar por liberdade.
Luis Ignacio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil
Perdemos um camarada valoroso, um menino negro encantador de feras, um sorriso no meio das bombas e da violência policial, um guerreiro gentil que defendeu com unhas e dentes a Democracia, a presidenta Dilma Rousseff durante todo o processo de impeachment, e o povo brasileiro negro e pobre e periférico, como ele.
Gabriel Rodrigues dos Santos era onipresente. Esteve em Brasília, na frente do Congresso durante o golpe, em São Paulo, nas manifestações dos estudantes secundaristas; em Curitiba, acampando em defesa da libertação do Lula. Na greve geral, nas passeatas, nos atos, nos encontros…
O Gabriel aparecia sempre. Forte, altivo, sorrindo. Como um anjo. Anjo Gabriel, o mensageiro de Deus
Estamos tristes porque ele se foi hoje, no Incor de São Paulo, depois de um sofrimento intenso e longo. Durante três meses Gabriel enfrentou uma infecção pulmonar que acabou levando-o à morte.
Estamos tristíssimos, mas precisamos manter em nossos corações a lembrança desse menino que esteve conosco durante pouco tempo, mas o suficiente para nos enriquecer com todos os seus dons.
Enquanto os Jornalistas Livres estiverem vivos, e cada um dos que o conheceram viver, o Gabriel não morrerá.
Porque os exemplos que ele deixou estarão em nossos atos e pensamentos.
Obrigada, querido companheiro!
Tentaremos, neste infeliz momento de Necropolítica, estar à altura do Amor à Vida que você nos deixou.
Leia mais sobre quem foi o Gabriel nesta linda reportagem do Anderson Bahia, dos Jornalistas Livres
Sandro Pavezzi
20/11/19 at 5:31
Olá,
Muito bom artigo, apenas faria um correção neste trecho: “…Lula foi solto no último dia 8 de novembro, sendo beneficiado pela decisão do STF…” para ” Lula foi solto no ultimo dia 8 de novembro, após o STF voltar a dar a interpretação correta da Constituição…”.
JOSÉ FERREIRA DA SILVA
20/11/19 at 10:29
Por mais de uma vez eu manifestei, por aqui, a simpatia e o reconhecimento, deste e de outros professores, poucos, é bom que se diga, com reserva intelectual inegável, ao ponto de me prender em leitura de artigos como o que ora é publicado. Diferentemente, de outras mídias que infestam outros canais com comentários, de jornalistas e quiçá pseudos jornalistas, cujo conteúdo escrito ou falado agridem tanto ao intelecto quanto aos ouvidos de quem tem um mínimo de senso crítico. Como eu disse, matéria como a assinada pelo ilustre professor baiano, faz-se boa leitura e inspira o pensamento de que poderia continuar por mais, de tão agradável que foi.
Léo
23/01/20 at 21:37
Artigos como este precisam ter .ais visibilidade, eu diria até que seria bacana baseado nestes conteúdos produzir textos mais acessíveis para a grande massa hoje perigosamente “desorientada”, mas com o título de eleitor nas mãos