A arte de rua do Brasil, reconhecida mundialmente, sofreu ontem à noite com a banalização da violência atroz que vivemos dia após dia. Grafiteiros ou pixadores?
Não importa. Meninos foram massacrados, espancados, torturados por seguranças privados da região do Saara, no Rio de Janeiro. Injustiça com as próprias mãos. Vivemos numa terra sem dono? É isso?
Anteontem estive com vários artistas e com o coletivo casadalapa fazendo arte na Marginal, às margens do Rio Tietê. Poderia ter sido comigo, com meus parceiros. Por isso peço a todos os artistas de rua do Rio, de SP, de todas as cidades do Brasil, que não deixemos essas cenas passarem.
Ocupemos as ruas, o Saara, a Marginal, todo espaço público com as mesmas tintas que humilharam esses garotos para mostrar com grafite, pixo, lambe-lambe, stickers, stencil, intervenção que a nossa arte é muito mais poderosa que uma barra de ferro.
Eles não passarão.