Viva Carol Solberg! A caquética CBV vai à lona

A Confederação Brasileira de Vôlei teve de engolir o "Fora Bolsonaro" gritado pela jogadora de vôlei

Com medo da repercussão pública (inclusive internacional), a medíocre Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) limitou-se a ‘contemplar’ a atleta Carol Solberg com uma simples advertência: não pode mais falar “Fora, Bolsonaro”.

Eustáquio Trindade Neto, jornalista

Simples, mas que carrega o peso de uma censura que nos remete aos piores tempos da história recente do Brasil. Tempos em que vozes da resistência surgiram também de dentro do esporte. Casagrande, Dr. Sócrates, Wladmir, Reinaldo, Dr. Afonsinho, Isabel Salgado (mãe da Carol Solberg), Jackie Silva…

E hoje? Dá vergonha. Atletas brasileiros, medrosos, na maioria, não sabem do poder que têm nas mãos. Ameacem uma greve. E aí, eles vão levar quem pras olimpíadas do Japão? Os velhos reaças que presidem a entidade? Esporte nunca deixou de ser uma atividade política. Desde as Olimpíadas de 1936, em Berlim, já se sabia disso. Me espanta o silêncio das vozes mais influentes no Brasil. Me espanta o silêncio da subserviente mídia especializada (os impensáveis comentaristas do canal SPORTV), hoje muito mais empenhada em bajular técnicos e jogadores de sucesso.


ANTES DE SER ATLETA, O ATLETA É CIDADÃO
O voleibol foi o primeiro esporte coletivo brasileiro a conseguir uma medalha olímpica. Tem uma história riquíssima. E ela passa por aqui, por Minas Gerais. Pelo Minas Tênis Clube, que se confunde com a própria história do vôlei brasileiro. Tá nesse livro que orientei como TCC, em meu último grande trabalho como professor. Um livro que inspira, porque conta uma história detalhada em sua rigorosa pesquisa histórica e na observância de valores que são eternos e que deveriam continuar assim, como regra e não como exceção na prática do esporte.
Um abraço pro Fábio Paes, líbero, ainda em atividade, que não conheço, mas que já soube que é das raras vozes discordantes dentro dessa massa de atletas que prefere silenciar.


Um abraço, João Vitor Cirilo, Wagner Fonseca, Rafael Martins, Frederico Vieira e Márcio Júnio. Foi uma honra trabalhar com vocês!

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

COMENTÁRIOS

11 respostas

  1. Não houve pena e sim uma “passada de mão” pela cabeça.
    Ela deveria ser punida com a multa e afastada durante 6 mêses, e perder o patrocínio definitivamente.
    Aliviaram pra ela. Pena!

  2. Na boa eu não consigo entender a mídia fazendo apoio a uma atleta que é patrocinada pelo BB que ganha 11 mil reais por mês
    I acham que pode fazer o que quiser se vc tem sua opção política ok .agora morder a mão que ti alimenta já é de mais.
    Exemplo se vc é flamenguista e está jogando no Vasco vc não pode ir em rede nacional dizer que é flamenguista!!!

  3. Simples assim, o Banco do Brasil patrocina um atleta, pode até ser uma desconhecida capaz de tudo por um momento de fama, patrocina com os ganhos que tem com movimentações financeiras, exemplo com juros que eu pago, então eu, como Bolsonarista me sinto usado, ela pide gritar fora quem quiser, pode nem estar aí com a CBV, mas nãp grita usando a oportunidade q teve com dinheiro do governo, usa o dela ou então da esquerda q a família idolatra, ou mesmo mamando na teta do governo, grita ao chegar e em uma entrevista, quem ouvirá ?
    alguns atletas citados q possam ter dito besteiras. não me recordo q estivessem financiados pelo dinheiro do povo brasileiro que há muitos q gritam ” FICA BOLSONARO”, simples assim

  4. O QUE ACONTECE, É QUE A GRANDE MAIORIA DOS ESQUERDOPATAS REVOLTADOS , É QUE SÃO ANALFABETOS, E NÃO SABEM O SEU LUGAR. O ESPORTE , É UM LOCAL DE LASER, NÃO DE PROTESTO. É COMO NOS DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA. ALI NAO É LUGAR DISSO. AINDA MAIS NO ESPORTE ONDE SE TEM O PATROCINIO DOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS

  5. E onde estavam estas vozes no governo passado, enquanto éramos roubados. Não sou Bolsonaro, sou Brasil, seus hipócritas.

  6. lembrando que a mãe (Isabel Salgado) e Jackie Silva também foram muito perseguidas por defenderem ideias democráticas e de respeito às mulheres

  7. Que liberdade é essa que só admite as lojas para a atleta? Chinesa, russa, cubana? Que democracia é essa? Por ser atleta alinhada, pode tudo? Eu, que não dou atleta não tenho voz? Ah, vão se catar, parasitas!

  8. Ninguém é e nem deve ser cerciado de expressar sua opinião e sua liberdade de expressão. Cabe aqui uma ressalva, Carol Solberg é uma atleta cujo o patrocínio é uma entidade governamental, teria ela razão de gritar, de espernear e até pintar em sua corpo “fora Bolsonaro”, mas não às custas dos clientes e acionistas do Banco do Brasil, que ela tenha a vergonha de renunciar as bolsa atleta. Jair Messias Bolsonaro não está muito preocupada com Carol Solberg,
    pois é uma atleta medíocre, sem expressão ou reconhecimento mundial. Continue gritando Carol Solberg que certamente é o papel daquelas que muito mamava nas tetas do governo.

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