VIRADA DA COMUNICAÇÃO DEBATE PERIFERIAS

Imagem: Rede Jornalistas da Periferia

A grande mídia, prefeitura, e os habitantes do centro da cidade de São Paulo, se referem aos bairros periféricos apenas para expor seus problemas socioeconômicos e violência, influenciando a imagem pejorativa das comunidades para toda a população. Nunca oferecem solução para as dificuldades, a única coisa que fazem é desprezar, ainda mais, os dilemas de seus moradores e reprimi-los com força policial para controlar os pretos e pobres.
Foi por esse motivo que diversos indivíduos criaram coletivos de jornalismo, feministas, étnico-racial para dialogar com os moradores a realidade de seus bairros, expondo os pontos positivos e negativos para defender e dar voz as causas de minoria.
Infelizmente os veículos de comunicação não compreendem a diversidade e a riqueza cultural de milhões de pessoas que habitam as periferias e a luta pela qual passam diariamente para chegar ao centros urbano e enfrentando todos os obstáculos possíveis.
Para debater esses temas, a Rede Jornalistas das Periferias com o apoio de diversos coletivos e fundações, realizaram “A Virada da Comunicação” com o tema “Periferias”, que aconteceu nesse sábado, 16/09 no Centro Cultural Grajaú, na zona Sul de SP. A conferência reuniu centenas de jornalistas e mídia ativistas que participaram e ouviram grandes nomes das periferias a contar suas experiências na quebrada. Entre os principais estavam a grandiosa Dona Vilani (mãe do Criolo) que aprendeu a ler sozinha e desenvolveu o CAPS, Centro de Arte e Promoção Social, que amparou diversas crianças e jovens do Grajaú e os ensinou a descobrir seus talentos na arte, literatura e poesia; e o Binho que criou um sarau de poesias em seu bar no Campo Limpo.
A Virada argumentou a verdadeira situação das periferias e o conceito pejorativo que a grande mídia faz quando os relacionam com a violência e escassez de recursos, omitindo todas as histórias e complexidade desses lugares. A programação foi repleta de mesas que debateram temas relevantes para a mídia alternativa, como educação e cultura, genocídio da população negra, educomunicação, como viver da comunicação na periferia e oficinas para a população local. 

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