URGENTE: STJ manda Fabrício Queiroz e a mulher dele para a cadeia

Decisão foi do ministro do Superior Tribunal de Justiça Féliz Ficher, que revogou a prisão domiciliar do ex-assessor da família Bolsonaro

Por Rafael Duarte, da agência Saiba Mais

O ministro do Superior Tribunal de Justiça Féliz Fischer determinou a prisão imediata de Fabrício Queiroz e da mulher dele, Márcia Aguiar. O ministro revogou a prisão domiciliar da dupla, concedida por liminar pelo presidente do STJ João Otávio Noronha, durante o plantão do Judiciário.

A íntegra da decisão ainda não foi divulgada.

Queiroz estava em prisão domiciliar desde 9 de julho. Já Márcia Aguiar, foragida desde que o marido foi preso na casa do advogado de Flávio Bolsonaro em Atibaia, havia conseguido habeas corpus preventivo e também ganhou o benefício da prisão domiciliar. Agora, no entanto, será transferida para um presídio.

Márcia Aguiar e Fabrício Queiroz

Para revogar a prisão domiciliar do casal, o ministro Félix Fischer atender pedido do subprocurador-geral da República Roberto Luís Oppermann Thomé, para quem há uma série de elementos que justificam a prisão de Queiroz, a exemplo de ligações de familiares com “alusão a seu poder de influência mesmo de dentro da cadeia; declarações de endereço e hospedagem falaciosos; desaparecimento a ponto de virar meme o mote ‘Onde está o Queiroz?’, desaparição de sua companheira e foragida paciente”, em referência a Márcia Aguiar; e estranhas contabilidade e movimentações bancárias.

Entre várias denúncias, Fabrício Queiroz é o pivô do escândalo conhecido como “rachadinha”, esquema pelo qual o ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro é acusado de ficar com parte dos salários dos servidores do próprio gabinete. O homem responsável por arrecadar o dinheiro, segundo apontam as investigações, era Queiroz, amigo de longa data da família Bolsonaro.

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro investiga o destino dos recursos. Os inquéritos apontam para lavagem de dinheiro em uma loja da Kopenhagen, localizada num shopping no Rio de Janeiro, e até construção de prédios em região controlada por milícias no Rio.

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