Mais de 600 pessoas foram às ruas, na noite de ontem, 01, em Belém. Sindicatos, movimentos estudantis, organizações políticas e autônomos tomaram a Av. José Malcher cantando “Não, não vou deixar, a Funai militarizar”, acompanhados de Índios das aldeias Amanate, Itembé e Guajajara, com o intuito de apoiar a ocupação do prédio da SESAI – Secretária Especial de Saúde Indígena -, tomado por Índios de várias aldeias do interior do Pará. Os índios receberam os manifestantes com música, dança e muita força, na Av. Conselheiro Furtado.
“Seis velhos nossos já morreram só esse mês na nossa aldeia”, falou um dos indígenas ao manifestante. Mais de 17 millhões são repassados à saúde básica indígena. “Onde foi parar esse dinheiro se não chega nem remédio nas nossas aldeias”, “a gente vem pra cá pra Belém e quando chega, sofre com o descaso nesse prédio aqui”, terminou.
Além da corrupção denunciada pelos índios, há uma tentativa de nomear um coronel para a presidência da Funai, Coronel Pertenelli, e mesmo depois de descartado, os índios continuam denunciando o abusivo de Temer.
“Não houve nenhum diálogo, eles queriam nomear um homem que nunca foi em uma aldeia, nem sabe onde fica uma aldeia aqui no Pará”, contaram aos manifestantes. “Nós vamos lutar, vamos lutar por que só depois de muita luta nós conseguimos esse direito à saúde, e o Temer e esses políticos não vão nos tirar esse direito”, “essa PEC 241 só favorece a eles próprios, mas nós é que precisamos”, continuou.
Os Índios não tem um prazo para sair do prédio e estão sendo apoiados por todos os servidores do Órgão.
A ocupação precisa de ajuda com mantimentos, remédios e produtos de higiene básica, além de qualquer valor em dinheiro. Ajude.