A Praça da Estação, em Belo Horizonte, que já é conhecida na cidade como um local de união para resistência e luta, ficou lotada na noite de 30 de outubro, último dia da caravana do ex-presidente Lula por Minas Gerais. No público, um sentimento de indignação e desejo de barrar o golpe dado pelo atual governo. “Eu me filiei ao PT diante deste terror que vivemos. Sou psicóloga e não quero que o desenvolvimento social acabe”, afirmou Edna Maria da Silveira, que saiu de Juiz de Fora e viajou 273 km para participar do ato.
O estudante de Direito, Diego Moura Duarte, que vive na capital, também relatou que foi ao evento para apoiar o ex-presidente Lula. “Sou contra a reforma trabalhista e os manejos do Temer. O governo dele é a mostra de como não governar e ele são sai do poder porque tem apoio e usa o dinheiro público para continuar”, declarou.
A estudante de Engenharia de Produção, Thaine Freitas, de 24 anos, complementou: “O governo dele é ilegítimo e está tirando o direito dos trabalhadores, das mulheres e da comunidade LGBT”.
Vitor Dias de Carvalho, de 47 anos, é de São Joaquim de Bicas (MG) e viajou 40 km para participar do último ato da caravana. “No governo FHC, eu estava desempregado. Nos governos Lula e Dilma, eu estava empregado. Bastou um irresponsável não aceitar a derrota nas urnas e eu estou desempregado há 3 anos”, relatou.
Em seu discurso, Lula afirmou que os golpistas levaram o país a uma situação de deterioração e ressaltou o papel da educação para o crescimento do país. “Estudar não é gasto, é investimento e nós temos a obrigação de financiar os nossos jovens para estudar”. Ele ressaltou que irá continuar lutando pela retomada da democracia. “O Brasil vai ser o país que a gente quiser”, finalizou.
Durante uma semana, o ex-presidente percorreu 21 cidades e passou por diversas regiões, como os vales do Aço, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. Em suas visitas, as pessoas demonstravam gratidão pelas ações do seu governo e uma indignação pela atual situação do país.