Trabalhadores unidos para defender a aposentadoria

Foto:
Raquel Wandelli / Jornalistas Livres

#QueroMeAPOSENTAR

Foi em defesa da aposentadoria que milhares de brasileiros ocuparam as ruas do país e protestaram contra os desmontes do governo Temer, principalmente a terceirização e a reforma trabalhista, ambas aprovadas pelo congresso e a possível reforma da previdência.

As mobilizações estão ocorrendo em diversas capitais e também no interior do país e reuniu o movimento sindical, movimentos de resistência, estudantes, professores e trabalhadores de diferentes setores em defesa da Previdência Pública. Categorias como, professores municipais de São Paulo e da rede privada de ensino, bancários, químicos, metalúrgicos, petroleiros, entre outros setores, pararam suas atividades para aderiram a greve em defesa do direito a aposentadoria.

Em São Paulo a concentração será às 16h em um grande ato na Av. Paulista e no Rio de Janeiro está marcada também para as 16h em frente a igreja da Candelária, região central do Rio.

Devido a grande repercussão dos estragos da reforma, os brasileiros estão cobrando seus políticos e os alertarando que o deputado e senador que votarem a favor do desmonte não terão o voto popular, podendo não vencerem as eleições. Por causa da falta de apoio entre os parlamentares e devido a intervenção federal no Rio de Janeiro, última sexta, (16), o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), suspendeu a votação da reforma da previdência que estava prevista para essa terça (20).

RETROCESSOS DE TEMER NA PREVIDÊNCIA

O ano de 2017 foi marcado por muitas lutas trabalhistas e sociais. Movimentos sindicais e de resistência juntos aos brasileiros, se organizaram e foram às ruas para lutarem em defesa de nossos direitos.

Precisamos reconhecer que algumas batalhas foram perdidas, como a aprovação da terceirização, da reforma trabalhista e a venda de parte de nossas empresas estatais oferecidas a preço de banana na bacia das almas para empresas estrangeiras, com o intuito de tapar os buracos da corrupção promovida pelo próprio governo. Temer e seus aliados não possuem limites em seu projeto de entreguismo e desnacionalização do Brasil.

Estamos passando por um momento muito delicado e o país merece a atenção de todos os cidadãos. Agora, os políticos querem tirar o direito do povo se aposentar. Homens, mulheres e milhões de jovens serão atingidos pela reforma da previdência.

O presidente e empresários querem que os brasileiros trabalhem para pagar o fundo da previdência privada, que deixa de ser 15 anos de contribuição para, no mínimo, 25 anos. Os trabalhadores do campo e os empregados em situação de periculosidade serão muito prejudicados, pois perderão a aposentadoria especial e terão que trabalhar em locais que oferecem risco a vida e contribuir por mais tempo. A reforma estabelece que a idade mínima para se aposentar será 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres e 5 anos a menos para os trabalhadores rurais.

Para passar a reforma, o governo alega que a Previdência Social está falida e que é impossível mantê-la do jeito que está, porém os dados desmentem essa informação. Segundo as referências apresentadas em 2015 pela ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), a previdência pública que atualmente assegura os benefícios de 32 milhões de funcionários, teve o superávit de R$ 24 bilhões, enquanto o governo de Temer anuncia rombo de R$ 300 bilhões.

Esse desmonte promovido por Temer quer acabar com os direitos garantidos dos trabalhadores que foram conquistados com muita garra, força e suor durante anos de luta.

Caso o desmonte da Previdência Social seja aprovado, o Brasil passará por uma crise ainda maior, com o aumento do desemprego e desigualdade social.

Fonte: Rede Brasil Atual http://bit.ly/2C62RCT

COMENTÁRIOS

POSTS RELACIONADOS