Trabalhadores sem terra pedem socorro no Triângulo Mineiro

Por Coletivo Catavento de Frutal MG

Às margens do Rio Grande, no Triângulo Mineiro, 30 famílias de pescadores e trabalhadores rurais vivem na luta para conseguir construir sua felicidade a partir das suas próprias mãos, fazer a terra cumprir sua função social, produzir alimentos livres de agrotóxicos e retirar do rio peixes saudáveis.

O pedaço de terra em questão está em uma área alagada pela usina hidrelétrica Água Vermelha, onde os trabalhadores moram, e outro pedaço de terra é de uma proprietária que não obedeceu a Constituição, deixou a terra improdutiva e sem cumprir sua função social.

Essas famílias estão neste local há mais de 6 anos, cultivam várias espécies de plantações, como abóbora, melancia, milho, abacaxi, alface, couve, rúcula, tomate, pimenta e banana.


Existe também criação de animais para subsistência, dentre eles, suínos, aves e animais de estimação das famílias.
Com toda essa complexa realidade essas famílias estão sofrendo com a possibilidade de reintegração de posse da terra, marcada para o amanhecer deste dia 12 de junho.


Reintegração sem nenhum projeto humano, a proposta é colocar os e as trabalhadoras sem terra, com seus animais, em um ginásio poliesportivo da comunidade de Aparecida de Minas.


Além de ter que lidar com uma realidade de incertezas e na luta diária em conseguir viver da terra em seus barracos de lona, agora a comunidade vem sofrendo ameaças psicológicas das autoridades responsáveis pela desapropriação, que ao invés de pensar um projeto humano preferem gastar tempo e energia com ameaças.

Na contradição de não ter uma janela para abrir ao acordar em seu barraco de lona, o Acampamento Rio Grande é privilegiado com a bela paisagem do rio que leva o nome do acampamento. Sem janela, mas com sonhos e resistência de quem quer construir um mundo justo e feliz, onde todos tenham janelas e comida saudável em suas mesas.

Ousar lutar, ousar resistir!
Acampamento Rio Grande Presente

 

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