Teto da Dignidade

Pedaço de papelão. Cobertor de doação. Tijolo aparente. Teto sem ventre. O alicerce da dignidade se sobrepõe ao da indigência. Não passar fome para não retroceder na vida.

A condição humana por um fio. Por não ter onde repousar o direito ao sonho, com o básico conforto que nossa espécie demanda para progredir. Aqui, na rua Conselheiro Furtado, 648, para sobreviver.

Para não se converter em sacos de lixos verticais horizontalizados nas calçadas da penumbra, que emoldura a contradição de canalizar uma copa do mundo, mas não o saneamento básico.

Sonhos de emigrantes e imigrantes se mesclam para edificar suas vidas no vazio concreto da cidade. Que seca.

Com teto.



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