Retomamos as ruas! Depois de 2013, quando a direita sequestrou claramente os atos do Movimento Passe Livre, e exigiu que a esquerda baixasse suas bandeiras, esta foi a primeira manifestação a conseguir soldar a esquerda aos movimentos sociais do povo pobre, os LGBTs, os ecologistas, os ciclistas, o povo de terreiro, os judeus antifascistas, os autonomistas, os secundaristas, os índios —todas e todos sob os cuidados delicados e agregadores das mulheres, a quem coube o chamamento dos protestos #EleNaoEleNunca deste dia 29.
Foram centenas de milhares de pessoas, espalhadas por cidades tão diferentes quanto Presidente Prudente, em São Paulo, e Teresina, no Piauí. Em todo o mundo, em Liboa, Londres, Paris, Lyon, Buenos Aires, Santiago do Chile, Cidade do México, o povo que zela pela Democracia, pelos direitos Humanos e pelas Conquistas Sociais foi maciçamente às ruas. Organizadores do ato em São Paulo falam em 500 mil pessoas acotovelando-se no largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da cidade. Os motoristas buzinavam em apoio aos manifestantes. Foi um ato de unidade, reunindo militantes do PT, as candidatas à vice-presidência, Manuela Dávila (PCdoB), Kátia Abreu (PDT), Sônia Guajajara (Psol) e a candidata à Presidência, Marina Silva.
Campinas, cidade que costuma ser um “balão de ensaio” da opinião pública para as agências de publicidade, bombou. Pessoas que estiveram nas manifestações de 2013 garantem que hoje havia multidão maior nas ruas… Cerca de 50 mil.
Bolsonaro uniu todos na repulsa pela sua apologia à Tortura e a torturadores, como o coronel Brilhante Ustra, o desrespeito com as mulheres, com o povo negro, com os gays, as lésbicas, os trans. Pela apologia ao estupro (“Não te estupro porque vc não merece”). Pela promessa que fez de acabar com as reservas indígenas. Porque odeia, odeia, odeia e odeia tudo! E odeia mais um pouco!
Porque já anunciou, ameaçador, que não respeitará o resultado das urnas, caso perca a eleição.
O povo brasileiro deu uma imensa prova de seu amor pela democracia e pela diversidade.
A próxima semana conterá alguns dos mais terríveis desafios para nós. Precisamos nos manter unidas e unidos para enfrentá-los e, assim, defender um Brasil justo para todas e todos. Noix!!!!!
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