Ratzinger relaciona maio de 68 com abusos da Igreja

ilustração por ROGERIO MACHADO

Por ROGERIO MACHADO

Joseph Ratzinger (ex-Papa Bento XVI) escreveu um documento analisando o grande número de abusos sexuais de menores acontecidos dentro da Igreja Católica. Nesse texto, que e deve ser publicado durante a semana santa pelo semanário católico alemão Klerusbatt, o  antigo papa vai além das questões eclesiásticas e aponta a revolução sexual dos anos sessenta como uma das causas dos desvios sexuais dos padres, ele acredita que: “parte da fisionomia da Revolução de 68 foi que a pedofilia também foi diagnosticada como permitida e apropriada”.

Ele também acusa a própria corporação católica por não ter sido capaz de controlar e punir a decadência moral desses sacerdotes. “A extensão e a gravidade dos incidentes relatados”, escreve Ratzinger, “desconcertaram padres e leigos, e fizeram com que muitos questionassem a própria fé da Igreja” e, por isso, deve-se “buscar um novo começo para tornar a Igreja novamente digna de crédito”.

Mais adiante no seu texto – e apoiando-se em lembranças da sua juventude na Alemanha, -Ratzinger surpreende ao relatar sobre os “clubes de homossexuais” formados “em vários seminários, que atuavam mais ou menos abertamente”. Ele também aproveita para renovar sua condenação aos bispos progressistas que rejeitaram a tradição católica em nome de um “catolicismo moderno” . Ele também defende  que a Congregação para a Doutrina da Fé (antiga Inquisição) deva ter sua autoridade de julgar e punir reforçada, para garantir maior controle sobre o comportamento dos sacerdotes

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