No final do mês passado, a Vereadora Marielle Franco, do PSOL, tornou-se relatora de Comissão que iria acompanhar a intervenção federal no Rio de Janeiro. Ela sempre se posicionou contra a entrada de militares nas favelas da cidade acusando a ação de “farsa com objetivos eleitoreiros” e prometia fiscalizar de perto e com apoio de denúncias de quem vive nas áreas ocupadas.
Há 4 dias ela denunciou atrocidades cometidas por maus policiais, bandidos vestidos de fardas, e pagos com o nosso dinheiro, contra moradores do Acari.
Hoje ela foi assassinada em pleno centro da cidade do Rio de Janeiro quando acabava de sair do encontro “Jovens Negras Movendo as Estruturas”.
É esse o resultado de afastar um Governador civil e assumir os problemas sociais com soldados, armas e canhões?
Queremos saber não só quem matou a vereadora como quem está por trás desse atentado terrorista que tem a clara intenção de intimidar e apavorar quem milita e trabalha para defender jovens pobres, negros, que vivem em permanente estado de opressão nas favelas de todo o Brasil.
Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleicões 2016 com 46.502 votos. Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: A redução da favela a três letras”. Trabalhou em organizações da sociedade civilc omo a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da MAré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.
