
Logo cedo, assim acordado, pensei na palavra surpresa. Sonhara que pisavam no canteiro, impediam flores, frutos tão doces. Plantavam grãos na terra, algodão, açúcar e álcool para os homens. Cortavam pau, vendiam ouro e gemas.
Havia ventania e tempestade em meu sonho, tanto trabalho tornara-se um vão, uma lacuna, tempo desperdiçado durante a maturidade.
Não é, afirmo desperto.
Não desanimo, medito, reciclo a cartografia. Não esqueço aquela imagem e voz na tv branco e preto: o breve passo, um grande salto.
Terra é palavra de chão, a história é fardo, pesagem e passagem. Não teremos abelha, não teremos borboleta, não teremos beija-flor nem papa-mel, e daí?
Pé na estrada, estradão, nosso lugar de espera. O verbo esperançar, nossa mandinga.
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