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Lava Jato

Por que Lula ainda está preso?

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Rodrigo Perez Oliveira, professor de Teoria da História da Universidade Federal da Bahia, com ilustração de Fernandes

 

Uma das principais características da crise brasileira contemporânea é o cerco inédito que o sistema de Justiça montou para acuar a classe política. Desde o nascimento da Operação Lava Jato, em 2014, diariamente o noticiário mostra o espetáculo das operações da Polícia Federal na caça aos políticos profissionais.

Os brasileiros e brasileiras se habituaram a ligar a TV e ficar sabendo que naquele dia a PF tinha batido às seis da manhã na porta de um senador, de um deputado, de um ex-governador, para cumprir mandado de prisão. De fato, a operação Lava Jato levou para a cadeia um segmento da sociedade que até então contava com mansidão da Justiça.

É óbvio que a população aplaudiu de pé e a Lava Jato rapidamente se tornou sucesso de público e crítica. Até mesmo a presidenta Dilma e Zé Eduardo Cardozo, seu ministro da Justiça, se deixaram levar pela popularidade da Lava Jato. Eles estavam convencidos de que a corrupção estava com seus dias contados no Brasil.

Essa energia política era tudo que a Lava Jato precisava para o seu lance mais ousado: a prisão de Lula, o principal líder popular da história do Brasil. Funcionou. Lula foi preso em abril de 2018 e nada aconteceu. Protestos reunindo algumas centenas de pessoas aqui e acolá, mas nada capaz de salvar o ex-presidente.

Isso quer dizer que a popularidade de Lula derreteu? Creio que não. No final de agosto de 2018, o Datafolha fez a última pesquisa em que o nome de Lula aparecia entre os presidenciáveis. Os números apontam que Lula venceria as eleições com alguma facilidade. Ou seja, as pessoas até votariam em Lula, mas não estão convencidas de sua inocência, não estão dispostas a irem às ruas levar bala de borracha no lombo e gás de pimenta na cara para defendê-lo.

A discussão se Lula é inocente ou não, se sua prisão foi arbitrária ou legítima, terá vida longa, talvez mais longa do que a vida do próprio condenado. Não entro aqui no mérito dessa questão. Quero discutir outra coisa.

Por que, um ano depois, Lula continua preso? O leitor mais apressado diria: porque ele roubou!

Em um exercício puramente analítico, aceito a hipótese do leitor. Digamos que sim, que Lula tenha roubado, que seja de fato culpado.

Lula é mais ladrão que Beto Richa ou Michel Temer?

Por que Lula permanece preso, enquanto outros políticos notoriamente envolvidos com casos de corrupção conseguem sucessivos habeas corpus que lhes permitem entrar e sair da cadeia?

Lula é bandido mais perigoso que Fernandinho Beira-Mar, que o goleiro Bruno, que o Maníaco do Parque? Lula não pode dar entrevistas, ao contrário de traficantes e assassinos, que mesmo presos puderam falar à imprensa.

A conclusão, ao menos pra mim, é óbvia: mesmo que Lula fosse culpado, sua manutenção na cadeia teria motivação política.

Lula ainda está preso porque ele representa um projeto de desenvolvimento que confronta diretamente o programa de governo que chegou ao poder em 2016, depois do golpe parlamentar que derrubou a presidenta Dilma.

A prisão de Lula, seu total isolamento, é a representação perfeita da lógica maior da crise brasileira.

O Brasil está atolado numa crise que parece não ter fim por causa da radicalização do conflito entre dois projetos desenvolvimentistas rivais: de um lado, está o projeto que define o Estado como o gestor do desenvolvimento nacional. Do outro lado, está o projeto que entrega essa posição de comando ao mercado.

É a guerra entre o projeto estatista e o projeto privatista.

O conflito não é nada novo na história no Brasil. Suas origens nos remetem aos primórdios do Brasil moderno, quando, na década de 1940, a gerência estatal começou a ser confrontada pelos grupos políticos organizados na UDN.

Na década de 1990, nos governos do PSDB, o projeto privatista estava no poder. O PT, representando o projeto estatista, era oposição. Do começo do século XXI até 2013, o PT estava no governo, com energia política para implantar seu programa.

Mas as sucessivas derrotas eleitorais e o inegável sucesso político dos governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores convenceram os adversários de que seria impossível vencer nas urnas. A falta de um horizonte de retorno ao poder pela via democrática levou o projeto privatista a romper seu compromisso com a democracia.

Não foi a primeira vez. Aconteceu também em meados da década de 1950. O resultado foi na morte de Getúlio Vargas. Aconteceu também em 1964. O resultado foi o golpe militar e o estabelecimento da ditadura.

Fato é que o projeto privatista apostou alto e declarou guerra total ao seu rival. Não havia lugar para meia vitória. A artilharia foi pesada. O Partido dos Trabalhadores, com seu programa desenvolvimentista, precisava ser completamente destruído.

Com isso, não quero dizer que o PT não tenha se envolvido em escândalos de corrupção. Somente um militante ingênuo seria capaz de chegar tão longe.

Estou afirmando que a corrupção não é o núcleo duro da crise. É apenas pretexto, discurso pra legitimar perseguição política.

Dilma foi golpeada, mas ainda assim não era suficiente.

Também não bastava apenas impugnar a candidatura de Lula. Solto, andando pelo Brasil e fazendo campanha, Lula poderia eleger o próximo presidente. O projeto privatista não poderia dar sopa para o azar.

O plano não deu tão certo assim. O objetivo era o retorno dos tucanos ao Palácio do Planalto. O PSDB garantiria a estabilidade política que o projeto privatista precisa. A situação acabou saindo do controle e foi Jair Bolsonaro quem herdou o ódio político que o golpismo plantou.

O projeto privatista apostou ainda mais alto e resolveu apoiar a candidatura de Bolsonaro. Hoje, o projeto privatista está no governo, mas não tem hegemonia. Precisa disputar espaço com uma direita histérica que fez do moralismo comportamental sua profissão de fé, com os militares que se recusam a abrir mão de seus privilégios previdenciários, com a família presidencial que quer instituir a sucessão hereditária na República.

Ao fim e ao cabo, a vitória de Bolsonaro significou uma meia vitória para projeto privatista. Não é o ideal, mas é o possível. Talvez sirva. Será?

Mas pra servir mesmo, para que o projeto privatista consiga continuar impondo sua agenda ao Brasil, Lula precisa continuar preso.

Já pensaram, leitor e leitora, Lula saindo pelo Brasil em caravana explicando para o povo o que significa a reforma da previdência, o que significa o fim do benefício de prestação continuada.

Antes de tudo, Lula é um pedagogo.

Lula solto, ou com um celular conectado à internet nas mãos, significaria a desestabilização de um governo que nasceu frágil, atravessado por conflitos internos.

Lula solto significaria oposição efetiva agitando as pessoas. Não pode. O projeto privatista chegou muito longe, apostou alto demais. Lula não pode ser solto. Se nada de muito inesperado acontecer, Lula morrerá na cadeia. Temo que jamais ouviremos sua voz novamente.

 

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5 Comments

5 Comments

  1. Inácio da Silva

    15/04/19 at 7:28

    Mais um artigo enviesado para tentar dar legitimidade às teorias conspiratórias petistas…e ainda pagamos com nossos impostos o salário de um sujeito desses…Lula está preso porque foi julgado e condenado em dias instâncias…o Temer ainda não foi julgado em primeira…em breve deverá estar disponível para um jogo de cartas com o criminoso que tem privilégios, pois deveria estar em cela comum e não em sala da PF …

  2. gustavo_horta

    15/04/19 at 8:08

    ZECA DIRCEU, como você foi sábio naquele dia!!

    Estamos entregando tudo e não é qualquer reação nas instituições brasileiras. Como bem disse o deputado que são tigres para o primeiro povo e tchutchucas quando se trata de defender a pátria e a nação. Pobre povo brasileiro. Pobre de nós. Podres poderes.

    > https://youtu.be/d3QI2F2TgMg

  3. HELENA CORREA

    15/04/19 at 10:17

    FOI PARA ISSO QUE OS NEOLIBERAIS MONTARAM A INDÚSTRIA DE DELACOĔS DA LAVA JATO. ELA REPRESENTA O BRAÇO PUNITIVO DE QUEM ATRAPALHAR. TEMER, AÉCIO, RICHA , QUEIROZ E TANTOS OUTROS ESTÃO SOLTOS. SE FOSSE QUESTÃO DE JUSTIÇA O PRÓPRIO FILHO DE BOLSONARO FLÁVIO ESTARIA PRESO POR SUAS LIGAÇÕES COM AS MILÍCIAS. MAS A RODA DA HISTÓRIA DEU UMA GUINADA PARA TRÁS.

  4. Marcelo Baesso

    16/04/19 at 20:47

    Vamos ver se eu entendi bem: Texto escrito por um professor de universidade federal, correto? Ah, tá. Tá explicado!

  5. Gerson de oliveira Rios

    16/04/19 at 22:55

    Nao ha quem conceba ser justa a prisao de Lula. Eh obvio tratar-se de medidas da direita, com vistas a se manter num poder ilegal e ateh imoral, porque sabe da forca politica de Lula. Minha feh eh que sabe-se que nao hah mal que sempre dure. O futuro estah proximo e tudo voltarah ao normal, gracas a providencia Divina.

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#EleNão

Reunião ministerial ou sindicato do crime? A Ditadura camuflada

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Bolsonaro na reunião ministerial: Poderoso Chefão xingou, ameaçou, se fez de vítima. Governar que é bom...

Por Humberto Mesquita*

A reunião ministerial do dia 22 de abril, que veio a lume nesta sexta (22/5), não trouxe novidades sobre o Poderoso Chefão. Tudo o que ele disse ali já faz parte, há muito tempo, do seu repertório. É uma figura problemática que criou e chefia o gabinete do ódio e, todos os dias verbaliza impropérios, que desrespeita as instituições, homenageia torturadores e se sente senhor absoluto da verdade. Com ele tudo se amplia na escuridão das trevas.

Era uma reunião para discutir o Brasil. Foi uma reunião para destruir o Brasil.

Ninguém se preocupou com a pandemia. Muito pelo contrário, usou-se o desespero que causa o vírus e o foco da imprensa nesse assunto, para articular todo tipo de arbitrariedades.

O BolsoCorleone, todos nós já conhecíamos pelo seu passado e pelo seu presente. Mas essa reunião serviu para mostrar toda a gangue, da qual fazia parte também o ministro que foi demitido.

Aliás, a incompetência de Sérgio Moro se mostrou mais uma vez. Ele quis atingir o seu ex-chefe e lhe deu, como alguém já disse, a melhor peça publicitária. A denúncia do Marreco de Maringá não vai dar em nada, porque ela é vazia, como vazia é a cabeça do seu autor. Ele nunca foi bom de provas e com ajuda da Globo procurou um palco para se projetar. Mas vai morrer no esquecimento –mesmo com a ajuda da emissora que precisa fazer dele um novo mito.

A bomba de efeito devastador me parece ser o empresário Paulo Marinho, que conhece com detalhes toda a trajetória da família do Bozo, e suas possíveis ligações com a Milícia.

Reunião ministerial minúscula

Mas voltemos ao circo de 22 de abril, a reunião que desmascarou o ministério mais minúsculo que eu conheci em toda minha trajetória jornalística.

Guedes, “o melhor ministro”, segundo o Capo di tutti capi (“chefe de todos os chefes”, em italiano), disse que era a grande oportunidade para vender o Banco do Brasil.

O cara que cuida da educação metralhou o STF chamando seus membros de “vagabundos que deveriam ser presos”.

O do Turismo defendeu a abertura de cassinos, quem sabe, em Fernando de Noronha.

Aquela que viu Cristo num pé de goiabeira disse que iria mandar prender governadores e prefeitos.

O responsável pelo meio ambiente, foi além dos limites e deu um conselho ao chefão: aproveitar a preocupação da imprensa com o corona, e “vamos passando tudo, aprovando tudo do nosso interesse”. Mudar as regras enquanto a atenção da mídia está voltada para a Covid-19. Na moita, como fazem ladrões de carteirinha.

O chefe concorda com tudo e no entusiasmo do momento propugna armar o povo, certamente com armas dos seus amigos da Taurus.

Uma grande palhaçada, concordam os esclarecidos. Mas isso não acrescenta nada, a não ser a nossa certeza de que existe uma enorme corrente no Congresso, no Judiciário, na sociedades civil e no povo em geral que recua ante as agressões diárias que sofre a nossa Democracia.

E os militares de pijama e alguns outros da ativa estão de olho nessa “boquinha” generosa. Já tem mais de trezentos mamando nas tetas da República.

E qual é a solução perguntam em voz trêmula os amedrontados brasileiros ? Vamos torcer pelo Joe Biden. De lá do Hemisfério Norte vêm sempre as decisões para golpear ou para destruir as ditaduras no Brasil. Foi assim no passado e continuará sendo agora.

 

*Humberto Mesquita é jornalista e escritor, repórter e apresentador de debates na TV.

 

Leia mais de Humberto Mesquita, nos Jornalistas Livres:

URGENTE: Por uma Frente Ampla para evitar que Bolsonaro nos leve para o abismo

 

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Cidadania

Editorial – O “adulto na sala” ou ensaio para uma nova ditadura?

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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, publicou na edição de ontem do jornal O Estado de S. Paulo um artigo de opinião intitulado Limites e Responsabilidades. No texto, o vice-presidente, que diversos setores da sociedade tentam vender como o “adulto na sala” e a opção “moderada” contra o governo de destruição nacional de Jair Bolsonaro, demonstra claramente não entender NADA sobre limites e responsabilidades. Ele ultrapassa todos os limites do cargo ao ameaçar, novamente, a imprensa, o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, os governadores dos estados que não estão alinhados incondicionalmente ao genocida que ocupa a presidência e até mesmo o direito de expressão individual de ex-presidentes da República. Portanto, Mourão não atenta à responsabilidade do cargo que possui atualmente e mata qualquer esperança de que numa eventual presidência pós-impeachment assumirá qualquer responsabilidade sobre os atos de Bolsonaro, a quem ajudou a eleger, sobre o apoio que segue dando ao genocida, ou mesmo sobre o papel fundamental de um governante que é unir a nação para resolver os problemas do povo.

Ele ataca, mais uma vez, o jornalismo de modo geral ao dizer que “A imprensa, a grande instituição da opinião, precisa rever seus procedimentos nesta calamidade que vivemos. Opiniões distintas, contrárias e favoráveis ao governo, tanto sobre o isolamento como a retomada da economia, enfim, sobre o enfrentamento da crise, devem ter o mesmo espaço nos principais veículos de comunicação. Sem isso teremos descrédito e reação, deteriorando-se o ambiente de convivência e tolerância que deve vigorar numa democracia.” 

Não, general, opiniões distintas NÃO devem ter o mesmo espaço quando se lida com vidas. Os jornalistas temos a responsabilidade de separar o que é fato, o que é opinião baseada em fatos e na ciência e o que é “achismo” ou declarações oportunistas de canalhas que querem se beneficiar do caos institucional sem se preocupar com as montanhas de cidadãos mortos. Se há intolerância na sociedade hoje, mais do que da imprensa a responsabilidade é de quem diz que os esquerdistas devem ser fuzilados e que torturadores assassinos são heróis, como fez o seu chefe e o senhor.

As únicas frases corretas do texto estão no primeiro parágrafo: “Nenhum país do mundo vem causando tanto mal a si mesmo como o Brasil. Um estrago institucional, que agora atingiu as raias da insensatez, está levando o País ao caos”. No entanto, Mourão exclui do rol de limites e responsabilidades TODAS as ações do governo federal e joga sobre outros ombros a culpa pelo caos que vivemos, com perto de mil mortes diárias pela Covid-19 em números oficiais. Aliás, assim como seu ainda chefe, o general não fez qualquer referência no artigo ao sofrimento de milhares de famílias que perderam seus entes queridos, no dia em que o país somou oficialmente mais de 14 mil mortes. O tópico não faz parte dos quatro elencados por Mourão, mas e daí, né? Contudo, também a exemplo do chefe, o militar aproveitou o cargo no governo para dar o filé mignon ao filho, que foi promovido duas vezes no Banco do Brasil para ganhar mais de 36 mil reais.

O estrago institucional em que estamos é consequência direta do golpe parlamentar/judiciário/midiático que tirou ilegalmente a presidenta Dilma Roussef do cargo. Quando um juiz de primeira instância grava e divulga ilegalmente uma conversa da presidenta e não é exonerado, há um enorme estrago institucional. Quando um ministro do STF impede que a presidenta escolha livremente um ministro da Casa Civil para se articular politicamente e impedir o impeachment, o golpe na institucionalidade é ainda maior. Quando um deputado federal vota pelo impeachment homenageando no Congresso um assassino e torturador e não sai de lá preso, a institucionalidade está ferida de morte. Quando um ex-presidente é condenado sem provas por “atos indeterminados” impedindo sua candidatura, rasgando até decisões em contrário da ONU e o ex-juiz responsável por isso vira ministro da justiça do candidato que beneficiou ilegalmente, é o fim da institucionalidade. Tudo o que temos hoje é fachada, é verniz, é disputa do butim. E os Jornalistas Livres avisaram disso em 2016.

Mas, como disse o vice escolhido por ter feito em 2017 defesa enfática da ditadura de 1964 a 1985 e de uma intervenção militar, ainda “Há tempo para reverter o desastre. Basta que se respeitem os limites e as responsabilidades das autoridades constituídas” . Neste momento é passada a hora das autoridades constituídas assumirem suas responsabilidades dentro de seus limites. O Tribunal Superior Eleitoral, por exemplo, deve julgar urgentemente as eleições de 2018 e cassar a chapa eleita (Bolsonaro E Mourão) por caixa-dois e uso massivo de fake news como fartamente provado pela imprensa. O Supremo Tribunal Federal deve urgentemente votar a suspeição de Sergio Moro como juiz nos casos envolvendo Lula e anular a condenação do ex-presidente, como é consenso no mundo jurídico sério. O presidente do Congresso, Rodrigo Maia, deve escolher o quanto antes um dos mais de 30 pedidos de impeachment contra Bolsonaro e colocar em votação, já que não faltam crimes de responsabilidade provados. E mais, votar também a proposta de lei que exige novas eleições em 90 dias no caso de impeachment. Afinal, o país só poderá retornar à normalidade democrática quando de fato houver eleições limpas, com debates sobre projetos de governo e a presença de todos os principais candidatos dos partidos.

 

Foto: www.mediaquatro.com

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EUA

Lava Jato pode ter violado Lei brasileira e tratados internacionais para beneficiar investigação norte americana

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Via The Intercept, em parceria com a Agência Pública.

Por: , ,

CONVERSAS VAZADAS de procuradores do Ministério Público Federal revelam o funcionamento de uma colaboração secreta da operação Lava Jato com o Departamento de Justiça dos EUA, o DOJ, na sigla em inglês. Os diálogos, analisados em parceria com a Agência Pública, mostram que a equipe liderada pelo procurador Deltan Dallagnol fez de tudo para facilitar a investigação dos americanos – a tal ponto que pode ter violado tratados legais internacionais e a lei brasileira.

A Lava Jato é notória por sua estratégia midiática: raramente uma ação de busca e apreensão ou condução coercitiva foi realizada sem a presença das câmeras de tevê. Mas a equipe de Dallagnol fez de tudo para manter sua relação com procuradores americanos e agentes do FBIno escuro.

Veja reportagens na íntegra em:

https://theintercept.com/2020/03/12/lava-jato-driblou-governo-ajudar-americanos-doj/

https://apublica.org/2020/03/como-a-lava-jato-escondeu-do-governo-federal-visita-do-fbi-e-procuradores-americanos/

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