A notícia da morte de Piauí comove as gerações que protestam na avenida.

Eu não sabia que seu nome era Antônio, dizem que era um mago. Conheci o cabra de tanto vê-lo ali, sempre ali. Em dias de paz vendia sua arte, em dias de luta expunha seus conceitos do mundo, se misturava entre os indígenas, mulheres, negros ou em qualquer marcha em protestos pela vida, se opunha à tropa de choque quando necessário.

Todos o chamavam Piauí. Milhares o notavam e ele viu milhões ali passando, tantas pernas, tantos ternos, tantos poderes que desfilam na avenida Paulista, no vão maluco do MASP.
Soube hoje que Antônio morreu, no Piauí, em Teresina, debilitado estava pela trato que a vida lhe deu, entre a arte e os pensamentos, na defesa marginal do planeta, acima do entendimento comum dos negócios do mundo. Paz, amor, natureza não são moedas.

Curioso agora notar, como a morte das pessoas crava vazios na metrópole. Antônio voltou de bicicleta para sua cidade natal, Picos. No Piauí, encontra agora a terra, deixou o asfalto, no planeta pulsa.
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