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PAPA PEDE A LULA QUE ORE POR ELE

Em encontro na manhã de hoje (2/8) com o ex-chanceler Celso Amorim, o Papa Francisco demonstrou preocupação com a situação do Lula. A conversa durou cerca de uma hora e contou com a presença dos ex-ministros Alberto Fernández, da Argentina, e Carlos Ominami, do Chile. O pontífice aproveitou a oportunidade para enviar mensagem abençoando o ex-presidente e pedindo que Lula ore por ele.

A mensagem, escrita em um livro, traz esperança à população do Brasil, país com o maior número de católicos no mundo – em estudo realizado pela Pew Research Center, publicado em 2010, apontando que 65% da população brasileira segue o catolicismo.

Francisco já havia enviado um rosário ao Lula por Juan Grabois, consultor do papa para assuntos de justiça e paz, que foi impedido de entregar o presente. Na época, Grabois declarou que “está preocupado com essa deterioração da democracia no país. Vim a partir de um acerto, de uma autorização, trazer essa mensagem do papa. Fico surpreso com a impossibilidade de visitar o presidente. Visitei presos em situações similares e nunca me deparei com uma negativa dessa natureza”. No período, a direita tentou desmentir o fato, sem sucesso.

No dia 17 de maio, em missa celebrada na Casa Santa Marta, o Papa dedicou a sua homilia ao tema da unidade, inspirando-se na Liturgia da Palavra. Abaixo, trecho da homilia.

“Esta instrumentalização do povo é também um desprezo pelo povo, porque o transforma em massa. É um elemento que se repete com frequência, desde os primeiros tempos até hoje. Pensemos nisso. (…) Intrigar: um método usado também hoje

“Criam-se condições obscuras” para condenar a pessoa, explicou o Papa, e depois a unidade se desfaz. Um método com o qual perseguiram Jesus, Paulo, Estevão e todos os mártires e muito usado ainda hoje. E Francisco citou como exemplo “a vida civil, a vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado”: “a mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”. Depois chega a justiça, “as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”. (…) A fofoca é uma atitude assassina

O elo da corrente para se chegar a esta condenação é um “ambiente de falsa unidade”, destacou FranciscoNuma medida mais restrita, acontece o mesmo também nas nossas comunidades paroquiais, por exemplo, quando dois ou três começam a criticar o outro. E começam a falar mal daquele outro… E fazem uma falsa unidade para condená-lo; sentem-se seguros e o condenam. O condenam mentalmente, como atitude; depois se separam e falam mal um contra o outro, porque estão divididos. Por isso a fofoca é uma atitude assassina, porque mata, exclui as pessoas, destrói a “reputação” das pessoas.”

ASSISTA AO VÍDEO DO CELSO AMORIM

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