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História do Brasil

Neste dia é tempo de relembrar a carta testamento de Getúlio Vargas

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Lula na luta por criar melhor condições de vida para os pobres e na luta por garantir e ampliar direitos se aproximam de Getúlio  Vargas e do trabalhismo. A elite nunca aceitou  o trabalhismo, e como vemos agora , a direita  sempre quis acabar com a CLT e direitos trabalhistas.

Esta nossa elite nunca aceitou Getúlio Vargas, Brizola e Lula,,,E neste tempo escuros que vivemos é sempre bom relembrar a carta testamento de Vargas e luta nacionalista pela defesa dos interesses nacionais que levaram a criação da Eletrobrás e Petrobrás.  Claro que o projeto da direita  é de privatização e destruição das políticas sociais.

Carta testamento de Getúlio Vargas

Deixo à sanha dos meus inimigos o legado da minha morte. Levo o pesar de não haver podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa. Acrescente-se a fraqueza de amigos que não me defenderam nas posições que ocupavam, a felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês e a insensibilidade moral de sicários que entreguei à justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país, contra a minha pessoa. Se a simples renúncia ao posto a que fui elevado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranquilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria. Mas tal renúncia daria ensejo para com fúria, perseguirem-me e humilharem. Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas. Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao senhor, não de crimes que contrariei ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes. Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos. Que o sangue de um inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus. Agradeço aos que de perto ou de longe trouxeram-me o conforto de sua amizade. A resposta do povo virá mais tarde….

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Exército

O que os militares querem?

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Artigo de Rodrigo Perez Oliveira, professor de Teoria da História na Universidade Federal da Bahia, com ilustração de Aroeira

 

Não é de hoje que os militares representam uma força relevante no plano político nacional. Na história do Brasil , as Forças Armadas foram protagonistas nos momentos de crise institucional, sempre promovendo uma pacificação conservadora, violenta e autoritária.

Isso não quer dizer que nessas experiências históricas os militares tenham tido completo controle da situação, que não tenham negociado ou dividido poder com os políticos civis. Erram os que acreditam que os militares têm poder absoluto. Erram também aqueles que acham que quando atuam na política as Forças Armadas são simples marionetes manipuladas pelas elites políticas civis. Aqui, como acontece quase sempre, o ideal está no meio termo.

Hoje, essa discussão é mais que necessária.

Dos 22 ministérios do governo de Jair Bolsonaro, oito estão ocupados por miliares, sem contar os cargos de segundo e terceiro escalões e, é claro, o presidente e o vice-presidente, ambos oficiais reformados do Exército.

O que os militares estão querendo?

As Forças Armadas possuem um projeto de Brasil, uma doutrina de desenvolvimento nacional? Ou se trata, apenas, de ocupar posições de poder e defender interesses corporativos? Será que eles querem uma revanche, uma vingança contra os governantes civis que durante a IV República produziram uma memória nacional hostil às Forças Armadas? Ou tudo isso junto?

É difícil saber, pois dessa vez as Forças Armadas não escreveram sequer um manifesto, um documento programático, dizendo com clareza o que pretendem fazer.

Em 1889, foram os militares que deram cabo à Monarquia. A crise do regime já se arrastava desde o final da década de 1870. Existia desde 1873 um Partido Republicano influente e ativo na propaganda política. Porém, na hora H, foi o Exército quem jogou a pá de cal no velho regime e expulsou a família real do Brasil. O projeto de nação era dado pela filosofia positivista e pregava a modernização autoritária através da urbanização e da industrialização. O projeto estava claro, havia sido escrito, principalmente pelos cadetes, aspirantes a oficiais que estudavam na Escola Militar da Praia Vermelha.

Depois de muitos conflitos, os militares perderam o controle da República, em meados da década de 1890. As oligarquias civis, os fazendeiros exportadores de café, tomaram o poder. Os militares voltaram à arena política na década de 1920, com uma agenda parecida com a de seus antecessores positivistas: moralização das instituições, modernização autoritária, urbanização e industrialização. Tudo claramente formulado em manifestos e textos doutrinários escritos pelos oficiais de baixa patente, chamados genericamente de “Tenentes”.

Nos anos 1960 um elemento novo veio se somar ao projeto de nação defendido pelos militares: o anticomunismo, sistematizado na doutrina de Segurança Nacional, desenvolvida na Escola Superior de Guerra, a ESG.

As Forças Armadas estão novamente no poder, mas falta uma formulação clara do que querem, do que desejam para o país. Por isso, só nos resta seguir pelas veredas dos pronunciamentos isolados, das entrevistas. Três são os militares que representam as Forças Armadas dentro do atual governo: o vice-presidente Hamilton Mourão, o general Alberto Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo e o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

E Jair Bolsonaro?    

A passagem de Jair Bolsonaro pelo Exército foi controversa e atravessada por polêmicas. Reformado prematuramente por motivos até hoje mal explicados, Bolsonaro não chegou às altas patentes e acabou se tornando um político profissional, ficando quase 30 anos no Congresso Nacional. Bolsonaro passou mais tempo na política do que no Exército.

Diferente são os casos de Hamilton Mourão, Alberto Santos Cruz e Augusto Heleno. Os três atingiram o generalato, tendo carreira longa e condecorada, possuindo no currículo o comando de forças brasileiras em países como Angola e Haiti.

Entre os militares que compõem o governo, Mourão, Santos Cruz e Heleno são os que mais aparecem, os que mais falam à imprensa. Sempre usando tom médio, com roupas sóbrias, os três generais se apresentam como moderados e nacionalistas, com o claro objetivo de destoar da agressividade e do radicalismo que marcam a imagem pública de Jair Bolsonaro. Há cálculo político aqui e a clara demonstração de que Bolsonaro não tem a plena confiança da cúpula das Forças Armadas.

Em entrevista concedida em 6 de janeiro de 2019 ao jornalista Valdo Cruz (Rede Globo), Santos Cruz afirmou que “não cabe ao governo interferir na atuação das ONGS, mas apenas zelar pelo bom uso do dinheiro público”. Ao se referir a movimentos sociais históricos como o MST e o MTST, o ministro-general foi muito cuidadoso nos adjetivos e chegou a destacar a “importância social dessas organizações, que devem ter sua livre atuação garantida por um governo democrático”.

Desde dezembro de 2018, Augusto Heleno critica a fusão Embraer-Boeing, afirmando que os termos acordados não são os ideais para o Brasil. Nas críticas, Heleno fala em “soberania nacional”, em “estratégia de desenvolvimento”, o que sugere que ele não concorda com o entreguismo que vem sendo praticado pelo governo.

São inúmeras as entrevistas em que Mourão desautoriza Jair Bolsonaro, sempre tentando se mostrar mais tolerante e moderado, como quem pretende ser uma alternativa de poder palatável a gregos e troianos.

Durante o período em que exerceu interinamente a Presidência da República, em janeiro de 2019, Mourão se mostrou publicamente contrário a medidas que foram amplamente defendidas pelo núcleo familiar do governo de Jair Bolsonaro. O ponto central da discórdia foi relativo à mudança da embaixada brasileira em Israel. Em entrevista concedida à “Folha de São Paulo” em 30 de janeiro de 2019, Mourão, confrontando o presidente da República, garantiu que a embaixada não será transferida de Tel Aviv para Jerusalém.

E isso sem contar as declarações em favor dos direitos das mulheres e ao aborto seguro e legal.

Em 7 de fevereiro de 2019, Mourão, mais uma vez contrariando Jair Bolsonaro, recebeu em sua agenda oficial a CUT para discutir o projeto de Reforma da Previdência. Não é exagero dizer que nunca antes na história do Brasil um vice-presidente foi tão pouco discreto como é o general Mourão, para o desespero de Olavo de Carvalho e da família presidencial.

O distanciamento entre Hamilton Mourão e o núcleo duro do governo de Jair Bolsonaro ficou ainda mais claro em 25 de fevereiro de 2019, quando o vice-presidente representou o governo brasileiro no “Encontro do Grupo de Lima”, onde foi discutida a questão da intervenção na Venezuela.

Desautorizando explicitamente o chanceler Ernesto Araújo (escolhido a dedo por Bolsonaro), Mourão afastou a possibilidade de intervenção brasileira no país vizinho, com um categórico “nada de aventura na Venezuela”.

Termino este texto sem responder a pergunta inicial. Não dá pra saber com clareza o que as Forças Armadas querem. Não há nenhum programa escrito, nenhum manifesto à nação. Dá pra saber que estão querendo algo e que têm em Alberto Santos Cruz, Augusto Heleno e Hamilton Mourão suas principais lideranças.

Quando descobrirmos o que eles querem, talvez já será tarde demais.

 

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Artigo

Estaria Bolsonaro a ponto de cair?

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Desde de outubro tenho dito que Jair Bolsonaro é apenas um meme. Uma imagem midiática sem conteúdo real, sem profundidade. A mentira de uma solução simples e mágica para problemas duros e complexos. E, como outros presidentes “imagéticos” o encanto se quebrará rápido. Na metáfora bíblica, seria o ídolo de pés de barro sonhado pelo rei Nabucodonosor e interpretado pelo profeta Daniel. Diferente dos tempos da prisão e tortura do hebreu na Babilônia, hoje as imagens não são apenas sonhadas ou desenhadas. Elas podem também ser facilmente criadas e impressas em papel. O imaginário e a realidade factual estão umbilicalmente trançados, como as pernas de alguns presidentes. E, às vezes, os produtores de imagens intuem o futuro próximo, assim como Daniel previu a queda da Babilônia e de outros reinos.

A clássica fotografia de Erno Schneider de Jânio Quadros em abril de 1961

A primeira questão, pra mim, é saber se o capitão que fez a campanha por meio de fake news e conquistou os crentes de um deus/homem preso político torturado até a morte pregando exatamente a prisão, tortura e morte de seus inimigos políticos, durará tão pouco quanto Jânio Quadros (sete meses) com seus sanduíches de mortadela e caspa colocada nos ombros por assessores para parecer humilde, ou tanto quanto Fernando Collor de Mello (dois anos) o “caçador de marajás” representando “o novo”, mesmo vindo de uma tradicional família de políticos e usineiros de Alagoas que sempre usou os cargos públicos como quis.

A segunda questão é o que virá depois da queda. A renúncia (na verdade uma tentativa de auto-golpe) de Jânio em 1961 levou à crise institucional que desaguaria com o golpe civil-militar de 1964. No caso de Collor, o mineiro Itamar Franco segurou as pontas para o entreguismo neoliberal da era FHC. Se Bolsonaro cair por conta própria ou sofrer impeachment, sua sucessão está teoricamente garantida para o exército, com a ascenção do vice-presidente General Hamilton Mourão. Talvez o plano seja esse mesmo. Afinal, na hierarquia militar general não obedece capitão, muito menos um que foi praticamente expulso da corporação por mentira, ganância, deslealdade e dificuldade de raciocínio lógico como atesta sua condenação em primeira instância em julgamento militar em 1988.

Mas isso é apenas uma opinião. O fato é que a imagem do presidente trançando as pernas pouco antes de cair (politicamente) já está nas bancas, ainda que, por enquanto, seja apenas uma montagem marota sem citar os créditos. Muito melhor é a foto de Collor, feita pelo Jornalista Livre Lula Marques pouco antes do Impeachment em agosto de 1992 e assumidamente inspirada na obra-prima em grãos de prata do grande Erno Schneider em 21 de abril de 1961.

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Cultura Popular

O tempo de Mãe Stella de Oxóssi sempre será o agora!

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Por Yuri Silva e Marcos Rezende*
A comunidade negra e os religiosos de matriz africana choram, desde o final da tarde de quinta-feira, 27, a morte da ialorixá, escritora e intelectual Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida no mundo do candomblé e no Brasil por Mãe Stella de Oxóssi.
Quinta sacerdotisa a liderar o Ilê Axé Opô Afonjá, um dos terreiros mais tradicionais da Bahia, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Mãe Stella era considerada a ialorixá viva mais influente do País.
Ela tinha 93 anos e morava há um ano em Nazaré, município do Recôncavo Baiano distante 80 km da capital da Bahia. Há 12 dias, por causa de uma infecção, estava internada no INCAR, hospital localizado em Santo Antônio de Jesus, a 108 km de Salvador.
A unidade hospitalar confirmou a morte em nota. “É com grande pesar que informamos que a paciente Maria Stella de Azevedo Santos, de 93 anos, devido a sepse [infecção generalizada] de foco urinário, bem como insuficiência renal crônica associada a hipertensão arterial sistêmica, veio hoje a óbito às 16 horas [no horário da Bahia]”.
Mãe Stella era autora de obras como ‘Meu Tempo é Agora’ (2010), ‘E Daí Aconteceu o Encanto’ (1988), ‘Òsósi (Oxóssi): o caçador de alegrias’ (2011), ‘O que as folhas cantam (para quem cantam as folhas’ (2014) e ‘Owé – Provérbios’ (2007), que lhe renderam, pelo conjunto da obra ao lado de outros livros, o posto de imortal da Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira de número 33, cujo patrono é o poeta Castro Alves.
Sua obra, famosa por transpor a filosofia do candomblé da oralidade para o mundo da escrita, também tratava de temas como a liberdade religiosa, a importância das folhas para a religião, a hierarquia ritual do candomblé, costumes e modos religiosos, entre outros.
“Cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”, disse, certa feita, o escritor malinês Amadou Hampâté Bâ. A frase, que expressa a importância da transmissão oral no continente e a sensação de ouvir um sábio africano relatar suas experiências, talvez seja a que expressa com mais precisão a importância de Mãe Stella de Oxóssi.
A ialorixá esteve à frente do seu tempo. Quando escreveu seus livros, como o best-seller ‘Meu Tempo é Agora’, dizia que a tradição oral deveria ser escrita para que nada se perca – pensamento de vanguarda que ela deixa como legado, para além da luta política e das construções identitárias. Também transmitiu um mundo de informações e ensinamentos em conversas com amigos, filhos de santo e visitantes.
Os vídeos e até mesmo um aplicativo para smartphones lançados pela religiosa nos últimos anos, assim como uma biblioteca itinerante, são outros projetos liderados por ela que demonstram que Mãe Stella pensava além da época em que viveu.
A escritora ganhou duas vezes o título de Doutora Honoris Causa, pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), além de comendas da prefeitura de Salvador, do Governo da Bahia e do Ministério da Cultura.
Foi a primeira mãe de santo a tornar-se articulista de um jornal de grande circulação no País. No jornal A TARDE, o maior impresso baiano e um dos mais tradicionais do Nordeste, escreveu sobre religiosidade e outros temas entre 2011 e 2014.
Nascida em 2 de maio de 1925, em Salvador, Maria Stella de Azevedo Santos assumiu o Opô Afonjá em 1976, um ano após a morte de Mãe Ondina de Oxalá. O terreiro de nação ketu-iorubá foi fundado por Eugênnia Ana dos Santos, conhecida por Mãe Aninha, e também teve como líderes, na sequência, Mãe Bada de Oxalá e Mãe Senhora.
É um dos mais tradicionais templos religiosos de matriz africana da Bahia, fazendo parte de um seleto grupo conhecido como ‘as grandes casas do candomblé’. Fica localizado no São Gonçalo do Retiro, região do Cabula, periferia da capital baiana.
Casa de Xangô, orixá da Justiça, o Ilê Axé Opô Afonjá teve e continua tendo filhos de santo ilustres, como Vivaldo da Costa Lima, Jorge Amado, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Carybé, entre outros, que ocuparam cargos de destaque na comunidade religiosa.
Conhecida pela calma e inteligência nas falas e textos públicos que fez e escreveu, Mãe Stella ocupou um espaço de destaque na religião, sendo talvez a representação mais famosa em atividade em todos os tempos. Uma espécie de ‘Papa’ informal do candomblé, ela também é considerada uma das primeiras intelectuais originárias das religiões de matriz africana – e, por isso, um marco histórico para a cultura afro-brasileira.
Foi obra dela o manifesto histórico em defesa do fim do sincretismo religioso no candomblé. Denominado de ‘Santa Bárbara não é Iansã’, o documento público foi assinado pelos principais pais e mães de santo das Bahia, à época, na década de 1970. Ela ainda mandou recolher todas as imagens de santos católicos do Afonjá.
“Quem é do orixá é que entende o sentido de cada obrigação. Não precisa de mistura para autenticar a validade. Minha esperança são os mais novos que entenderam que o candomblé é uma religião completa e cortaram esse vínculo”, disse a ialorixá, em 2001, ao Estadão, ao ser premiada com um Prêmio Multicultural promovido pela publicação paulista.
Batizada religiosamente de Odé Kayodé (‘o caçador traz alegria’, em tradução livre para o português), Mãe Stella faleceu justamente numa quinta-feira, dia da semana dedicado ao seu orixá, Oxóssi, ligado à caça, às florestas e aos animais.
O tempo de Mãe Stella, entretanto, sempre será o agora, seja que época for.
Oké Aro!
Yuri Silva é jornalista, especialista em política e na na cobertura de questões ligadas à cultura e as religiões afro-brasileiras
Marcos Rezende é historiador, ogã de Ewá e Ojuobá da Casa de Oxumaré

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