Larissa Gould, do Barão de Itararé, especial para os Jornalistas Livres. Fotos: UMM-SP.
Nesta segunda-feira (25), cerca de 1.500 pessoas da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMM-SP), filiada à Central de Movimentos Populares (CMP), realizaram um ato que culminou na ocupação do prédio da Secretaria Estadual de Habitação e da CDHU na Rua Boavista, região central de São Paulo.
O ato teve início às 9h, com concentração na Praça Republica, e caminhou até o prédio da CDHU para exigir o cumprimento das promessas feitas pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
A ocupação se deu por volta das 11h e terminou às 17h, depois que o secretário de habitação do Estado, Rodrigo Garcia (DEM), recebeu a comissão do movimento para uma reunião.
Na pauta, as reivindicações da UMM:
- criação do Conselho Estadual das Cidades, conforme estabelece o Decreto nº 59.459 de 2013;
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viabilização de 10 mil unidades habitacionais em regime de mutirão com autogestão, prometidas pelo governador Alckmin há três anos;
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ampliação dos programas de urbanização de favelas e de direito à moradia nas áreas centrais.
O secretário se comprometeu a marcar uma nova reunião, no dia 3 de maio, com o coordenador da Casa Paulista, agência operacional vinculada à Secretaria da Habitação, com a finalidade de executar uma política de fomento à oferta de habitação de interesse popular.
Na ocasião, regulamentas a normativas do Programa Minha Casa, Minha Vida 3 – assinado por Dilma Rousseff (PT) em março deste ano – o governo do Estado saberá o aporte disponível para atender as demandas do Movimento.
“O secretario se comprometeu a dar continuidade a conversa no dia 3, mas nós queremos mais. Não basta só o governo federal arcar com as moradias. Queremos as 10 mil moradias que o governo do Estado de São Paulo nos prometeu. Até agora não vimos nada”, alegou Graça Xavier, coordenadora da da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo.