Estudantes de escolas estaduais, pais, professores e diretores realizaram hoje (9) um protesto pedindo o não fechamento das escolas estaduais, consequência da “reorganização” que o Governo Alckmin pretende aplicar na rede de ensino.
O ato começou por volta das 8h da manhã na região da rua augusta, seguiu em passeata pela Av. Paulista e percorreu as vias da região central de São Paulo.
A medida, que divide as escolas em ciclos, irá causar o fechamento de pelo menos 86 estabelecimentos de ensino do Estado de São Paulo e agravar a já existente superlotação nas salas de aula.
Em São Paulo, o protesto foi marcado por muita luta e força da juventude, mas, também, pela conhecida truculência Polícia Militar. No meio da manhã, o congestionamento resultante do protesto chegou a cerca de 1,5 quilômetros, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Durante o ato, a Policia Militar utilizou violência contra estudantes. Os PMs usaram spray de pimenta para “deter quem só estava ali fazendo bagunça” e atacaram um grupo de estudantes secundaristas. Alunos e jornalistas foram agredidos. Segundo a Policia Militar uma pessoa foi presa durante o protesto.
Além da agressão física da PM, jornalistas tiveram os seus equipamentos quebrados por um policial, que também ameaçou quebrar o celular de uma estudante — antes de acertá-la com spray de pimenta.
Além do protesto na capital, mais de 25 cidades realizaram manifestações na manhã dessa sexta-feira (9).
Os Professores, ligados ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), também realizaram ato contra a proposta na Rodovia Régis Bittencourt, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. O protesto resultou em um congestionamento com cerca de dois quilômetros de extensão.
Após quase três horas e meia de protesto e cinco quilômetros percorridos, a manifestação terminou por volta das 11h30, em frente à Secretaria Estadual de Educação.