Em vídeo que anuncia um programa de fomento às artes, nos moldes conservadores característicos do atual governo, o Secretário Especial de Cultura Roberto Alvim citou quase ipsis literis uma frase famosa de Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista.
A citação está no texto do livro “Joseph Goebbels, Uma Biografia”, de Peter Longerich, publicado no Brasil pela editora Objetiva.
“A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada.”
(Roberto Alvim, Secretário Especial de Cultura do Governo Bolsonaro)
“A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada.”
(Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler)
Este sujeito é um babaca que está usando a máquina e tão somente não vai a lugar algum, pois o que realmente tenta alcançar é o medo de todos. Força gente lutar contra estas pachorras destes vermes!!!
Ah pronto. Agora vão querer usar isso pra dizer que todo o governo Bolsonaro é nazista. Vcs colocam o ego de vcs acima do bem da nação que está prosperando, não é atoa que se enfatiza tanto o nacional hj.
Você não acha grave para a nação um presidente da república indicar como secretário da cultura alguém que acaba de apresentar grande ligação com um ícone nazista? Me parece que você quem está colocando seu ego e suas ideologias acima do bem da nação…
E ninguém falou ainda que “todo o governo é nazista”. Segura a onda aí.
Ñ me importo com o que o cara diga, mas o que faz…
Até agora só tivemos incompetentes e corruptos à favor de uma minoria pseudo intelectual, impondo seu lixo como arte.
Este Governo veio pra ficar! Chega de parasitas embusteiros!
Você tá louca, Juliana? O cara reproduz texto de Goebbels em pronunciamento oficial, com música de Wagner ao fundo, faz, portanto, uma profissão de fé nazista falando em nome do governo, e vc vem dizer que o seu querido presidente não tem nada com isso? Se gente como vc não acordar de imediato, esses loucos vão acabar com o que ainda resta de Brasil!
É incrível como ainda há quem tente defender o indefensável!
Já tínhamos um presidente da república defensor de um torturador notadamente assumido e vil, já tínhamos um presidente que defende a coação como ferramenta de governo, intimidando jornalistas e demais profissionais que por sua competência assustam o curto QI do atual morador do Palácio da Alvorada, e agora um proto merdinha que usou botox demais e não tem expressão facial citando ao pé da letra as palavras de um dos idealizadores do nazismo alemão Joseph Goebbles.
Tenham dó seus hipócritas de merda, olhem para o povo brasileiro que sofre com o que está sendo feito com o país, e façam um curso de História da Arte, a arte não é só para ser bonita, mas para ser reflexiva, contestadora, rompedora de padrões e estéticas sedimentadas e estagnadas.
Assustador ! Nacao prosperando? Claramente se ve que o ego e ideologia do novo governo estao acima de te tudo e todos! Impoe de forma radical suas idologias.
Só faltou a suástica presa no braço do secretário da cultura desse (des)governo. Como ficar impassível diante dessa mentalidade retrógrada que esses desgraçados dizem ser “nova”, mas é tão nazista! Parece um pesadelo. O mais louco é saber que tem gente que ainda apoia essa miséria. A Arte sempre foi um lugar de expressão da nossa liberdade, não podem nos tirar essa possibilidade. Que a Arte sobreviva! Que o Brasil sobreviva!
Concordo que frazes, textos, símbolos e comentários nazistas devem ser evitados, ou melhor abolidos , mas do mesmo modo deveria os esquerdistas que apoiam o regime cubano, chines, norte coreano e sovietico deveria evitar termos comunistas que mataram milhoes e milhoes de pessoas mundo afora, exemplo: CAMARADA, COMPANHEIROS, GUERILHAS, LUTA ARMADA, REVOLUÇÃO, ETC… esses termos não nos remete ao caos tambem? então a questão da briga ai e ideológica e praquimática.
Plágio ao contrário, não sabem interpretar um texto!! Ele usou a estrutura do texto, transformando em algo melhorado.
Porque nos últimos 25 anos o Brasil não teve uma antiCultura.
Quando se nomeia um secretário de cultura, esperamos alguém que tenha conhecimento , cultura , inteligência sabedoria…Tudo isso não eh política e sim leitura, estudo , comunicação discernimento pessoal ! Eh Grave nosso secretário de cultura inspirar-se na pior parte da história do século XXI.
Independentemente da ideologia nazista, toda propranga moderna tem base nos técnicas de Goobels, o Duda Mendoca fez a propaganda do PT com filmetes, q foram usados na campanha de 1936 de Hitler. Vamos estudar historia. As campanhas publicitarias americanas e europeias sao tabem baseadas nas tecnicas desenvolvidas pro ele. Ou seja, uma coisa ê uma coisa e outra coisa ê outra coisa
Até os loucos têm seus momentos de lucidez, pq não Goebbels?
Se a gente procurar bem… minuciosa e incansavelmente, até Inácio já disse algo q preste.
Eu percebo, na frase proferida, um patriotismo, um vislumbre de valor ao que nós, brasileiros, possamos produzir como arte. Pq, convenhamos, a coisa tá feia! Produzimos muita porcaria, muito lixo. Precisarmos de qualidade, cultura de verdade, coisas elevadas e não o que temos atualmente. É de sentir vergonha.
Nunca comentei aqui, mas não publicaram meu comentário dizendo q era repetido.
Acho q este site é censurador.
Irônico né? Reclamam de “pseudo censura”, mas praticam a censura.
Usar as técnicas de propaganda criadas por Goebbles é uma coisa, afinal usar um conhecimento independe de ideologia e sim a profissão, outra coisa é citar e usar as palavras ipsi literis como forma velada de intimidação e coação.
Nazismo não é algo a se venerar, nem os alemães se orgulham, muito menos para querer se copiar!
Falta visão da contemporaneidade: edital só contempla artes classicas antigas, nao reconhece formas e midias digitais. Poder subiu na cabeça do indivíduo: todo engomadinho prevendo a revolução nas artes em um estado que as cerceia e as censura. Parafrasear nazista desta forma, indicando que o caminho é um só: pensar como eles, ou então nada, é um exercício morbido de culto ao passado, este povo quer que o país volte ao passado ao invés de investir numa nação pensadora investem numa que se ajoelha pentecostalmente.
É só mudar o rótulo. Tinhamos um governo fascista, agora temos um governo nazista. Melhor ficar só no rótulo mesmo. Meu maior medo é o governo Petista.
E o “Brasil acima de tudo, acima de todos”, não é parecido com o “Deutschland über alles” menina. Vou deixar tu estudar um pouquinho de história para saber quem disse estas duas frases, um recentemente, outra lá pelas décadas de 30-40.
A todos vocês que estão defendendo essa barbárie, essa coisa absurda. Quando Bolsonaro colocou o cara lá, sabia que o cara era nazista, fascista. Porque Bolsonaro já deu demonstrações de que é fascista também. E . . . Respondendo a vocês, que NÃO QUEREM ASSOCIAR o cara ao governo Bolsonaro, deixem de conversa fiada. É claro que o fato de Bolsonaro tê-lo demitido não o isenta de ser fascista. Quando ele colocou o cara lá, sabia que o cara era Nazista, Fascista. E você, que defende essa maluquice, é fascista também, exatamente como o cara do discurso e como Bolsonaro, pois você votou nele. Agora, é o seguinte: o fascismo não vai prosperar no Brasil, porque nós, NÃO FASCISTAS, somos maioria, e não vamos aceitar, mesmo que “custe o gato”.
Importante lembrar como foi o fim dos fascistas e nazistas de maior destaque…
*ASSIM MORREU GOEBBELS* , A QUEM O SECRETÁRIO DE CULTURA DO BOLSONARO COPIOU:
” _Na noite de 1 de Maio de 1945, Goebbels mandou chamar um dentista das SS, Helmut Kunz, para injectar os seis filhos com morfina, para que ficassem inconscientes quando, de seguida, lhes fosse administrada uma ampola de cianeto nas suas bocas. Ele administrou a morfina, mas foi Magda (esposa) e o SS-Obersturmbannführer Ludwig Stumpfegger, o médico pessoal de Hitler, quem lhes deu o cianeto. Goebbels e Magda saíram do bunker e foram para o jardim da Chancelaria, onde se suicidaram”_.
Será que esse DAMARIS de calça sabe quem foi o Goebbls? Ou será que o autor do plágio foi um dos filhos do grande nazi fascista. Não acredito que estejamos vivendo essa realidade tão cruel.
Na lógica dos defensores do governo, o que importa é o que se faz e não o que se fala. Então deve ser por isso que eles admitem discursos racistas, preconceituosas e homofóbicas!
Um verdadeiro pavor, esse cara estava louco qdo fez esse vídeo. Deveria não só ter saido do desgoverno, mas estar contido em uma prisão de máxima segurança. Perigo, perigo.
Rua Augusta 1029, documentário curta-metragem registra os momentos iniciais de uma ocupação. Gravada em 2015 no ato Abril Vermelho em que 6 mil famílias ocuparam 18 prédios sem função social na cidade de São Paulo.
Em 1968 durante as filmagens de “O Bandido da Luz Vermelha” Sganzerla, diretor do filme, escreveu um manifesto chamado “Cinema-fora-da-lei”, no qual seu trecho final dizia:
“O ponto de partida de nossos filmes deve ser a instabilidade do cinema – como também da nossa sociedade, da nossa estética, dos nossos amores e do nosso sono. Por isso, a câmara é indecisa; o som fugidio; os personagens medrosos. Nesse País tudo é possível e por isso o filme pode explodir a qualquer momento.”
(Rogério Sganzerla)
Passados mais de meio século depois muita coisa aconteceu, tanto no cinema como na história política do país. Entretanto, o Brasil atual de certa forma, é um eco cacofônico daquele fatídico 1968, não por acaso, a citação acima ainda faz sentido mesmo depois de 52 anos, e com a exceção dos “personagens medrosos”, o documentário de Mirrah Iañez é a incontestável prova da atualidade do manifesto de Sganzerla. “Rua Augusta, 1049” é um cinema-fora-da-lei, instável como nossa sociedade na iminência (e da necessidade) de explodir pra não “sobrar quem estiver de sapato”i.
O filme nos mostra os primeiros momentos de uma ocupação por famílias em um prédio abandonado no centro de São Paulo, lutam contra o tempo enquanto a polícia vai cercando o local. No escuro a câmera tateia o espaço, registra os procedimentos iniciais e atua também como mecanismo de proteção contra as arbitrariedades da polícia, os sons desencontrados nos inserem na tensão do momento, cinema e ativismo se fundem em uma imagem imprecisa e cirurgicamente potente, pois, ao mostrar pouco, revela muito.
Na urgência da luta por moradia, a câmera de Mirrah ocupa politicamente não só este ato, mas o próprio cinema, em crise, em muitos casos vazio e elitizado, a imagem em movimento e sons estabelecem aqui a sua função social, não que o cinema deva necessariamente ter essa função, mas estes tempos exigem, assim como o déficit de moradia diante de tantos prédios abandonados exige a ação e questionamento por parte dos movimentos de luta por moradia.
“Rua Augusta 1049”, portanto, como um cinema de ocupação, se realiza na necessidade, no ato político de questionamento do status quo, na luta por justiça social, na coletividade, na coragem e na ousadia de pensar um novo mundo comprometido com a luta de trabalhadores, antifascista e anticapitalista.
Porém sem ser panfletário, ancorado não no discurso retórico mas na dialética das relações de afeto entre pessoas de luta, que para além de números estatísticos e narrativas espetaculares, mostra um cinema feito por nós, para nós, sem hesitar. Em um dos diálogos do filme:
-O meu olho tá doendo – diz um menino pré-adolescente depois de ter inalado gás de pimenta.
-Isso aí é normal, A nossa luta é isso aí. – diz sua mãe enquanto estende a bandeira da F.L.M.
-Eu sei. – responde o menino ajudando a mãe a amarrar a bandeira.
No último plano do filme, quase despercebido, numa irônica coincidência, uma revista Exame perdida na entrada do prédio cuja capa fala sobre especulação imobiliária é endereçada a Delfim Netto no endereço da ocupação, Rua Augusta 1029. Delfim, é importante lembrar, foi dentre outras coisas ministro da economia durante a ditadura militar (em 1968 enquanto Sganzerla escrevia seu manifesto e participou da criação do AI-5) e é sua a célebre frase “fazer o bolo crescer para depois dividi-lo”, uma ironia aguda demais que coroa o acaso e a relevância de um filme feito literalmente na guerrilha em uma sociedade que não divide apartamentos abandonados com quem não tem onde morar numa cidade que cresceu mais do que um bolo superfermentado.
Quem não luta, tá morto!
Sobre o filme:
Rua Augusta, 1029 (2019)
Sinopse: Na madrugada de 13 de Abril de 2015, 6 mil famílias ocuparam 18 prédios sem função social. O Ato, ABRIL VERMELHO, serviu para atentar o governo sobre a falta de vontade política para sanar os problemas de habitação.
Peripatético, curta-metragem de 2017, é um dos mais emblemáticos filmes para se perceber o novo caminhar do cinema no Brasil. Até o dia 19 de outubro estará disponível para ver gratuitamente em uma Mostra online de Cinema Brasileiro Contemporâneo no site do Itaú Cultural.
O curta-metragem é um formato enxuto em diversos sentidos e sua viabilização não depende fundamentalmente de leis de fomento e patrocínios (ainda que sejam absolutamente importantes), como ocorre com os longas-metragens de maneira geral. O curta em sua essência é um produto audiovisual menos burocrático, em que o realizador possui maior liberdade de experimentação artística e produtiva, não precisando necessariamente de grandes recursos, o que consequentemente propicia ao filme de curta duração a possibilidade de ser um grande laboratório de pesquisa e experimentação de linguagens e poéticas.
Sem dúvida, este formato, principalmente com o advento do digital, é uma espécie de espaço privilegiado para se perceber o que pode ser o futuro do Cinema, seja no surgimento de novas possibilidades de linguagem, de produção e principalmente de novos cineastas.
Paralelamente, com o surgimento de oficinas e cursos livres de cinema digital, alguns deles em territórios descentralizados durante a última década, principalmente na cidade de São Paulo, é possível perceber um aumento significativo de cineastas periféricos e com narrativas para além das até então difundidas pelo cinema hegemônico.
Novos corpos e novas perspectivas periféricas desvelaram-se simultaneamente às lutas identitárias, sejam de pretos, mulheres, indígenas e LGBTQIA+ entre outros. Inevitavelmente a produção audiovisual recente se insere nesta perspectiva, principalmente o curta-metragem, dada a sua acessibilidade.
Sendo assim, ao seguir o caminhar do cinema através dos filmes curta-metragem que vem se destacando nos últimos anos, podemos entender e refletir sobre o cinema, e sobretudo a sociedade contemporânea.
E agora neste momento de pandemia e desmonte de instituições e políticas públicas audiovisuais em que o cinema tem sido drasticamente afetado, paradoxalmente, graças a uma série de Mostras e Festivais de Cinema realizadas de forma online, é possível ver de casa o que há de melhor do universo dos curtas-metragens enquanto propostas e respiros de outros possíveis cinemas na iminência de um futuro incerto.
Neste contexto tão atípico, portanto, é possível ver “Peripatético”, curta-metragem de ficção vencedor de diversos prêmios na época de seu lançamento, incluindo o Festival de Brasília em 2018. “Peripatético” de alguma forma é um exemplo bastante relevante das colocações acima, apresentando um cinema contra hegemônico, dirigido por Jéssica Queiroz, uma mulher preta e periférica, gravado na Zona Leste de São Paulo com personagens diretamente conectados a este lugar de fala. Um olhar desatento poderia deixar passar a relevância e transgressão disto, pois, se antes a periferia era retratada sempre pelo olhar de um diretor homem heteronormativo branco de classe média, aqui se abre uma fresta para um novo ponto de vista, de baixo para cima e de dentro para fora.
O resultado é um filme bastante vigoroso ao retratar temas já bastante abordados nas artes e no cinema em outros momento, como a passagem da adolescência para a vida adulta, o mundo do trabalho, as desigualdades sociais e o racismo.
Entretanto, Jéssica Queiroz propõe um outro imaginário sobre a periferia, colocando em xeque o clichê da periferia suja, violenta, de tons ora azulados ora pastéis, com faces cheias de dor, sofrimento e melodrama. “Peripatético”, ao contar a história de três jovens amigos moradores da periferia e seus planos e medos para o futuro, apresenta uma periferia pop com uma fotografia iluminada e cheia de cor, com diálogos cheios de referências a animes japoneses, “Ilha das Flores”, banalidades e reflexões existenciais, tudo ritmado por uma edição bastante dinâmica, porém, sem deixar de lado temas como a violência, a desigualdade social e o racismo, o que muda é a maneira como isto é tratado.
Há uma inventividade lúdica no filme que surpreende a cada cena, desde graffitis animados em diálogo com os pensamentos em voice over da personagem sobre o trabalho, a explicação da meritocracia mostrando nadadores e não nadadores em uma piscina competindo e a cena da abordagem policial violenta encenada por crianças brincando de polícia e ladrão. Jéssica consegue em suas alegorias, mesmo não explicitando a violência e o sofrimento, potencializar imagens carregadas de crítica e afeto que transbordam um “real” que encontra identificação instantânea com quem também vive em regiões periféricas, coisa que filmes como “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite”, por exemplo, não atingem nem de longe.
“Peripatético” não é o primeiro e nem o único filme que traz estas questões, mas é um dos mais relevantes ao trazer um frescor narrativo em contrafluxo do até então cinema tradicional (branco de classe média) produzido até aqui, sem deixar de ser popular e muito menos de ignorar as questões que atravessam seu contexto.
Se no filme, no qual jovens entram na fase adulta cheio de incertezas, o cinema brasileiro em crise entra também em uma nova fase. Creio que uma saída possível é caminhar junto com essa nova geração, observando-os e (re) aprendendo com elas e eles, e assim, será possível amadurecermos enquanto cinema e sociedade.
Sobre o filme:
Peripatético (2017)
Sinopse: Simone, Thiana e Michel são jovens moradores da periferia de São Paulo. Simone procura o primeiro emprego, Thiana tenta passar no vestibular de medicina e Michel ainda não sabe o que fazer. Em meio às demandas do início da fase adulta, um acontecimento histórico em maio de 2006 na cidade de São Paulo muda o rumo de suas vidas para sempre.
Mãtãnãg, a encantada é um curta-metragem de animação produzida pelo povo Maxakali, e vem se destacando no circuitos de festivais de cinema. Ele está online até o dia 15 na Mostra Cine Flecha de cinema indígena contemporâneo.
Ao mesmo tempo em que, neste contexto de pandemia, muitos projetos culturais e artísticos tenham sido paralisados, no circuito audiovisual diversas Mostras e Festivais de Cinema optaram por realizar suas edições de forma online, permitindo que filmes restritos a eventos locais pudessem ser vistos de qualquer parte do mundo.
Neste cenário atípico, e como nunca antes, é possível assistir muitos curtas-metragens (formato pouco comum em plataformas on demand) inéditos e recentes, que oferecem em geral uma maior ousadia e algum frescor em experimentações de linguagem e técnica, além de visibilizar produções independentes e marginais com outras narrativas além das até então difundidas pelo cinema hegemônico.
Atualmente, o cinema no Brasil vem também passando por processo de transformação no qual, o cinema negro, feminista, LGBTQIA+ e periférico vem ganhando (a partir de muita luta) cada vez mais espaço, e neste bojo, o cinema indígena contemporâneo.
Se este cinema de guerrilha, mais identitário e político é ainda uma vertente do cenário audiovisual brasileiro que orbita nas margens do “mainstream”, o cinema indígena está ainda mais à margem, ao mesmo tempo em que, desde o revolucionário projeto “Vídeo nas Aldeias” idealizado pelo indigenista Vincent Carelli lá em 1986, a produção cinematográfica de nossos povos originários cresceu de maneira exponencial, mas ainda que circulado apenas em espaços restritos a filmes etnográficos.
Imagem: Divulgação/Pajé Filmes
É sob esta perspectiva que está em cartaz a 1ª Mostra Cine Flecha, exibido na plataforma VideoCamp e que está disponível gratuitamente até o dia 15 e outubro. Nela é possível ver 25 filmes brasileiros e 1 boliviano. Dentre eles, a animação “Mãtãnãg, a encantada”.
O curta narra uma história tradicional do povo indígena Maxakali situado no município de Ladainha (MG) que, mesmo tendo contato com os brancos por séculos, tentam preservar sua cultura mantendo sua língua e sua cosmologia, e já há alguns anos, utilizam o cinema como ferramenta para tal.
Animação no Cinema Indígena
A animação, fruto de uma oficina, foi roteirizada e ilustrada pelos próprios indígenas, a direção é de Shawara Maxakali e Charles Bicalho, este último não é um Maxakali mas é um parceiro deles há décadas, e foi o mediador entre o projeto dos Maxakali e editais de fomento.
Outra característica importante sobre o curta é que ele é todo falado em Maxakali com legendas em português. O filme retrata a história da índia Mãtãnãg, que segue o espírito de seu marido, morto por uma picada de cobra, até a aldeia dos mortos. Nesta jornada eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo dos Yãmiy (dos espíritos).
Entre cantos que evocam essa história e a mistura de desenhos de cada participante, a animação nos faz imergir em um universo onírico e novo, de outra temporalidade, outras noções de narrativa a partir de outras percepções de mundo.
Em uma negociação entre tradição e modernidade, os Maxakali se conectam com sua cultura, se afirmando e fortalecendo seus laços enquanto povo, corroborando com a afirmação de Krenak em seu livro “Ideias para adiar o fim do mundo”:
“Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos (…) E a minha provocação sobre adiar o fim do mundo é exatamente sempre poder contar mais uma história. Se pudermos fazer isso, estaremos adiando o fim”.
(Ailton Krenak)
Adiando o fim do mundo, os Maxakali mostram uma animação naturalmente decolonial, difícil de descrever de maneira eficiente em palavras “coloniais”. Tem que assistir, assim como os outros filmes que compõem esta mostra imperdível. E ainda parafraseando e citando Krenak, Filmar, “Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial”.
Mais relevante politicamente do que isso, neste momento em que territórios indígenas e tribos estão sendo dizimados enquanto o Brasil arde em chamas, só a destituição deste governo.
Sobre o filme:
Mãtãnãg, a Encantada (2019)
Sinopse: Mãtãnãg, a Encantada acompanha a trajetória da índia Mãtãnãg, que segue o espírito de seu marido, morto por uma picada de cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual.
Brasil (SP) | 14 min. | Animação | Livre
Direção: Shawara Maxakali e Charles Bicalho
Pesquisa e Roteiro: Pajé Totó Maxakali Charles Bicalho
Produção: Charles Bicalho, Cláudia Alves, Marcos Henrique Coelho
Tradução: Charles Bicalho, Isael Maxakali, Sueli Maxakali
Jonathas
17/01/20 at 1:33
Tal como o regime Nazista, a Arte como instrumento de promoção do regime! Assustador!
Fatima Carvalho Ribeiro
17/01/20 at 2:11
Realmente assustador, principalmente o olhar desse sujeito.
Anderson Tenca
17/01/20 at 2:26
A cara do sujeito é de nazista! Nem precisava discursar como tal.
Jaime Santos
17/01/20 at 2:31
Este sujeito é um babaca que está usando a máquina e tão somente não vai a lugar algum, pois o que realmente tenta alcançar é o medo de todos. Força gente lutar contra estas pachorras destes vermes!!!
Juliana
17/01/20 at 2:46
Ah pronto. Agora vão querer usar isso pra dizer que todo o governo Bolsonaro é nazista. Vcs colocam o ego de vcs acima do bem da nação que está prosperando, não é atoa que se enfatiza tanto o nacional hj.
FR.Lima
17/01/20 at 9:14
Nazista Talvez não, os nazista alemães eram inteligentes, coisa que o bozo ta longe de ser.
Carlos
17/01/20 at 3:10
Você não acha grave para a nação um presidente da república indicar como secretário da cultura alguém que acaba de apresentar grande ligação com um ícone nazista? Me parece que você quem está colocando seu ego e suas ideologias acima do bem da nação…
E ninguém falou ainda que “todo o governo é nazista”. Segura a onda aí.
Cristiane Kika Braga Cardoso
17/01/20 at 4:37
Ñ me importo com o que o cara diga, mas o que faz…
Até agora só tivemos incompetentes e corruptos à favor de uma minoria pseudo intelectual, impondo seu lixo como arte.
Este Governo veio pra ficar! Chega de parasitas embusteiros!
ana s.
17/01/20 at 4:49
Você tá louca, Juliana? O cara reproduz texto de Goebbels em pronunciamento oficial, com música de Wagner ao fundo, faz, portanto, uma profissão de fé nazista falando em nome do governo, e vc vem dizer que o seu querido presidente não tem nada com isso? Se gente como vc não acordar de imediato, esses loucos vão acabar com o que ainda resta de Brasil!
Caio
17/01/20 at 6:09
Nazismo não é cultura e nunca será houve mortes em campos de concentração em Auschwitz
Maria Ephigenia Netto Salles
17/01/20 at 7:25
Babaca. Plagiando nazista
Amanda
17/01/20 at 7:50
A ignorância é o que atravanca o progresso. Concordo muito com essa frase.
Sônia
17/01/20 at 8:02
Gravíssima a situação de nossa nação!
Estamos a cada dia retroagindo.
Um presidente homofóbico, e paternalista.
Dante
17/01/20 at 8:08
É incrível como ainda há quem tente defender o indefensável!
Já tínhamos um presidente da república defensor de um torturador notadamente assumido e vil, já tínhamos um presidente que defende a coação como ferramenta de governo, intimidando jornalistas e demais profissionais que por sua competência assustam o curto QI do atual morador do Palácio da Alvorada, e agora um proto merdinha que usou botox demais e não tem expressão facial citando ao pé da letra as palavras de um dos idealizadores do nazismo alemão Joseph Goebbles.
Tenham dó seus hipócritas de merda, olhem para o povo brasileiro que sofre com o que está sendo feito com o país, e façam um curso de História da Arte, a arte não é só para ser bonita, mas para ser reflexiva, contestadora, rompedora de padrões e estéticas sedimentadas e estagnadas.
Marcelly
17/01/20 at 8:30
Assustador ! Nacao prosperando? Claramente se ve que o ego e ideologia do novo governo estao acima de te tudo e todos! Impoe de forma radical suas idologias.
maria pereira
17/01/20 at 9:10
Acordaaaaaaa!!! Mas o que se passa com estas pessoas????? Acordem!!!
Inês
17/01/20 at 9:11
Na minha visão, a questão não está somente na “simpatia” pelo Nazismo, mas por ser Ministro da CULTURA e ter plagiado o texto. Isso é muito grave!
Dionne
17/01/20 at 9:20
Só faltou a suástica presa no braço do secretário da cultura desse (des)governo. Como ficar impassível diante dessa mentalidade retrógrada que esses desgraçados dizem ser “nova”, mas é tão nazista! Parece um pesadelo. O mais louco é saber que tem gente que ainda apoia essa miséria. A Arte sempre foi um lugar de expressão da nossa liberdade, não podem nos tirar essa possibilidade. Que a Arte sobreviva! Que o Brasil sobreviva!
DAVID
17/01/20 at 9:36
E não é?
Maria de Fátima Sousa Araújo
17/01/20 at 9:37
Juliana, vc é não entendeu ou se faz de desentendida ou é….mesma, com todas as letras q ele está usando a ideologia nazista, ou vc quer q desenhe.
JUVENAL
17/01/20 at 9:50
realmente, ele pisou na bola. Poderia ter usado um fundo musica de CARLOS GOMES.
TEREZINHA DO CARMO MOREIRA
17/01/20 at 9:51
Concordo que frazes, textos, símbolos e comentários nazistas devem ser evitados, ou melhor abolidos , mas do mesmo modo deveria os esquerdistas que apoiam o regime cubano, chines, norte coreano e sovietico deveria evitar termos comunistas que mataram milhoes e milhoes de pessoas mundo afora, exemplo: CAMARADA, COMPANHEIROS, GUERILHAS, LUTA ARMADA, REVOLUÇÃO, ETC… esses termos não nos remete ao caos tambem? então a questão da briga ai e ideológica e praquimática.
Geraldo Teodoro Barbosa de Castro
17/01/20 at 9:58
Plágio ao contrário, não sabem interpretar um texto!! Ele usou a estrutura do texto, transformando em algo melhorado.
Porque nos últimos 25 anos o Brasil não teve uma antiCultura.
Viviane T Amdreatta
17/01/20 at 10:03
Quando se nomeia um secretário de cultura, esperamos alguém que tenha conhecimento , cultura , inteligência sabedoria…Tudo isso não eh política e sim leitura, estudo , comunicação discernimento pessoal ! Eh Grave nosso secretário de cultura inspirar-se na pior parte da história do século XXI.
Yohan
17/01/20 at 11:24
Quem continua apoiando esse governo bizarro é que está colocando o ego acima da nação. O que você chama de “prosperidade” eu chamo de RETROCESSO.
Mary
17/01/20 at 11:24
Propaganda nazista é crime!
Se o MPF se omitir, cometerá o crime de prevaricação.
Erich
17/01/20 at 11:33
Nada não!!! só lendo os comentários!!! rsrs
Pricila Bernardes da Costa
17/01/20 at 11:35
NAZISTA!!!!!! Prega o medo para praticar o terror
Ulisses
17/01/20 at 11:38
Independentemente da ideologia nazista, toda propranga moderna tem base nos técnicas de Goobels, o Duda Mendoca fez a propaganda do PT com filmetes, q foram usados na campanha de 1936 de Hitler. Vamos estudar historia. As campanhas publicitarias americanas e europeias sao tabem baseadas nas tecnicas desenvolvidas pro ele. Ou seja, uma coisa ê uma coisa e outra coisa ê outra coisa
Teodoro
17/01/20 at 11:42
Juliana falou pouco, mas falou besteira….kkk
Josiane
17/01/20 at 12:17
Até os loucos têm seus momentos de lucidez, pq não Goebbels?
Se a gente procurar bem… minuciosa e incansavelmente, até Inácio já disse algo q preste.
Eu percebo, na frase proferida, um patriotismo, um vislumbre de valor ao que nós, brasileiros, possamos produzir como arte. Pq, convenhamos, a coisa tá feia! Produzimos muita porcaria, muito lixo. Precisarmos de qualidade, cultura de verdade, coisas elevadas e não o que temos atualmente. É de sentir vergonha.
Joselda
17/01/20 at 12:22
Nunca comentei aqui, mas não publicaram meu comentário dizendo q era repetido.
Acho q este site é censurador.
Irônico né? Reclamam de “pseudo censura”, mas praticam a censura.
Dante
17/01/20 at 13:17
Usar as técnicas de propaganda criadas por Goebbles é uma coisa, afinal usar um conhecimento independe de ideologia e sim a profissão, outra coisa é citar e usar as palavras ipsi literis como forma velada de intimidação e coação.
Nazismo não é algo a se venerar, nem os alemães se orgulham, muito menos para querer se copiar!
J. B.
17/01/20 at 13:23
Falta visão da contemporaneidade: edital só contempla artes classicas antigas, nao reconhece formas e midias digitais. Poder subiu na cabeça do indivíduo: todo engomadinho prevendo a revolução nas artes em um estado que as cerceia e as censura. Parafrasear nazista desta forma, indicando que o caminho é um só: pensar como eles, ou então nada, é um exercício morbido de culto ao passado, este povo quer que o país volte ao passado ao invés de investir numa nação pensadora investem numa que se ajoelha pentecostalmente.
pedro araujo
17/01/20 at 13:30
olha!
o governo pautando a discussão da esquerda!
de novo!!!!
todo dia tem alguma coisa “extrema” que o governo divulga, e a midia progressista repete e amplifica que nem um bando de trouxa!!!!!!
qual a motivação desse video com esse pronunciamento? é a real preocupação com os rumos da cultura? nossa, com esse orçamento só pode ser mesmo!!!!!
quem precisa da DATAPREV? ninguém, né?
e aí, midia progressista em geral, vamos parar de ser trouxas?!?!?!?
vamos fazer nossas próprias pautas, ou vamos dançar conforme a musica que o governo toca?
ou vocês tão preferindo a irrelevância?!?!?
hein?!?!?
testando
17/01/20 at 13:41
Bolsonaro veio para salvar a patria. Acordem e ajudem ele.
Wander de Oliveira
17/01/20 at 14:05
É só mudar o rótulo. Tinhamos um governo fascista, agora temos um governo nazista. Melhor ficar só no rótulo mesmo. Meu maior medo é o governo Petista.
Paulo Cesar Pereira das Neves
17/01/20 at 14:11
E o “Brasil acima de tudo, acima de todos”, não é parecido com o “Deutschland über alles” menina. Vou deixar tu estudar um pouquinho de história para saber quem disse estas duas frases, um recentemente, outra lá pelas décadas de 30-40.
Marcos
17/01/20 at 17:08
A todos vocês que estão defendendo essa barbárie, essa coisa absurda. Quando Bolsonaro colocou o cara lá, sabia que o cara era nazista, fascista. Porque Bolsonaro já deu demonstrações de que é fascista também. E . . . Respondendo a vocês, que NÃO QUEREM ASSOCIAR o cara ao governo Bolsonaro, deixem de conversa fiada. É claro que o fato de Bolsonaro tê-lo demitido não o isenta de ser fascista. Quando ele colocou o cara lá, sabia que o cara era Nazista, Fascista. E você, que defende essa maluquice, é fascista também, exatamente como o cara do discurso e como Bolsonaro, pois você votou nele. Agora, é o seguinte: o fascismo não vai prosperar no Brasil, porque nós, NÃO FASCISTAS, somos maioria, e não vamos aceitar, mesmo que “custe o gato”.
Kaká
17/01/20 at 20:35
Importante lembrar como foi o fim dos fascistas e nazistas de maior destaque…
*ASSIM MORREU GOEBBELS* , A QUEM O SECRETÁRIO DE CULTURA DO BOLSONARO COPIOU:
” _Na noite de 1 de Maio de 1945, Goebbels mandou chamar um dentista das SS, Helmut Kunz, para injectar os seis filhos com morfina, para que ficassem inconscientes quando, de seguida, lhes fosse administrada uma ampola de cianeto nas suas bocas. Ele administrou a morfina, mas foi Magda (esposa) e o SS-Obersturmbannführer Ludwig Stumpfegger, o médico pessoal de Hitler, quem lhes deu o cianeto. Goebbels e Magda saíram do bunker e foram para o jardim da Chancelaria, onde se suicidaram”_.
CST command
17/01/20 at 22:51
Na Rússia, esse incidente também causou muita cobertura da imprensa. Após a recusa do governo de Bolsonaru em investigar ataques terroristas a turistas russos, todas as ações do atual governo são examinadas através de um microscópio. https://yandex.ru/news/yandsearch?lr=213&cl4url=https%3A%2F%2Fregnum.ru%2Fnews%2F2832829.html&text=%D0%B1%D1%80%D0%B0%D0%B7%D0%B8%D0%BB%D0%B8%D1%8F&content=alldocs&from=search
Humberto Mesquita
18/01/20 at 17:04
Será que esse DAMARIS de calça sabe quem foi o Goebbls? Ou será que o autor do plágio foi um dos filhos do grande nazi fascista. Não acredito que estejamos vivendo essa realidade tão cruel.
paulochato
20/01/20 at 7:58
Na lógica dos defensores do governo, o que importa é o que se faz e não o que se fala. Então deve ser por isso que eles admitem discursos racistas, preconceituosas e homofóbicas!
Danielle
20/01/20 at 18:34
Um verdadeiro pavor, esse cara estava louco qdo fez esse vídeo. Deveria não só ter saido do desgoverno, mas estar contido em uma prisão de máxima segurança. Perigo, perigo.